A Simplicidade das Coisas — Augusto Martini

junho 6, 2016

Os cães de rua de Santiago, Chile: los perros callejeros

 

 

Caminhando pelas ruas de Santiago há algo que dificilmente passa despercebido pelo turista – a enorme quantidade de cães abandonados pelas ruas e parques. E o que mais impressiona é que, em geral, são cães que aparentam ser de raça (e muitos realmente são, como Golden Retrievers, Huskies siberianos, labradores, etc.) grandes, muito bonitos e com aparência saudável. Bem diferente dos cães de rua encontrados em São Paulo.

Fiz algumas pesquisas na internet e há muita discrepância entre o que li. Mas pelo menos 500.000 cães de rua vivem só em Santiago. Mas, porque estão na rua?

Dizem que é corriqueiro por aqui que muitas famílias não tratem os animais como parte da família, e assim que eles crescem e começam a dar mais trabalho e despesas, são largados na rua. O mesmo costuma ocorrer quando a família muda de uma cidade para outra. Não sei se isso é verdade. Quero crer que não.

O fato é que eles acabam se tornando muito queridos nas ruas chilenas e em geral, a convivência entre os cidadãos e os cães é boa. Em muitos casos, as pessoas acabam desenvolvendo uma amizade com um ou outro cão próximo à casa, trabalho, escola, etc. É muito comum ver as pessoas tentando ajudar ao colocar camas, potes de ração e de água espalhados pelas ruas. Como o Chile costuma registrar umas temperaturas muito baixas durante o ano, em muitos lugares as pessoas colocam casas ou caixas nas calçadas, nas praças e nos parques para que eles se abriguem. Aqui em frente ao prédio que estou tem potinhos com água e ração. (more…)

junho 8, 2015

Os cães de minha vida… e a eutanásia!

Já falei aqui sobre ele – Tico, o cãozinho da foto que foi um dos preferidos que minha mãe teve aqui, nesta vida. Ele era um mestiço Cocker Spaniel. Quando ela se foi ele ficou muito triste. Ficava horas deitado nos lugares onde ela se sentava.

Mas não contei como ele veio a fazer parte de nossas vidas. Tenho um amigo, o Paulo Roberto Zanello. Lá pelos idos dos anos 80 casou-se com a Maristela. E ganharam a Maggie, uma Cocker Spaniel de presente. Em um dos cios escapou para a rua e engravidou de um “vagabundo”.

Tico

Tico

O Tico veio de uma ninhada de 9 filhotes. E ganhou o nome de Tico em homenagem a um grande amigo, Aristides, popularmente conhecido por Tico. E tal nome veio a calhar – o Tico “gente” era um tremendo galinha. Casado, “pulava o muro”. E o Tico “cão-gente”, cresceu e provou ser um exímio pulador de muro. Saltava o muro que tínhamos em frente de casa com enorme facilidade. O detalhe é que o muro tinha 1,80m! (more…)

março 19, 2015

Os cães de minha vida…

Tenho muitos amigos que têm animais. A maioria deles, cães. Os animais ainda dizem muito às pessoas. E dizem do jeito deles: com um olhar sempre meigo, com um sorriso quanto está com a língua de fora, com um abanar de rabo, com latidos de felicidade quando sentem nosso cheiro à distância e sabem que estamos chegando em casa e pulam de felicidade quando entramos porta adentro. Eles nos recebem com euforia e lambidas de carinho e felicidade por estarem novamente conosco.

Bubba, Ro e Endgy

Minhas sobrinhas Rosana e Endgy, com a Bubba Eduarda e seus filhotes!

Um cão transmite tantas mensagens boas quando nos olham no fundo dos olhos como muitos humanos nunca olharam para outros humanos que fica impossível não percebermos o quanto gostam da gente, o quanto sentem a nossa falta, o quanto “morrem” quando morremos. Lembrei disso porque tínhamos o Tico, um mestiço cocker spaniel que era de minha mãe. Quando ela se foi ele ficou muito triste. Ficava horas deitado nos lugares onde ela se sentava. Alguns até morrem mesmo! De fome, de sede, de amargura, de saudade, de tristeza, de melancolia pela falta que sentem de nosso cheiro, de nossa mão dando-lhes afagos, de nosso olhar, de nossos gestos todas as vezes que vamos alimentá-los. (more…)

novembro 5, 2014

Temos que viver a vida! Portanto, continue com fome. Continue bobo!

Dia 02 de novembro, Dia de Finados, é o dia do ano em que a morte está mais presente. Eu não gosto de falar sobre a morte. Eu gosto de falar sobre a vida! E a internet é uma coisa fantástica. Por exemplo – desde o começo do YouTube há alguns virais com discursos cheios de vida de algumas pessoas que estavam à beira da morte. O último caso que me lembro é da jovem norte americana Brittany Maynard, que, aos 29 anos e com uma doença incurável, mudou-se para um outro estado onde o suicídio assistido é legal e aproveitou seus últimos dias para realizar alguns dos seus sonhos e dar visibilidade a sua mensagem a favor do direito de ter uma morte digna (eutanásia). Ela tirou sua vida legalmente no Oregon no último sábado, dia 01 de novembro de 2014.

Em homenagem a todos aqueles entes queridos que você já perdeu, e quem sabe queira compartilhar com quem precise desse vídeo abaixo, onde Steve Jobs discursa sobre a celebração da vida, como se quisesse deixar um testemunho antes de sua morte.

Você tem que encontrar o que você ama

Estou honrado de estar aqui, na formatura de uma das melhores universidades do mundo. Eu nunca me formei na universidade. Que a verdade seja dita, isso é o mais perto que eu já cheguei de uma cerimônia de formatura. Hoje, eu gostaria de contar a vocês três histórias da minha vida. E é isso. Nada demais. Apenas três histórias.

A primeira história é sobre ligar os pontos. (more…)

fevereiro 20, 2014

Reflexões sobre a eutanásia… praticada em animais – parte 4

Boa tarde!! Toda a vida tive cães e, apenas um gato, o Leopoldo José, que ganhei depois que vim morar em São Paulo. Hoje ele mora com a amiga Clau, em Bauru e tem um irmãozinho, o Lipe! Como moro em apartamento, não gosto da ideia de ter um cão num ambiente sem terra. Quando eu era criança, em Rio Claro/SP, os meus avós tinham vários cães no sítio em que moravam, meus tios tinham cães, meus vizinhos tinham cães. E em nossa casa também, sempre tivemos um ou dois cães! Lembro que ainda criança tivemos  o Pelé, que era um doce de cachorro. Tivemos um outro que com a idade foi perdendo a visão, a audição e estava já muito debilitado…Já quase não se aguentava em pé e teve mesmo que passar pela eutanásia…. Foi horrível…. Depois vieram muitos outros e eram como parte da família. Chorávamos quando adoeciam ou morriam. Mas, a perda da Bubba foi uma dor horrível, diferente das outras… Ainda hoje choro só de me lembrar dela. Se pudesse realizar um desejo era tê-la de volta…. Mas, tenho consciência que assim, da forma como a coloquei para “dormir”, acabei com o sofrimento dela….

Bubba, Ro e Endgy

Bubba Eduarda e seus filhotes, com minhas sobrinhas Rosana, Endgy

Os três próximos parágrafos foram escritos baseados em uma mensagem que troquei com meu amigo Fernando, que também perdeu o Bidu faz pouco tempo. (more…)

agosto 8, 2012

Reflexões sobre a eutanásia… praticada em animais – parte 3

Sobre animais, eutanásia e crueldades praticadas contra esses seres que nos são tão próximos.

O post mais polêmico que já escrevi aqui foi sobre a Eutanásia praticada em animais.

Quem me conhece bem sabe do amor que tenho por animais e plantas. Toda a vida tive cães e, a partir de certa altura tive um gato também – um persa himalaio chamado Leopoldo José… Antes da eutanásia da Bubba, a qual relato no post, vários cães passaram pela minha vida desde a infância. Um deles, o Tico, muito próximo de minha mãe e meu companheiro de corridas na Floresta Estadual Edmundo Navarro de Andrade, em Rio Claro, não era de raça pura. Era cruzado vira latas com cocker spaniel –  doce e lindo, com a idade foi perdendo a visão, a audição e estava já muito debilitado… Os pelos caíram. Tinha bolhas pelo corpo que viravam feridas. Já quase não se aguentava em pé e teve mesmo que ser “colocado para dormir”. Um dia conto toda a história dele aqui. Hoje, está perpetuado numa linda foto, num altar que tenho em casa.

Leopoldo José

E por falar na Bubba, faz uns 15 dias que estive em Rio Claro e vi o Bob, filho dela. Lindo! Mora num sobrado fantástico, com quintal e grama. Mas seu dono anda preocupado – suas pernas traseiras não estão respondendo muito bem por conta da idade. Ela está com 15 anos. Com lágrimas nos olhos falou que não sabe o que fazer, qual decisão tomar, caso a situação se agrave. Disse para ele que ainda hoje choro só de me lembrar da Bubba… E que se pudesse realizar um desejo, esse era tê-la de volta…

Interromper de modo voluntário a vida de um animal é a situação que um veterinário mais detesta enfrentar. Significa que já não existe mais nada a fazer de forma a resolver o caso do animal. Para nós, os donos, significa um sentimento de culpa e de abandono de um amigo que sempre nos apoiou. Conheço muita gente que prefere transferir a culpa para o veterinário, mas isso não é correto. Por coerência, e, porque não, lealdade, o dono do animal é quem deve assumir a responsabilidade do ato como sua, pois é a ele que cabe unicamente a decisão. O veterinário somente apresenta as hipóteses disponíveis. Foi o que aconteceu comigo. E segundo o veterinário, o animal não sofre. Simplesmente adormece imediatamente após a injeção.  (more…)

abril 26, 2011

Reflexões sobre a eutanásia… praticada em animais – parte 1

Já faz alguns anos que eu sofri muito, e ainda sofro com a perda da Buba, minha cachorra pastor alemã, a qual conviveu comigo por pouco mais de 7 anos. Ela nasceu no dia 16 de fevereiro de 1997. E morreu no dia 18 de abril de 2004. Seu rim deixou de funcionar e estava esgotada com as injeções diárias que eram feitas em sua barriga para que conseguisse urinar com sacrifício. Emagreceu muito. Não comia mais. Chorava de dor o tempo todo. Não tive outra escolha senão sacrificá-la. Foram tempos muito tristes em que a decisão foi muito difícil.

(more…)

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