A Simplicidade das Coisas — Augusto Martini

agosto 2, 2021

SERES-RIOS – festival fluvial promovido pelo BDMG Cultural

O Festival Seres-rios acontecerá online, de 02 a 10 de agosto e é promovido pelo BDMG Cultural – o festival propõe reflexões sobre as histórias e as relações culturais dos rios.

Acesse a programação

Há centenas de narrativas de povos que estão vivos, contam histórias, cantam, viajam, conversam e nos ensinam mais do que aprendemos nessa humanidade. Nós não somos as únicas pessoas interessantes no mundo, somos parte do todo. Isso talvez tire um pouco da vaidade dessa humanidade que nós pensamos ser, além de diminuir a falta de reverência que temos o tempo todo com as outras companhias que fazem essa viagem cósmica com a gente.

AILTON KRENAK, IDEIAS PARA ADIAR O FIM DO MUNDO

Falar sobre rios é falar sobre seres, matérias, encantamentos, violência, vida e morte. É falar sobre o duo natureza e cultura que tanto tentou se apartar, mas que resiste em manifestos e festas. E pensar em rios no território das Minas e das Gerais é consagrar o maior número de bacias hidrográficas do país, onde abrigam-se nascedouros e grandes rios que seguem Brasil adentro e rumo ao Atlântico, abastecendo aquíferos e, por que não, imaginários de um mundo abundante.

Segundo o Igam – Instituto Mineiro de Gestão das Águas – são 17 bacias hidrográficas no Estado. A questão que se faz presente, entretanto, é como cuidamos dessa abundância, como cuidamos de toda a rede ecológica e cultural que os rios emanam e coletivamente constroem em seu entorno.

SERES-RIOS vem então para compartilhar conhecimentos múltiplos, arte e diálogos de quem vivencia e tem relação com águas fluviais em suas mais diversas formas, cursos e geografias. Um festival virtual criado – e inspirado pelas correntes dos rios Doce, Jequitinhonha e São Francisco – para celebrar a existência e a importância dos rios para a vida e seu importante papel em todas as discussões ambientais, culturais, sociais e econômicas. 

Com realização BDMG Cultural, o SERES-RIOS Festival Fluvial se materializa em uma plataforma online com uma programação fluida como os rios e que contempla músicas para abrir os caminhos e uma mesa de inauguração, 6 diálogos, 4 lives, uma exposição coletiva de 6 artistas que desenvolveram trabalhos especialmente para o projeto, uma mostra de filmes, playlists, cartografia, conteúdo infantil e outras interações digitais para um público diverso.

E, assim, esperamos que nesse navegar, possamos vivenciar a estética, a política, a festa, a imagem, o som e o conhecimento juntos, sempre olhando para o outro. Pela sede de descanso que estamos vivendo e pelo prazer de soltar o corpo na água e lutar para sobrevivermos em coletivo. Pelos seres-rios.

Gabriela Moulin
Diretora-Presidente do BDMG Cultural

abril 19, 2021

Vivenciando o luto na Pandemia

Filed under: amor,Cornonavírus,Covid19,Saúde,Uncategorized — Augusto Jeronimo Martini @ 10:37
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Desde o início da pandemia por Covid19, somos diariamente invadidos com o tema da morte. Este confronto diário parece inevitavelmente suscitar a reflexão sobre a nossa própria finitude enquanto seres humanos. E quem não se sente por isso, mais vulnerável e angustiado? Por mais que na atualidade o conhecimento sobre a pandemia esteja se consolidando, a verdade é que as perdas pela doença continuam a ser abruptas, difícil de encontrar um significado, surgindo frequentemente pensamentos como “Se não fosse a Covid, ainda estaria vivo, pois estava bem de saúde”. Além disso, o confronto diário com a morte pode evocar perdas passadas e trazer à tona lutos não resolvidos.

Foto por Kat Jayne em Pexels.com

Devido ao distanciamento social exigido, frequentemente não existe qualquer tempo de despedida por parte dos familiares. Nestas circunstâncias, assuntos ficaram pendentes, palavras ficaram por dizer, colocando a pessoa em luto num estado de grande angústia e muitas vezes com sentimento de culpa. Não podemos esquecer ainda as restrições inerentes à realização das cerimônias fúnebres, as quais possuem uma função adaptativa importante. São rituais que permitem expressar a dor da perda, representar um momento de concretização das despedidas e de permitir a coesão social. A impossibilidade de estar presente no funeral ou de não existir a oportunidade de este ser realizado dentro das circunstâncias desejadas representa um fator de estresse acrescido. E isso dificulta a aceitação da perda, levando ao adiamento deste processo e potenciar, assim, o desenvolvimento de lutos traumáticos e problemas psicológicos, levando à quadros clínicos de ansiedade e depressão.

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novembro 15, 2020

Enfrentando o ato de matar

Vamos ao supermercado e compramos um pedaço de carne sem sequer ter a noção de que aquilo veio de um ser vivo. A industrialização nos dá a chance de simplesmente esquecer que, para todo pedaço de carne que entra em nossa boca, algo teve de ser sacrificado.

Aposto que se todos tivessem que matar os animais que comem em suas refeições teríamos um número muito maior de vegetarianos e veganos no mundo. Não estou dizendo isso como uma ofensa, mas entenda que é fácil proclamar a verdade óbvia de que “matar é necessário para que eu possa me alimentar”. Difícil é tirar a vida de um animal que não lhe fez nada e que você criou desde filhote. Tenho um primo, o Pedro Rogério Martini, que reside em Rio Claro/SP, minha cidade natal. O pai dele, Pedro Cirilo Martini, um dos meus tios mais queridos, sempre viveu em sítios e mesmo na casa da cidade costumava criar galinhas. Não conseguia matá-las, pois o Rogério (e acho que também seus irmãos, Ana e Reginaldo), adotavam as galinhas como seus bichos de estimação. Não sei se algum deles tornou-se vegetariano. Até gostaria de saber.

Matar um animal para consumir sua carne é algo que poucos homens sabem fazer de maneira eficiente e ética.

Algumas pessoas dizem que dar “carinho” para os animais pode ser perigoso porque você cria apego emocional com os bichos, então o melhor seria tratá-los com indiferença e apenas como recursos de alimento. Eu concordo com essa dica quando se trata de pessoas mais velhas e que nunca tiveram experiências rurais antes, mas penso de uma forma diferente.

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maio 29, 2020

Gilberto Dimenstein e sua relação com a morte

Retrato de Gilberto Dimenstein – Foto de Bruno Santos/Folhapress

Agora pouco, enquanto terminava de lavar as louças do almoço, ouvi a notícia da morte do jornalista Gilberto Dimenstein, aos 63 anos, vítima de um câncer de pâncreas, com metástase no fígado.
Dimenstein foi o criador do site Catraca Livre, jornalista premiado e escreveu no jornal Folha de São Paulo por 28 anos, de 1985 a 2013 – foi diretor da sucursal em Brasília, correspondente em Nova York, colunista e membro do conselho editorial de 1992 a 2013.
Também passou pela CBN, Jornal do Brasil, O Globo, Correio Braziliense, Última Hora, Veja e Revista Visão antes de se dedicar ao jornalismo de causas sociais.
Durante o tratamento contra o câncer Dimenstein definiu a clareza maior da morte como “uma dádiva”. “Não é o fim, mas um começo”, disse em relato à Folha de São Paulo (relato reproduzido abaixo) sobre o diagnóstico da doença, recebido no ano passado.
O texto com a visão otimista sobre a doença e a nova forma de viver a vida viralizou na web. Dimenstein desceu do trem de alta velocidade de onde via uma linda paisagem borrada para escutar bem-te-vis e curtir o neto.
No relato, o jornalista dizia estar vivendo o momento mais feliz de sua vida. “Câncer é algo que não desejo para ninguém, mas desejo para todos a profundidade que você ganha ao se deparar com o limite da vida.”
Ao fazer um balanço de sua vida, Dimenstein avaliou ter feito o bem por praticar um jornalismo de empoderamento. Ele dedicou a carreira a buscar, promover, fomentar, levantar recursos e dar visibilidade a projetos de inovação e de inclusão.
Dimenstein também se dedicou a projetos educacionais. Criou o programa bairro-escola, desenvolvido por meio do Projeto Aprendiz e replicado pelo mundo com ajuda da Unicef e Unesco. O projeto de formação profissional foi considerado referência mundial e “um exemplo de inovação comunitária” pela Escola de Negócios de Harvard.
Dimenstein era presidente do conselho da Orquestra Sinfônica de Heliópolis, em São Paulo, e membro do conselho consultivo do Museu do Amanhã, no Rio.
O texto abaixo, que li em dezembro do ano passado, não sai de minha cabeça. Leia e guarde-o!

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fevereiro 27, 2020

Morte / Aquilo que nunca morre – Osho

Filed under: amor,Atualidades,Coisas que eu gosto,Educação,História,Uncategorized,Yoga — Augusto Jeronimo Martini @ 16:29
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Todos os dias, em qualquer horário, faço minhas mentalizações espirituais. Concentro-me, conecto-me com a Energia mair, agradeço por mais um dia e peço proteção para o caminho que ainda tenho a percorrer. Não sou uma pessoa de uma única fé. Utilizo-me de várias coisas como orientação ou seja uma auto-ajuda diária, de forma a meditar naquilo que atraio naquele momento como ensinamento.

E durante o transcorrer do meu dia procuro analisar onde é que fez e faz sentido a mensagem que encontrei para aquele dia. É uma forma de estar centrado comigo mesmo, com o Deus que habita no meu coração.
Na gaveta de minha mesa de trabalho tenho em um saquinho feito com seda o Tarot da Transformação, do Osho. Quando tenho algo que me aflige, procuro a resposta tirando uma carta. Resolvi partilhar a de hoje, que é a carta número 30 – Morte / Aquilo que nunca morre.

“Um homem morreu. A sua mulher era jovem, tinha apenas um filho. Ela quis fazer sati (prática muito antiga, na qual uma mulher recentemente enviuvada imola-se na pira funerária do marido), ela quis saltar para a pira funerária do marido, mas a criança impediu-a. Ela tinha de viver por causa desta criança. Porém a criança morreu; agora era de mais. Ela quase ficou louca, perguntava às pessoas – Existe algum médico, nalgum lado que possa fazer o meu filho viver novamente?… Eu vivia só por ele, agora toda a minha vida é simplesmente negra.

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março 9, 2018

Linha do tempo da História de Auschwitz – Birkenau

O segundo relato de minha viagem de férias será doloroso. No dia 26 de janeiro visitei os campos de concentração de Auschwitz I e Auschwitz II Birkenau. Um dia antes da comemoração do Dia Internacional em Memória das Vítimas do Holocausto.

Esta é uma data dedicada a homenagem das milhões de pessoas que foram torturadas e mortas nos campos de concentração comandados pela Alemanha Nazista, durante a Segunda Guerra Mundial. Dentre as milhões de vidas perdidas pelas mãos dos nazistas, a maioria eram judeus, negros, homossexuais e ciganos, Polacos, Romenos, prisioneiros de guerra soviéticos e outras pessoas inocentes  – grupos sociais que eram considerados “inferiores”, de acordo com a ideologia Nazi.

No total, estimam-se que tenham sido assassinadas mais de seis milhões de judeus durante o Holocausto.

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A dimensão da crueldade que foi o Holocausto é tão assustadora que, para tentar evitar episódios semelhantes no futuro, foi criada a UNESCO – Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura.

O Dia Internacional em Memória das Vítimas do Holocausto foi criado por iniciativa da Organização das Nações Unidas (ONU), através de uma Assembleia Geral, pela resolução 60/7, de 1 de dezembro de 2005.

O 27 de Janeiro foi escolhido por ter sido o dia, em 1945, que aconteceu a libertação do campo de concentração de Auschwitz, considerado o principal do regime nazista.

Auschwitz é uma dor interminável na consciência do mundo e é exacerbada por quem visita o lugar. Mas é algo que todo ser humano precisaria vivenciar. Os restos de um campo de concentração e extermínio alemão trazem à memória os momentos mais escuros da História da humanidade.

Estou escrevendo mais dois posts sobre o assunto. Neste, segue o Cronograma destes dois campos

Cronograma da História de Auschwitz – Birkenau

1939

  • 1° de Setembro – A Alemanha Nazista ataca a Polônia. Eclosão da II Guerra Mundial.
  • Fim do ano – Por motivo de prisões em massa de Polacos e superlotação das prisões na Alta Silésia e em Zagłębie Dąbrowskie, surge, no Departamento de Comando Superior da SS e Polícia em Wrocław, o projeto de abrir um campo de concentração para Polacos.

1940

  • 27 de Abril – Após uma série de inspeções em diversos lugares, o comandante da SS, Heinrich Himmler, dá a ordem de abrir um campo de concentração em Oświęcim, que ficou sendo chamado de Auschwitz, no terreno do antigo quartel polaco de artilharia.
  • 14 de Junho – As autoridades alemãs enviam para Auschwitz o primeiro transporte de prisioneiros políticos – 728 Polacos, entre eles, um pequeno grupo de Judeus polacos. Esse dia é reconhecido como o início do funcionamento do campo. Durante os anos 1940- 1945, foram registrados, cerca de 400 mil prisioneiros, destes, 270 mil homens.
  • 19 de Junho – A primeira expulsão da população local, com objetivo de livrar-se das testemunhas dos crimes, para impossibilitar contatos com os prisioneiros e dificultar, assim, a realização de fugas. As expulsões seguintes estarão relacionadas com os planos de aumento do campo de Auschwitz. No total, os alemães expulsaram de Oświęcim e das vilas próximas, pelo menos 5 mil polacos. Além disso, deportaram toda a população judia de Oświęcim – cerca de 7 mil pessoas, para os guetos próximos. Foram destruídas oito vilas e desmontados mais de 100 prédios que se encontravam no terreno da cidade de Oświęcim, nas vizinhanças do campo.
  • 6 de Julho – Escapa o primeiro prisioneiro: Tadeusz Wiejowski. Em toda a História do campo, com um total de mais de um milhão de pessoas deportadas, tentaram escapar centenas de prisioneiros. A maioria foi de Polacos, prisioneiros de guerra soviéticos e Judeus. As fugas tiveram êxito para menos de 150 pessoas.
  • Outono – O movimento de resistência polaco envia informação sobre o campo, para o governo polaco no exílio em Londres.
  • 22 de Novembro – Primeira execução por fuzilamento. Foram executados 40 Polacos.

1941

  • 1° de Março – Pela primeira vez chega a Auschwitz o comandante da SS, Heinrich Himmler, para realizar inspeção. Ordena, entre outras coisas, o aumento do campo e o envio de 10 mil prisioneiros para trabalhar na construção de estabelecimentos industriais para o consórcio da IG Farbenindustrie.
  • 23 de Abril – Como castigo pela fuga de um prisioneiro, o comandante Rudolf Höss, pela primeira vez, condena 10 prisioneiros à morte por fome.
  • 6 de Junho – Primeiro transporte de prisioneiros políticos tchecos. Início da deportação de prisioneiros não-polacos para Auschwitz.
  • 3 de Setembro – Primeiro assassinato em massa de pessoas com o uso do gás Cyklon B. Morrem cerca de 600 prisioneiros de guerra soviéticos e 250 Polacos.
  • Outono – As autoridades do campo abrem a primeira câmara de gás em Auschwitz I.
  • Outubro – Criação do campo para prisioneiros de guerra soviéticos, no terreno de Auschwitz I. – Início da construção da segunda parte do campo, Auschwitz II-Birkenau, no terreno de uma vila demolida: Brzezinka.
  • 11 de Novembro – A primeira execução na Parede da Morte, onde os nazistas fuzilam 151 prisioneiros polacos.

1942

  • Início do ano – Começo do extermínio em massa dos Judeus, nas câmaras de gás.
  • Março – Início da deportação para Auschwitz de 27 mil Judeus da Eslováquia e 69 mil Judeus da França.
  • 1° de Março – Início do funcionamento do campo Auschwitz II Birkenau.
  • 26 de Março – Em Auschwitz, são presas as primeiras 2 mil mulheres das 130 mil registradas no campo, até o fim de sua existência.
  • Março-Junho – Uso de câmaras de gás provisórias no terreno ao lado do campo Auschwitz II-Birkenau.
  • Primavera – Início do funcionamento da chamada Judenrampe, localizada entre os campos de Auschwitz I e Auschwitz II-Birkenau, onde eram recebidos os transportes de Judeus, e também de Polacos, Ciganos e prisioneiros de outras nacionalidades.
  • Maio – Início das deportações para Auschwitz de 300 mil Judeus da Polônia e 23 mil Judeus da Alemanha e Áustria.
  • 4 de Maio – A SS realiza a primeira seleção no campo de Birkenau. Os prisioneiros escolhidos são assasinados nas câmaras de gás.
  • 10 de Junho – Revolta e tentativa de fuga em massa de cerca de 350 prisioneiros polacos, da companhia de castigo em Birkenau. Sete deles conseguiram escapar, foram mortos mais de 300.
  • Julho – Início das deportações para Auschwitz de 60 mil Judeus da Holanda.
  • Julho – Início de funcionamento do subcampo de Golleschau junto à fábrica de cimento em Goleszów, perto de Cieszyn – primeiro dos cerca de 50 subcampos de Auschwitz.
  • 29 de Julho – Primeira informação sobre o extermínio de Judeus nas câmaras de gás de Auschwitz, passada aos aliados por uma fonte alemã. Seu autor foi Edward Schulte, industrial alemão e antinazista. A partir do outono de 1940, os aliados são regularmente informados sobre o que acontece em Auschwitz. Estas informações são enviadas principalmente pelo governo polaco, no exílio em Londres, que todo o tempo mantém contato com o movimento polaco de resistência, que atuava tanto no campo como nas suas proximidades.
  • Agosto – Início das deportações para Auschwitz de 25 mil Judeus da Bélgica e 10 mil Judeus da Iugoslávia.
  • 30 de Outubro – Junto à fabrica de borracha sintética, construída pela IG Farbenindustrie, surge o subcampo de Buna, chamado depois de Auschwitz III-Monowitz. Durante os anos de 1942-1944 surgem 47 subcampos e comandos exteriores de trabalho de KL Auschwitz. Os prisioneiros enviados a estes, trabalhavam principalmente em empresas industriais alemãs.
  • Outubro – Início das deportações para Auschwitz de 46 mil Judeus do Protetorado da Boêmia e Morávia.
  • Dezembro – Primeiro transporte de Judeus da Noruega. Num total de dois transportes, chegam cerca de 700 pessoas.
  • 13 de Dezembro – Primeiro transporte de Polacos expulsos da região de Zamość, de acordo com a realização do plano nazista “Generalplan Ost” (Plano Geral do Oriente) – expulsão e extermínio de cerca de 50 milhões de Eslavos (Polacos, Russos, Bielorrussos, Ucranianos e outros) e colonização da Europa Central e Oriental por alemães. As terras polacas eram as primeiras da fila.
  • Final do ano – Os médicos da SS começam experimentos de esterilização em prisioneiros e prisioneiras.

1943

  • 26 de Fevereiro – É criado em Birkenau o chamado campo familiar para Ciganos.
  • Março – Início das deportações de 55 mil Judeus da Grécia.
  • 22 de Março – 25 de Junho – As autoridades do campo iniciam o trabalho de quatro crematórios com câmaras de gás em Auschwitz II-Birkenau.
  • 7 de Junho – Trabalhadores civis da empresa Krupp iniciam a montagem de máquinas, em pavilhões alugados das autoridades do campo. Na construção do campo de Auschwitz, fazem parte centenas de firmas alemãs, muitas delas – como por exemplo a IG Farbenindustrie e a Siemens – ganhavam lucros adicionais por usar o trabalho escravo dos prisioneiros do campo.
  • 19 de Julho – Na maior execução pública, como castigo por uma fuga de alguns prisioneiros e por contato com a populacao civil, os soldados da SS enforcam 12 prisioneiros Polacos.
  • 9 de Setembro – Formação, em Birkenau, do chamado campo familiar de Theresienstadt para Judeus daquele gueto.
  • Outubro – Início da deportação de 7,5 mil Judeus da Itália.

1944

  • Maio – Aviões aliados que sobrevoam Auschwitz realizam fotos aéreas. Nas fotografias feitas nos meses seguintes, são visíveis câmaras de gás e fogueiras. Em agosto, começam os bombardeios americanos e britânicos sobre as fábricas de borracha sintética e combustíveis líquidos do consórcio alemão IG Farbenindustrie, localizado a alguns quilômetros de Birkenau.
  • 16 de Maio – Começa a ser usado o ramal ferroviário no interior do campo, possibilitando a chegada de transportes dos deportados diretamente junto às câmaras de gás nr. II e III do campo de Auschwitz II-Birkenau. Início das deportações para Auschwitz de cerca de 438 mil Judeus da Hungria.
  • 10–12 de Julho – O chamado campo familiar de Theresienstadt é liquidado. Os nazistas assassinam cerca de 7 mil Judeus nas câmaras de gás.
  • Agosto – Início das deportações para Auschwitz de 67 mil Judeus do gueto de Litzmannstadt (Łódź).
  • 2 de Agosto – O chamado “campo familiar Cigano” é liquidado – a SS extermina, nas câmaras de gás, cerca de 3 mil Ciganos.
  • 12 de Agosto – Início das deportações de 13 mil Polacos para Auschwitz, depois de prisões em massa, após o início do Levante de Varsóvia.
  • 7 de Outubro – Revolta do Sonderkommando. Durante a revolta morrem 3 membros da SS e 450 prisioneiros do Sonderkommando; prisioneiros judeus são forçados a queimar os cadáveres das vítimas nos crematórios.
  • Novembro – Interrupção da ação de extermínio em massa dos Judeus nas câmaras de gás.

 1945

  • 6 de Janeiro – Última execução de cerca de 70 Polacos, condenados à morte pelo tribunal sumário alemão. Quatro judias que foram condenadas à morte, por ajudarem na preparação da revolta do Sonderkommando, morrem enforcadas na última execução em público.
  • 17 de Janeiro – Início das Marchas da Morte – os soldados da SS evacuam cerca de 60 mil prisioneiros de KL Auschwitz.
  • 21-26 de Janeiro – Os alemães explodem as câmaras de gás e crematórios em Birkenau.
  • 27 de Janeiro – 7 mil prisioneiros são libertados em Auschwitz por unidades do exército.

janeiro 2, 2018

Pesquisa Genealógica italiana – por onde começar?

Por onde começar?

A busca por dados pessoais de uma pessoa deve partir de referências geográficas, tempo e relacionamento parental (pai, cônjuge, filho), avançando para trás. Os dados iniciais constituem a chave para acessar as informações úteis e para delinear os perfis pessoais das fontes documentais.
Tendo que realizar uma pesquisa, é necessário distinguir entre o estado civil e o local de registro. O status civil diz respeito ao registro de nascimentos, óbitos e casamentos, enquanto o local do registro (Anagrafe – do verbo grego para se registrar, registrar) diz respeito aos movimentos da população, residências e mudanças relacionadas, censos, imigrações e emigrações.

Onde estão as fontes?

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janeiro 19, 2017

Sobre a perda de pessoas – por Anderson Lula Aragão

Filed under: amor,Atualidades,Coisas que eu gosto,Lembranças,Uncategorized — Augusto Jeronimo Martini @ 8:46
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Sempre estamos nos relacionando com pessoas. Algumas de forma rápida e fortuita, como numa fila de banco ou no atendimento numa loja. Estas perdemos logo, e nem sentimos falta, ainda que agradecidos.

Outras perdas são de convivência mais prolongada, como os colegas de escola, de um curso ou de um ambiente de trabalho. Estes vão se perdendo com o tempo… E ainda que hajam reencontros, o curto momento gerado não satisfaz a saudade, e encontros inesperados mal dá pra cumprimentar, mas administramos estas perdas.

Ainda perdemos amigos de perto, que conviveram bem perto, enxugaram nossas lágrimas, sopraram velas junto conosco em nossos aniversários, vibraram conquistas e vitórias… Mas ainda assim, os perdemos por diversas razões… E superamos, ainda que a saudade e as lembranças nos sejam memoráveis.

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Perdemos amores, ainda que outros viessem depois. Estas foram perdas que trazem trauma, ou alívio, quem sabe até as duas coisas. Mas essas perdas, de gente que teve um convívio mais íntimo, conheceram nosso corpo, viveram momentos especiais, jantar romântico, compartilharam sonhos e tiveram promessas de uma vida inteira juntos… Mas não deu certo. Essas perdas são superadas, especialmente quando substituídas. ( Mas será que são mesmo?)

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agosto 10, 2016

Luto – vamos falar sobre ele?

Já tive grandes perdas na vida. Não cheguei a conhecer meus bisavôs e nem minha avó materna. Perto dos dez anos perdi o meu avô materno. Depois meus avós paternos também se foram.

Perdi minha mãe e poucos anos depois o meu pai. Nessa lista incluo tios, primos, amigos…. Isso são apenas exemplos. O luto não tem hierarquia!

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Mortes são sempre doloridas. Em meu trabalho, no espaço de poucos meses, oito amigos perderam pai ou mãe. Hoje mesmo retornou ao trabalho uma pessoa de minha equipe que perdeu o pai na semana passada. Teve um ataque cardíaco fulminante.

Não há palavras que nos façam superar essa dor. Eu sempre digo que a dor nunca passa. A gente acostuma com ela. Aprende a administrar. (more…)

novembro 2, 2015

Dia de finados e as lembranças da minha infância

Final dos anos 60, rua M-1-A, Vila Martins, Rio Claro/SP. A vizinhança era como uma grande família. Morávamos em uma casa de esquina, na avenida M-1-A com a mesma rua. Os fundos de nossa casa faziam limite com a casa de Dona Josefa e de Giuseppe Barbi. Tinham um filho, o José Luiz. Logo depois vinha a casa da D. Cida, uma benzedeira, com a qual moravam seu irmão (que diziam virar lobisomem nas noites de lua cheia) e sua sobrinha Marivone. Em seguida mais duas casas da família Barbi, que se limitavam com a linha da Companhia Paulista de Estradas de Ferro. Na frente da casa da D. Cida moravam D. Carolina Barbi, seu marido e o Cláudio, meu amigo de infância.

pipa

A partir da rua M-1-A o quarteirão era formado pela casa da “tia” Nica, sobre a qual já escrevi aqui no blog. Em seguida D. Diva, Sr. Alcides Barbi e os filhos Nenê e Clayton, depois o D. Cida, Sr. João Barbi com os filhos Cristina e João. Logo depois vinha a família do Sr. Domingos, a qual descreverei por último. Na sequência vinha a mercearia do Sr. José “Campinas”, que tinha o filho Marcos e outros dos quais não lembro os nomes. Eu e meus amigos não brincávamos muito com eles. Tinham condições financeiras melhores que os demais do quarteirão e não se misturavam muito com a gente. (more…)

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