Tenho muitos amigos que têm animais. A maioria deles, cães. Os animais ainda dizem muito às pessoas. E dizem do jeito deles: com um olhar sempre meigo, com um sorriso quanto está com a língua de fora, com um abanar de rabo, com latidos de felicidade quando sentem nosso cheiro à distância e sabem que estamos chegando em casa e pulam de felicidade quando entramos porta adentro. Eles nos recebem com euforia e lambidas de carinho e felicidade por estarem novamente conosco.
Um cão transmite tantas mensagens boas quando nos olham no fundo dos olhos como muitos humanos nunca olharam para outros humanos que fica impossível não percebermos o quanto gostam da gente, o quanto sentem a nossa falta, o quanto “morrem” quando morremos. Lembrei disso porque tínhamos o Tico, um mestiço cocker spaniel que era de minha mãe. Quando ela se foi ele ficou muito triste. Ficava horas deitado nos lugares onde ela se sentava. Alguns até morrem mesmo! De fome, de sede, de amargura, de saudade, de tristeza, de melancolia pela falta que sentem de nosso cheiro, de nossa mão dando-lhes afagos, de nosso olhar, de nossos gestos todas as vezes que vamos alimentá-los. (more…)