A Simplicidade das Coisas — Augusto Martini

janeiro 5, 2020

O Dia dos Reis Magos e a bruxa Befana, na Itália!

Na Itália, as festas de fim de ano acabam somente no dia 6 de janeiro, cuja data é a mais aguardada pelas crianças. Esta é a celebração mais alegre da época, dia de uma bruxa boa chamada Befana.  A bordo da sua vassoura voadora, a Befana entrega doces aos bons meninos. Aos rebeldes, carvão no lugar de presentes.  Algumas lojas vendem doces de nome “carbone” (carvão), que realmente se parecem com carvões.

Uma das coisas interessantes em viajar é conhecer novas culturas. O que também pode ser alcançado através de leituras, é claro. E ao contrário do que muita gente pode pensar, as festas de fim de ano não são iguais em todos os lugares não.

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Na Europa, de um modo geral, as pessoas não dão muita importância para noite do dia 24 de dezembro, véspera de Natal. Na Itália, se come modestamente, não se pode comer carne, assim como na Páscoa, e esse ritual que é bem intimo recebe o nome de vigília. E a meia noite, as pessoas vão para missa. Nada além disso. Terminada a missa, voltam pra casa. Árvore de Natal tem, mas eles gostam mesmo é de montar presépios. Acho que é por isso que em minha família, totalmente de descendência italiana – e em minha infância – a noite de Natal nunca foi igual aquela dos meus vizinhos. Nunca tivemos a tradição de trocar presentes. E até pouco tempo atrás associava isso a infância pobre que tive.  (more…)

outubro 15, 2018

15 de outubro é o dia do Professor – conheça como surgiu a data

Meu ingresso na carreira do Magistério foi em Rio Claro/SP. Uma das primeiras  na qual ministrei aulas foi a EE Prof. João Batista Leme.

Tenho lembranças maravilhosas das Escolas por onde passei, mas outras nem tanto.

Início do ano letivo. Primeira aula no segundo ano do ensino médio noturno, na Batista Leme. Meu segundo ano como professor de Geografia.

Entro na sala, alunos em suas carteiras, menos um. Rapaz magro, alto, boné na cabeça, aba baixa, escondendo os olhos, em pé e na frente da sala. Cumprimento a todos, gentilmente peço a ele para que se sente. Ele fica bem próximo a mim, ergue a camiseta e vejo um revólver. A garota da primeira fila alerta-me: professor, melhor não se meter com o Reginaldo!

Repentinamente ele sai da sala. Alguns meses se passam, continua frequentando as aulas, mas sem demonstrar interesse, por mais que eu tentasse ajudá-lo. E assim foi em todas as disciplinas. Tempos depois desaparece da escola.

Era uma quarta-feira. Leio o jornal e lá estava o Reginaldo nas notícias policiais. Com um companheiro cometera um assalto na padaria do bairro. Assustado, disparou um tiro que acertou um dos rins de um dos proprietários. No mesmo dia fiquei sabendo que na hora do assalto estavam na padaria a cuidadora e a filha de uma das professoras da Escola.

Dias depois ele pediu para que uma das irmãs passasse no Batista Leme para pedir que a professora fosse ter com ele na cadeia. Queria se desculpar. Entregou à ela um bilhete destinado a mim, rascunhado em um pedaço de folha de caderno. Nele, escreveu um pedido de desculpas, dizendo que eu sempre o tentei ajudar e que nunca se interessou. Tenho esse bilhete guardado. Poucos meses depois soube que estava livre.

Nunca mais o vi, mas sinceramente espero que esteja bem e feliz.

 

Mulheres não devem ensinar matemática: o que dizia o decreto imperial que inspirou o Dia do Professor

 

Fonte: Folha, 14/10/2018 Edison Veiga

MILÃO

“O 15 de outubro faz alusão à criação das classes de primeiras letras no Brasil”, afirma a historiadora Katia Abud, professora da Faculdade de Educação da Universidade de São Paulo. Mas as comemorações só tiveram início no século 20.Ficava na rua Augusta, 1520, em São Paulo, o Ginásio Caetano de Campos – apelidado de Caetaninho, já que desde 1894 existia a Escola Caetano de Campos, na época ainda no endereço da Praça da República. Ali, um grupo de professores teve a ideia de interromper o ano letivo com um dia de folga. E uma pequena comemoração, em que houvesse o reconhecimento pelo trabalho realizado. Sugeriram o 15 de outubro, oportunamente equidistante dos períodos de férias escolares e significativamente importante para a educação no Brasil, por causa do decreto imperial de 1827. Aos poucos, a ideia pegou. Outras escolas começaram a fazer o mesmo. Até que, em 14 de outubro de 1963, o então presidente João Goulart assinou o decreto nº 52.682 e criou o feriado escolar do Dia do Professor no Brasil.

Decreto imperial foi uma tentativa de organizar a educação no Brasil, explica o historiador Diego Amaro de AlmeidaDecreto imperial foi uma tentativa de organizar a educação no Brasil, explica o historiador Diego Amaro de Almeida – Divulgação/Secretaria de Educação Santa Catarina

EDUCAÇÃO IMPERIAL

Mas, afinal, o que era essa tal lei de 1827? “A lei foi uma tentativa de organizar a educação no Brasil”, resume o historiador Diego Amaro de Almeida, pesquisador do Centro Salesiano de Pesquisas Regionais. “O imperador acaba propondo um projeto de educação que tinha em sua base a promoção do próprio Brasil. Entretanto, devido ao momento e às condições materiais do país, o cumprimento integral da lei foi algo complicado de ser resolvido.”Em 17 artigos, o imperador Dom Pedro I (1798-1834) mandou “criar escolas de primeiras letras em todas as cidades, vilas e lugares mais populosos do Império”. “Dom Pedro, por graça de Deus, e unânime aclamação dos povos, imperador constitucional e defensor perpétuo do Brasil”, conforme relata o documento, decreto que “em todas as cidades, vilas e lugares mais populosos haverão as escolas de primeiras letras que forem necessárias”.”Mais do que uma lei relacionada à educação ou ao ensino, foi uma lei que definiu a instrução pública no Brasil”, comenta o pesquisador Vicente Martins, professor da Universidade Estadual Vale do Acaraú. A lei apresentava alguns pontos bastante curiosos. O artigo terceiro, por exemplo, estipulava que os professores deveriam ter salários anuais de 200 mil-réis a 500 mil-réis. “Com atenção às circunstâncias da população e carestia dos lugares”, pontua o decreto. (more…)

setembro 22, 2017

A minha Primavera e a Primavera de Botticelli!

Quem não acorda com saudades de qualquer coisa?
Eu acordo sempre com saudade de ver os raios de sol entrarem pela janela em minha casa de infância, saudades do tempo perdido que uma pessoa não aproveitou como devia ser, saudades de um pouco de tudo…
A saudade é a luz viva e nítida que ilumina a estrada do passado. Hoje acordei com saudades da Primavera de antigamente… O tempo tem estado tão maluco que as estações do ano não são mais tão definidas.

De quanto criança, lembro da chuva, do nevoeiro, do  frio…

Mas hoje,  estamos na Primavera. A estação mais bela do ano! Céu claro, pássaros cantando, a vida florescendo. Luz para o corpo e alma.

Lembrei-me de partilhar com vocês este quadro de Sandro Botticelli. Porque o belo nos enche o peito! Porque a natureza nos devolve sentimentos adormecidos!

Feliz Primavera!

A Primavera vai entrando no jardim, lançando flores por onde passa, perfumando tudo, enchendo tudo de maravilha.

Esta obra foi criada no ano de 1482. Época em que os pintores renascentistas inspiravam-se em fábulas mitológicas para realizarem as obras destinadas a adornar edifícios. O quadro “A Primavera” foi encomendado por Lorenzo di Pierfrancesco de Médicis para ser colocado na villa Mediceia de Castello.  (more…)

julho 2, 2017

Vila Maria Zélia – um tesouro no centro de São Paulo

Post publicado originalmente em 11/01/2014

A Vila Operária Maria Zélia, foi construída para ser uma pequena cidade. Foram feitas 220 casas, com duas escolas, uma para meninas e outra para os meninos, ambulatório e serviço odontológico, uma praça principal com uma igreja ladeada por dois prédios idênticos, onde funcionavam o comércio, com farmácia, açougue, sapataria, armazém, salão de festas, e um clube, com um campo de futebol. Foi a primeira vila operária a ter uma creche para os filhos dos operários.

Moro em São Paulo há 11 anos, mas, sempre mantenho meu pé no interior do estado, onde nasci. Aqui na capital, procurei um apartamento que tivesse “cara” de casa. Hoje, vivo nesse apartamento que tem até uma pequena área externa, o que é um privilégio para quem mora na capital.

O inconveniente – pagar condomínio! Assim, de uns tempos para cá estou procurando um sobrado ou casa para possível  troca.

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E lembrei  que há algum tempo, o Luiz e o Fabrício, amigos aqui da capital, me convidaram para assistir uma peça de teatro  que seria encenada em um  armazém de uma antiga vila de operários.  Cheguei, junto com eles, na Vila Maria Zélia. Fomos assistir a uma peça chamada “Hygiene”, apresentada no antigo armazém geral da Vila, escrita, concebida, dirigida e encenada pelo Grupo XIX de Teatro, que transforma praças, cadeias, hospitais, passagens subterrâneas, em “salas de teatro”.

Fiquei encantado. A Igreja, bem em frente, é simples, pequena e singela. As pequenas casas de inspiração europeia, infelizmente abrasileiradas no acabamento das fechadas, convivem em perfeita harmonia. Não há disparidades. Nada é ofensivo. Não há miséria, mas também não há ostentação.

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Maria Zélia Street

No final da vila, um pequeno clube, com churrasqueira, quadra, campo de futebol e mesinhas para jogos de cartas ou dominó. O clima de interior é reforçado pelas hortaliças cultivadas em um canteiro, pelas crianças andando de bicicletas e pelos gatos perambulando nas ruas.

A sensação é de estar em uma cidade cenográfica. Moradores disseram que é sempre utilizada para comerciais, novelas e longas-metragens, como o filme O Corinthiano (1966), com Mazzaropi. (more…)

março 11, 2017

Lembranças, saudades e cheiros de infância…

“… As pessoas podiam fechar os olhos diante da grandeza, do assustador, da beleza, e podiam tapar os ouvidos diante da melodia ou de palavras sedutoras. Mas não podiam escapar do aroma. Pois o aroma é um irmão da respiração. Com esta, ele penetra nas pessoas, elas não podem escapar-lhe caso queiram viver. E bem para dentro delas é que vai o aroma, diretamente para o coração, distinguindo lá categoricamente entre atração e menosprezo, nojo e prazer, amor e ódio. Quem dominasse os odores dominaria o coração das pessoas.”   

Trecho do livro “O Perfume”, do escritor alemão Patrick Süskind

Minha mãe, aos dezesseis anos

Minha mãe, aos dezesseis anos

Os anos vão passando e a gente vai lembrando as coisas boas que aconteceram há muitos anos atrás. São memórias que fazem parte de nossas vidas… E se tais recordações trouxerem coisas boas, a isto chamamos de saudades. Tenho saudades de brincar na enxurrada da rua quando chovia. Tenho saudade de apanhar frutas direto do pé, de brincar nos bancos de areia que tinha em frente a minha casa. Tenho saudades dos meus amigos de infância; tenho saudades do cheiro dos lençóis limpos pendurados no varal e de quando passava correndo por eles… De olhos fechados, o pano deslizando sobre meu rosto enquanto eu corria… Tenho saudades de minhas idas ao barbeiro o qual recebia os clientes com aquela sua capa branca característica. Tenho saudades do cheiro da água velva que ele passava no “pé do cabelo” e que dava um friozinho por toda a cabeça.  (more…)

novembro 20, 2016

Giacomo Puccini e sua Tosca – para mim, ele é pop!

Sim eu aprecio muito a música clássica. Apesar de não ter um profundo conhecimento sobre a mesma, gosto imensamente. Enquanto meus amigos ouviam Rock eu já gostava de ouvir Mozart,  Frederic Choppin, Beethoven, J. S. Bach e outros famosos compositores deste gênero de música. Todos os anos na noite de Natal na minha paróquia ouvia Messias Hallelujan de G. F. Handel. E me emocionava!

Eu adoro música, sou bem versátil. Tenho o certo dia para o tipo de música. Tem dias que posso escutar bossa nova o dia todo. Outro dia Frank Sinatra, Nat King Cole, Celine Dion, Barbara Streisand, Rod Stewart,  Tony Bennett, Neil Diamond, Dionne Warwick, Elvis, Elton John, etc, etc..

Também aprecio chorinho, samba enredo ,bolero e tango. Quando toca uma música eu logo digo: adoro esta música. Qual música que realmente não gosto? Rapp e funk!

Bem já escrevi bastante sobre o assunto por aqui, mas é sempre  o que acontece quando escrevo sobre algum assunto apaixonante. Boa música é uma coisa de Deus!

Adoro as óperas e suas árias, principalmente trechos de La Boheme, Madame Buterfly, Tosca (deu para perceber que gosto de Puccini e que ele é um de meus preferidos, não é?). Mas, como música, nada se compara ao intermezzo de Cavalleria rusticana (ouça e me diga se não é verdade). Porém, adoro também as óperas de Mozart.

Voltando ao Giacomo Puccini, li o trecho que segue abaixo no site Sobretudo, música  e o transcrevo.

Sentimentos poderosos como o amor e seu oposto, o ódio, e uma variante desses dois elementos – o ciúme –, fazem parte do enredo de Tosca, uma das óperas mais conhecidas de Giacomo Puccini. Ah, e o poder personificado no mal. Você conhece esse enredo, não? Pensando bem, faz parte da vida cotidiana.

Nas óperas, na literatura e em alguns casos da vida real, esses elementos se apresentam potencializados; essa é a diferença. Quem sabe, críticas em relação a determinado esquematismo dos “librettos” ou aos roteiros dos musicais, sejam injustos: se na ficção alguma coisa parece exagerada, pensando bem, a realidade é mais tudo e mais alguma coisa em sua crueza; a mulher traída mutila seu par, o traficante deixa expostas cabeças cortadas de suas vítimas para servirem de exemplo, o vizinho estupra e mata o amigo em guerras. (more…)

junho 10, 2016

Chile e seus pães

Dizem que cada chileno come em média 86 quilos em pães por ano. O poeta Pablo Neruda escreveu “Ode ao pão“, para demonstrar a sua importância na vida cotidiana do povo chileno.

Desde sua colonização o país sofreu influências oriundas das comunidades francesas, espanholas e alemãs, portanto, vem daí tanta diversidade.

Os tipos de pães mais populares e presentes no território chileno são o Marraqueta, Hallulla, e Pan Amasado.

Marraqueta – é um pão macio de textura crocante. Este é o tipo mais consumido no país inteiro, e também recebe outros nomes, o quê vai depender de onde você estiver no país. Mas, é importante dizer que em Santiago o pãozinho apresenta-se sempre sob o seu velho nome. Este pão é usado principalmente para sanduíches e choripán.

Hallulla – é outro pão bastante popular no Chile. Ele tem a forma redonda e plana; embora não tão plano como o pão pita. Hallulla é muito utilizado na preparação de sanduíches e na hora do tão famoso once chileno. (more…)

junho 8, 2016

Panteón a los Heroes de la Pátria, em Santiago, Chile

Hoje visitei o Panteón a los Heroes de la Pátria, em Santiago, Chile.

Este Panteón é um lugar histórico da cidade de Santiago e fica no subsolo da Praça da Cidadania, bem em frente a Sede do Governo, o Palácio de La Moneda. Foi construído para abrigar os restos mortais do General Bernardo O’Higgins Riquelme, também conhecido como o “Pai da Pátria” por ter conduzido a independência do Chile. Trazida da Europa a cripta de mármore Carrara branco está rodeado de uma exposição de fotos, objetos e imagens ligadas a história chilena e do General. Também na entrada da cripta está o Monumento ao Soldado Desconhecido. A entrada é gratuita de terça a sexta das 9h às 13h e das 15h às 17. Sábado das 10h às 13h.

Durante a visita, fiquei conversando com o recepcionista do local – Sr. Mário, que deu uma aula de história sobre o seu país. Em seguida me perguntou sobre o Brasil. Queria saber sobre o descobrimento, colonização, população, religião (acreditava que praticamos Vudu, imaginem!). Disse ter muita vontade de conhecer a Amazônia por conta da Anaconda (Giboia) e outros bichos, além de sua flora. E que gostaria de conhecer nosso carnaval. Conversamos sucintamente sobre o Brasil Colônia, Brasil Império (ficou surpreso em saber que tivemos dois imperadores!), sobre as invasões holandesa e francesa, Brasil República e a crise atual  pela qual passamos.

Quis saber de nossa população, pois percebe que nossa miscigenação é grande, muito diferente da do Chile.

Um tempo depois da conversa disse ter ficado muito feliz e surpreso com nossa conversa de cerca de 30 minutos, pois diariamente passam por ali vários brasileiros e que já questionou muitos, mas nenhum até hoje havia conseguido contar-lhe algo sobre a história do Brasil, o que sempre o deixava decepcionado com a nossa falta de informação.  E que a noite iria pesquisar um pouco mais sobre o Brasil, pois ficou muito surpreso com tudo o que ouviu. E que assim terá argumentos para “puxar” conversa com outros brasileiros. Ah, e Mário ficou todo feliz por expressar perfeitamente as palavras por favor, obrigado e até logo em português.

Não é a primeira vez que ouço isso de um estrangeiro – a falta de conhecimento histórico que os brasileiros têm de seu país. Pensando nisso reproduzo abaixo os principais fatos de nossa história para que você, leitor do blog, tenha na ponta da língua – se não todos, porém os mais significativos, para não fazer feio quando viajar para alguém lugar e for questionado sobre nossa origem histórica.

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junho 6, 2016

Os cães de rua de Santiago, Chile: los perros callejeros

 

 

Caminhando pelas ruas de Santiago há algo que dificilmente passa despercebido pelo turista – a enorme quantidade de cães abandonados pelas ruas e parques. E o que mais impressiona é que, em geral, são cães que aparentam ser de raça (e muitos realmente são, como Golden Retrievers, Huskies siberianos, labradores, etc.) grandes, muito bonitos e com aparência saudável. Bem diferente dos cães de rua encontrados em São Paulo.

Fiz algumas pesquisas na internet e há muita discrepância entre o que li. Mas pelo menos 500.000 cães de rua vivem só em Santiago. Mas, porque estão na rua?

Dizem que é corriqueiro por aqui que muitas famílias não tratem os animais como parte da família, e assim que eles crescem e começam a dar mais trabalho e despesas, são largados na rua. O mesmo costuma ocorrer quando a família muda de uma cidade para outra. Não sei se isso é verdade. Quero crer que não.

O fato é que eles acabam se tornando muito queridos nas ruas chilenas e em geral, a convivência entre os cidadãos e os cães é boa. Em muitos casos, as pessoas acabam desenvolvendo uma amizade com um ou outro cão próximo à casa, trabalho, escola, etc. É muito comum ver as pessoas tentando ajudar ao colocar camas, potes de ração e de água espalhados pelas ruas. Como o Chile costuma registrar umas temperaturas muito baixas durante o ano, em muitos lugares as pessoas colocam casas ou caixas nas calçadas, nas praças e nos parques para que eles se abriguem. Aqui em frente ao prédio que estou tem potinhos com água e ração. (more…)

junho 2, 2016

A troca da guarda no Palacio la Moneda, em Santiago

Para você que nunca visitou o Chile é bom saber que este é um país que mantém as suas tradições. Seja através do once no final da tarde nas casas dos chilenos pertecentes à todas as classes socias, da anual fiesta de vendimia (celebração durante a colheita das uvas nas vinícolas) ou de imponente cerimônias. Não conheço muitas dessas cerimônias, mas  a mais elegante e impressionante das que já presenciei é a troca de guarda no Palácio de La Moneda, ou cambio de la guardia no idioma local. O aspecto mais fascinante desta tradição que o país vem mantendo com extrema disciplina desde 1851 é a frequência com quê ela ocorre: a cada dois dias! É necessário muita disciplina, ordem e respeito para obedecer a agenda de um evento imperdível como este.

Para todos que assistem a Troca de Guarda no Palacio de La Moneda em Santiago fica  gravado na memória a exibição da graça e harmonia ao mesmo tempo de rigidez e seriedade. A pompa é tanta que hoje em dia tornou-se também uma das atrações obrigatórias para os turistas que estão em visita ou de passagem por Santiago. O evento dura exatamente 30 minutos à partir do seu início pontualmente às 10:00 horas da manhã nos dias agendados. O corpo que procede com esta apresentação é uma policia especial responsável pela proteção do patrimônio imobiliário do poder administrativo Chileno, conhecida como a Guardia del Palacio, a Guardia de Santiago ou Cuerpo de Ciudadones Armados. As instruções formais e a troca da guarda em si ocorrem na Plaza de la Constituición sob os comandos de um oficial. Os membros que estão para assumir o posto iniciam uma marcha que parte do Paseo Bulnes. (more…)

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