Ah, meu Deus! Como o mundo é dinâmico e assim também a vida. E nós, que fazemos a nossa história, que fazemos o mundo, mesmo sabendo desse dinamismo, ainda nos assustamos com a velocidade com que tudo muda, não é mesmo?
Diferente de minha época de infância hoje tem novas maneiras de falar, de escrever, de vestir, novos costumes, nova moral, novas tecnologias…
Acontecem mudanças em avalanche que vem atropelando tudo e nós vamos nos equilibrando, nos adaptando.
Mas, continuemos com as lembranças da minha infância e da casa da Rua M-1 com a Avenida M-1. Quem morou em casa com quintal grande deve se lembrar de algumas plantas que hoje não se ouve mais falar. Uma delas é a Beldroega, uma planta infestante, desprezada por muitos, mas que é também saborosa, saudável, medicinal segundo dizia minha mãe. Ela era encontrada com facilidade em nosso quintal e, como nada custava, muitas vezes fez parte de nossas saladas, lá atrás, nos tempos das vacas magras. Mas hoje, com certeza, nenhum chef recomendaria o uso de uma plantinha tão caipiramente gostosa. Mudam-se os tempos. Surgem novos nomes, provavelmente em inglês, novas cores e sabores nos Fast Food dessa vida tão diversificada. E aquelas plantinhas lá do fundo dos nossos quintais vão-se perdendo, como sumiram a cafeteira, a chaleira, os moedores de café e de carne, o guarda-comida (em nossa cozinha tinha um pintado de azul), o bule esmaltado pintado de florezinhas coloridas… Tudo virou objeto de antiquário e se tornaram peças raras e caras nos antiquários. (more…)