A Simplicidade das Coisas — Augusto Martini

novembro 18, 2019

Pão caseiro, pão de mãe

A noite passada sonhei com minha mãe. Ela estava na cozinha de nossa casa sovando a massa do pão.
No final da tarde lembrei do sonho e resolvi fazer pão. Comecei a preparar tudo, separei os ingredientes, sem nenhuma receita – 70% de trigo branco, 30% de trigo sarraceno, aveia, sementes de abóbora, girassol, linhaça, quinoa, ervas de Provence, sal, açúcar, azeite, água, fermento biológico seco.

Tenho o modo de preparo de minha mãe guardado na memória, mas quis inovar e comecei a misturar, sovar, deixei descansar e coloquei para assar.

Assim que ele foi para o forno o perfume de pão fresquinho tomou conta do apartamento, me levou de volta para a infância e pude matar pelo menos um pouco das saudades daqueles momentos que sem dúvida me fizeram amar e apreciar o tempo gasto ao preparar uma receita para quem você ama, exatamente como minha mãe fazia.

março 11, 2017

Lembranças, saudades e cheiros de infância…

“… As pessoas podiam fechar os olhos diante da grandeza, do assustador, da beleza, e podiam tapar os ouvidos diante da melodia ou de palavras sedutoras. Mas não podiam escapar do aroma. Pois o aroma é um irmão da respiração. Com esta, ele penetra nas pessoas, elas não podem escapar-lhe caso queiram viver. E bem para dentro delas é que vai o aroma, diretamente para o coração, distinguindo lá categoricamente entre atração e menosprezo, nojo e prazer, amor e ódio. Quem dominasse os odores dominaria o coração das pessoas.”   

Trecho do livro “O Perfume”, do escritor alemão Patrick Süskind

Minha mãe, aos dezesseis anos

Minha mãe, aos dezesseis anos

Os anos vão passando e a gente vai lembrando as coisas boas que aconteceram há muitos anos atrás. São memórias que fazem parte de nossas vidas… E se tais recordações trouxerem coisas boas, a isto chamamos de saudades. Tenho saudades de brincar na enxurrada da rua quando chovia. Tenho saudade de apanhar frutas direto do pé, de brincar nos bancos de areia que tinha em frente a minha casa. Tenho saudades dos meus amigos de infância; tenho saudades do cheiro dos lençóis limpos pendurados no varal e de quando passava correndo por eles… De olhos fechados, o pano deslizando sobre meu rosto enquanto eu corria… Tenho saudades de minhas idas ao barbeiro o qual recebia os clientes com aquela sua capa branca característica. Tenho saudades do cheiro da água velva que ele passava no “pé do cabelo” e que dava um friozinho por toda a cabeça.  (more…)

outubro 21, 2013

A deliciosa simplicidade da infância narrada por uma de minhas irmãs – Tereza – Parte 6

COMO DIZIA MINHA AVÓ: PIANO, PIANO, SE VÁ LONTANO… Parte 6

…. continuação

Lá em cima na estrada, na entrada do sitio, tinha a escolinha onde estudavam meus primos e as crianças dos sítios vizinhos. Era formada por uma grande sala e só tinha uma professora que dava aulas para a primeira, segunda e terceira series e sempre alguém ia busca-la de carroça em Ajapi e depois ia levá-la, porque ela vinha da cidade de ônibus e o ponto era bem longe. Antes de começar as aulas ela sempre descia na casa da minha avó para tomar café com leite e pão feito em casa. Pão esse amassado pela tia Leonor – que ainda hoje os faz e que são uma delícia! Lá no sítio ela fazia uma receita logo com cinco quilos de trigo e explico porque tanto – dava muito trabalho para esquentar o forno que ficava em um ranchinho do lado de fora da cozinha da minha avó. Era um forno feito de tijolos e barro, no qual se colocava lenha dentro, acendia-se o fogo. Quando ficavam só as brasas e estava bem quente a tia Leonor tirava as brasas e as cinzas e colocava os pães para assar em cima de folhas de bananeira. Quando os pães estavam assados e o forno ainda estava quente ela tirava os pães e enchia de amendoim em casca para torrar, os quais depois guardava em uma cesta e meu avô os comia a noite, depois da janta, sentado no degrau do murinho da área. E a gente também ajudava, é claro!

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Minha mãe, Maria Angela Graciolli com sua irmã, Joana Nathalina Graciolli.

Como eu já disse a terra do sítio de meu avô não era boa para plantação. Só tinha um pouco de pés de café – eram umas poucas fileiras de pés de cada lado da estrada que descia para a casa e perto da escolinha. No meio dos pés de café sempre plantavam abóboras e melancias. Ah, e passando o cafezal plantava-se muitas vezes amendoim ou feijão.  (more…)

agosto 15, 2013

Mais algumas lembranças de minha infância e de minha vida… parte 5

Ah, meu Deus! Como o mundo é dinâmico e assim também a vida.  E nós, que fazemos a nossa história, que fazemos o mundo, mesmo sabendo desse dinamismo, ainda nos assustamos com a velocidade com que tudo muda, não é mesmo?

Diferente de minha época de infância hoje tem novas maneiras de falar, de escrever, de vestir, novos costumes, nova moral, novas tecnologias…

Acontecem mudanças em avalanche que vem atropelando tudo e nós vamos nos equilibrando, nos adaptando.

Armazem

No armazém da família Pizzirani, comprava balas e caramelos, daqueles coloridos, uma vez por mês!

Mas, continuemos com as lembranças da minha infância e da casa da Rua M-1 com a Avenida M-1. Quem morou em casa com quintal grande deve se lembrar de algumas plantas que hoje não se ouve mais falar. Uma delas é a Beldroega, uma planta infestante, desprezada por muitos, mas que é também saborosa, saudável, medicinal segundo dizia minha mãe. Ela era encontrada com facilidade em nosso quintal e, como nada custava, muitas vezes fez parte de nossas saladas, lá atrás, nos tempos das vacas magras. Mas hoje, com certeza, nenhum chef recomendaria o uso de uma plantinha tão caipiramente gostosa.  Mudam-se os tempos. Surgem novos nomes, provavelmente em inglês, novas cores e sabores nos Fast Food dessa vida tão diversificada.  E aquelas plantinhas lá do fundo dos nossos quintais vão-se perdendo, como sumiram a cafeteira, a chaleira, os moedores de café e de carne, o guarda-comida (em nossa cozinha tinha um pintado de azul), o bule esmaltado pintado de florezinhas coloridas…  Tudo virou objeto de antiquário e se tornaram peças raras e caras nos antiquários.     (more…)

março 1, 2013

Osho Neo -Tarô – Carta Meditação – Você pode encontrar Deus em todo o lugar!

Temos que fazer tudo com a consciência relaxada. Mesmo que sejam as pequenas coisas da vida. Quando você estiver comendo, coma com totalidade – mastigue com totalidade, saboreie totalmente, cheire totalmente. Toque no seu pão, sinta a textura dele. Cheire-o, sinta o sabor. Mastigue-o, deixe-o dissolver-se no seu ser, e permaneça consciente – você estará meditando. A meditação nunca está separada da vida. Se estiver, algo está errado.

Lembre-se – sua vida não é uma distração. Ela é uma ocasião para meditação.

Carta 18  MEDITAÇÃO.

Preste atenção a tudo. Não existe nada “ grande” e nada “pequeno”. Tudo é divino. Você pode encontrar Deus em todo o lugar.

Carta 18 - Meditação

Carta 18 – Meditação

Um discípulo que estava praticando por algum tempo veio ver Ikkyu. Estava chovendo, e ao entrar, deixou seus sapatos e seu guarda chuva do lado de fora. Depois de apresentar seus cumprimentos, Ikkyu perguntou-lhe de que lado de seus sapatos ele havia deixado seu guarda chuva.  (more…)

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