O Largo do Carmo no século XVIII era uma vasta esplanada apoiada em uma espécie de paredão. Ao fundo ficavam a Igreja e o Convento de Nossa Senhora do Carmo, datados de 1594, e a igreja da Venerável Ordem Terceira de Nossa Senhora do Monte do Carmo, de 1775. E ainda por volta de 1900 o Largo possuía um chafariz abastecedor de água das redondezas.
Em 1927 a Igreja do convento foi reformada e recebeu uma torre, mas em 1928 o Convento e a Igreja do Carmo foram demolidos para a abertura da Avenida Rangel Pestana e construção da Secretaria da Fazenda.
A Igreja do Carmo está hoje na Rua Martiniano de Carvalho e é uma das mais belas igrejas da cidade. No local, só restou a Igreja da Ordem Terceira do Carmo que ainda está lá.
Ligando o planalto à Várzea do Carmo, em declive muito acentuado ficava a Ladeira do Carmo – atualmente o primeiro trecho da Avenida Rangel Pestana – que, quase despovoada levava às ruas do Brás. No sopé do morro, a Rua do Hospício – atual Frederico Alvarenga – onde se achava o Hospício dos Alienados, e onde hoje está um quartel das forças do exército. A Ponte do Carmo, lançada sobre o rio Tamanduateí, comunicava a ladeira com a Várzea, pois o rio passava por trás do Hospício, aproximava-se bem junto do morro, percorria a Rua 25 de março, roçando quase o Mercado, chegando ao ponto das Sete Voltas, na rampa da atual Rua da Constituição. Essa ponte era muito importante porque dava acesso ao bairro do Brás e também era saída para o Rio de Janeiro. Foi construída em entre 1802-1811, em granito com arco pleno. No mesmo período se fez o Aterrado do Brás. (more…)