Levante a mão quem nunca desejou voltar aos tempos de infância em que a nossa única preocupação era o brincar e o brincar de que. Sempre me senti privilegiado por passar férias férias com as minhas irmãs, com meus amigos e com os meus primos, em Rio Claro/SP, minha cidade natal. Mais ainda, um privilégio de ter uma liberdade para brincar e me divertir como hoje as crianças não têm.
Hoje, os meninos não podem brincar na terra porque têm alergias ou porque ficam imundos e não podem estragar os tênis e o tapete novo da casa. Ou porque não conhecem quintal com terra, calçadas com grama. Em cada dia, eu e meus amigos de infância tínhamos uma aventura. Brincávamos de rodar pião, bolinha de gude, pega-pega, polícia-ladrão, descobríamos caminhos, fazíamos cabanas com galhos de árvores e papelão, brincávamos com carrinhos feitos de lata e jogávamos bola na rua, em frente de casa, na rua de chão batido. A verdade é que tudo isto contribuiu para aquilo que sou hoje. Mais do que as brincadeiras, criamos laços fortes de amizade que nos uniram e que provaram que tínhamos ali companheiros para a vida. (more…)