Resolvi escrever esse post porque em meu trabalho muitas vezes me deparo com deficientes auditivos. Quer seja no atendimento em feiras como a do Estudante do CIEE, quer em outras, como a Bienal do Livro. O grosso mesmo é no atendimento da Reatech – Feira Internacional de Tecnologias em Reabilitação, Inclusão e Acessibilidade.
Mas antes, preciso explicar para vocês algo importante: é preciso que saibam que existe mais de um tipo de deficiente auditivo. Eles não são todos iguais!
Existem os “verdadeiros” deficientes auditivos que, tal como diz o nome, tem algum tipo de perda auditiva de leve a moderada, o que geralmente se resolve com aparelhos auditivos. Com eles, basta você falar um pouco mais alto. Não é preciso que você fale como se estivesse falando num megafone, porque o aparelho já ajuda muito. E, mais importante, espere ele dizer para aumentar a voz, senão poderá incomodá-los e muito!
Além deles, existem os surdos sinalizados, mais conhecidos como Surdos. Muita gente acha que são mudos, embora a maioria tenha voz, apenas não costuma usá-la ou porque não aprendeu o necessário ou porque tem vergonha ou não gosta. Eles falam uma língua própria, chamada Língua Brasileira de Sinais ou simplesmente Libras. Uma boa parcela nasceu surda ou perdeu a audição antes da formação plena da fala. São também chamados de surdos pré-linguais.
Há também um grande grupo, mas menos conhecido e facilmente confundido com deficiente auditivo. São os surdos oralizados, que se comunicam através da fala oral, leem os lábios e o aparelho comum ou o implante coclear podem ou não resolver o problema de audição deles. Podem ser surdos adquiridos após a aquisição plena da fala (chamada surdez pós-lingual) ou surdos de nascimento que aprenderam a falar com fonoterapia. Quando esses também falam a língua de sinais, são chamados de surdos bilíngues. (more…)