Talvez, a melhor coisa que temos e sentimos ao fazermos nossas viagens seja a saudade de casa. Já estive em muitos lugares deste país, pois, levado pelo meu trabalho, eu ando muito por aí. Também pela minha formação – Geógrafo, gosto muito de conhecer coisas e lugares. Assim, sempre que tenho oportunidade e dinheiro, viajo. Sou extremamente minimalista, carrego quase nada na bagagem, trago pouquíssimas lembranças palpáveis, muitas sensoriais e outras tantas gustativas. Mas, o que trago e o que fica mesmo para o resto da vida é o que vejo.
O que mais me emociona não é o que deixei para trás, mas sim o aproximar-me da minha casa. Casa terra, casa lar, casa espaço. Descer do avião, andar, correr, chegar, sentir o coração apressado na expectativa do abraço apertado logo ao sair do elevador!
Depois, gosto de andar pelas ruas, aqui mesmo do bairro República ou as ruas do centro velho, indo para o trabalho a pé, ruas que bem poderiam ser mais conservadas e bonitinhas. Gosto de andar, pensar com meus botões, ou então com quem me quer bem, filosofar. Contar das coisas que vi e das que vivi por esse Brasil afora, repetitivas coisas às vezes, mas que se tornam novas pelo prazer novo de contar, pelo prazer novo de ouvir, pelo dom divino de ouvir e falar.