Fonte: Coluna da Dra. Susan Andrews na Revista Época, publicado no livro Por uma Vida de Verdade, ed. Ágora
A respiração e a única função fisiológica que se pode fazer tanto completamente consciente como completamente inconsciente.
Ondina, de acordo com a mitologia germânica, era uma linda e imortal ninfa das águas, que se casou com um garboso cavaleiro mortal, mesmo sabendo que tal união era proibida e que ele estava condenado a morrer caso lhe fosse infiel. Quando o marido de Ondina a traiu, a funesta profecia se consumou. Na peça de Jean Giraudoux sobre essa lenda, enquanto o cavaleiro perdia suas funções autônomas, ele exclamou: “Um fugaz momento de desatenção e eu me esqueci de respirar. Eles dirão que eu morri porque era demasiado incômodo respirar”.

Assim como o cavaleiro da ninfa Ondina, pode ser que estejamos prejudicando nossas vidas porque frequentemente, nestes dias de estresse galopante, parece “demasiado incômodo” respirar corretamente. Desde o momento em que acordamos de manhã, sacudidos pelo despertador, até o “relaxamento” da TV à noite, somos bombardeados por estímulos que superativam nosso sistema nervoso e agitam nossa respiração. Estudos demonstram que o mero ato de se sentar e colocar os dedos das mãos no teclado de um computador perturba nosso ritmo respiratório.
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