Ontem foi dia de ver a neve em Farellones e Valle Nevado. Hoje fiz um tour desses menos explorados pelos turistas aqui na cidade de Santiago – um segmento dela que conta a história do golpe militar e a subsequente ditadura, que fazem parte da memória recente do Chile. Mais violenta do que a que a vivida pelo Brasil, as marcas do estado totalitário, comandado pelo General Augusto Pinochet, ainda podem ser vistas pela capital.
Em 11 de setembro de 1973, os militares chilenos, amplamente apoiados pelos Estados Unidos, executaram um golpe de estado contra o governo democrático do Presidente Salvador Allende, que tinha tendências socialistas. E Allende, ao saber do golpe, decidiu não sair do Palacio La Moneda, que foi atacado por ar e terra, ficando bastante destruído. O então presidente continuou no prédio mesmo assim, em resistência. Segundo depoimento de seu médico pessoal, confirmado por posteriores autópsias, Salvador Allende se suicidou pouco antes dos militares invadirem o palácio. A versão, porém, ainda é questionada por várias pessoas que acreditam que ele foi executado.
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O País sofreu 17 anos de ditadura – de 1973 até 1990. Nesse período, o último relatório, da Comissão Nacional sobre Prisão Política e Tortura contabilizava 40.280 vítimas oficiais (estudo realizado em 2011), dentre elas, 3.225 mortos ou desaparecidos. As associações de vítimas, porém, calculam que esse número chegue há aproximadamente 100 mil vítimas.
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