Ontem o Papa Francisco finalmente chegou à periferia. Durante os últimos meses, em seus discursos, ele tem dito que a Igreja deve abandonar o conforto e buscar os arrabaldes, onde falta pão e justiça. Misturado ao povo da favela enviou uma mensagem muito clara: “Nenhum esforço de pacificação será duradouro para uma sociedade que ignora, marginaliza e abandonada na periferia uma parte de si mesma. A medida da grandeza de uma sociedade está determinada pela forma como trata os mais necessitados, a quem que não têm mais do que a sua pobreza. “
Depois de percorrer as ruas de Varginha, bairro com cerca de 2.000 pessoas no coração da favela de Manguinhos, o Papa enviou uma mensagem aos jovens protagonistas dos protestos recentes no Brasil, pedindo-lhes para não ceder ao desânimo: “Vocês têm uma especial sensibilidade ante a injustiça, mas muitas vezes se sentem defraudados pelos casos de corrupção, por pessoas que, em vez de buscar o bem comum, perseguem seus próprios interesses. Para vocês e para todos eu repito: nunca se desanimem, não percam a confiança, não deixem que a esperança se apague. A realidade pode mudar, o homem pode mudar. Não se acostumem com o mal, mas busquem superá-lo. ” Uma bela mensagem para nós, disseminadores de educação fiscal, não é mesmo?
Todos os discursos de Francisco estão sendo caracterizados por um conteúdo social forte. Suas intervenções não se destinam e nem se limitam à comunidade cristã e sim vão muito mais além.
O “Papa do sorriso” não apresenta a Jesus Cristo como o Todo-Poderoso que tudo vê, disposto a condenar ao inferno a quem está fora de linha, mas como um Cristo que sofreu na cruz, sempre pronto a dar a mão. (more…)