A Simplicidade das Coisas — Augusto Martini

agosto 2, 2021

SERES-RIOS – festival fluvial promovido pelo BDMG Cultural

O Festival Seres-rios acontecerá online, de 02 a 10 de agosto e é promovido pelo BDMG Cultural – o festival propõe reflexões sobre as histórias e as relações culturais dos rios.

Acesse a programação

Há centenas de narrativas de povos que estão vivos, contam histórias, cantam, viajam, conversam e nos ensinam mais do que aprendemos nessa humanidade. Nós não somos as únicas pessoas interessantes no mundo, somos parte do todo. Isso talvez tire um pouco da vaidade dessa humanidade que nós pensamos ser, além de diminuir a falta de reverência que temos o tempo todo com as outras companhias que fazem essa viagem cósmica com a gente.

AILTON KRENAK, IDEIAS PARA ADIAR O FIM DO MUNDO

Falar sobre rios é falar sobre seres, matérias, encantamentos, violência, vida e morte. É falar sobre o duo natureza e cultura que tanto tentou se apartar, mas que resiste em manifestos e festas. E pensar em rios no território das Minas e das Gerais é consagrar o maior número de bacias hidrográficas do país, onde abrigam-se nascedouros e grandes rios que seguem Brasil adentro e rumo ao Atlântico, abastecendo aquíferos e, por que não, imaginários de um mundo abundante.

Segundo o Igam – Instituto Mineiro de Gestão das Águas – são 17 bacias hidrográficas no Estado. A questão que se faz presente, entretanto, é como cuidamos dessa abundância, como cuidamos de toda a rede ecológica e cultural que os rios emanam e coletivamente constroem em seu entorno.

SERES-RIOS vem então para compartilhar conhecimentos múltiplos, arte e diálogos de quem vivencia e tem relação com águas fluviais em suas mais diversas formas, cursos e geografias. Um festival virtual criado – e inspirado pelas correntes dos rios Doce, Jequitinhonha e São Francisco – para celebrar a existência e a importância dos rios para a vida e seu importante papel em todas as discussões ambientais, culturais, sociais e econômicas. 

Com realização BDMG Cultural, o SERES-RIOS Festival Fluvial se materializa em uma plataforma online com uma programação fluida como os rios e que contempla músicas para abrir os caminhos e uma mesa de inauguração, 6 diálogos, 4 lives, uma exposição coletiva de 6 artistas que desenvolveram trabalhos especialmente para o projeto, uma mostra de filmes, playlists, cartografia, conteúdo infantil e outras interações digitais para um público diverso.

E, assim, esperamos que nesse navegar, possamos vivenciar a estética, a política, a festa, a imagem, o som e o conhecimento juntos, sempre olhando para o outro. Pela sede de descanso que estamos vivendo e pelo prazer de soltar o corpo na água e lutar para sobrevivermos em coletivo. Pelos seres-rios.

Gabriela Moulin
Diretora-Presidente do BDMG Cultural

agosto 7, 2019

Ipê roxo florido

E olhando o ipê florido dá para perceber a renovação que é a primavera: é como uma segunda chance para a natureza, as folhas caem no outono, morrem no inverno e na primavera renascem. É como se a natureza a nos dizer que todos merecem uma segunda chance. Mas será que essa segunda chance se aplica a todos, independentemente dos erros? E até onde vai o orgulho que me impede de perdoar? Até onde ele vale a pena? E se a direção correta for o caminho do amor? E se for necessário o perdão? Talvez o amor seja necessário, porque a vida é simplesmente tão bonita e tão passageira e ninguém sabe como será o dia seguinte. Amanhã a gente morre e não viveu, não lutou, não amou, tudo por orgulho. O orgulho é bom, mas em excesso, envenena o coração.
Fica a dica!🙏😘🥰

julho 5, 2019

Minuto Verde – A voz das árvores – Ficus Benghalensis, Pau Brasil e Ipê

Ficus Benghalensis
Pau Brasil
Ipê

A Egap – Escola de Governo do estado de São Paulo (atual Egesp – Escola de Governo do estado de São Paulo), em parceria com a Universidade Aberta do Meio Ambiente e Cultura de Paz, a UMAPAZ, preparou estes dois vídeos que fazem parte de uma série especial sobre as nossas árvores, denominada “A voz das árvores”.

julho 4, 2019

Minuto Verde – A voz das árvores – Eucalipto e Figueira Lacerdinha

Eucalipto
Figueira Lacerdinha

A Egap – Escola de Governo do estado de São Paulo (atual Egesp – Escola de Governo do estado de São Paulo), em parceria com a Universidade Aberta do Meio Ambiente e Cultura de Paz, a UMAPAZ, preparou estes dois vídeos que fazem parte de uma série especial sobre as nossas árvores, denominada “A voz das árvores”.

julho 3, 2019

Minuto Verde – A voz das árvores – Pinheiro do Paraná e Ceboleiro

Pinheiro do Paraná – Araucária
Ceboleiro

A Egap – Escola de Governo do estado de São Paulo (atual Egesp – Escola de Governo do estado de São Paulo), em parceria com a Universidade Aberta do Meio Ambiente e Cultura de Paz, a UMAPAZ, preparou estes dois vídeos que fazem parte de uma série especial sobre as nossas árvores, denominada “A voz das árvores”.

setembro 7, 2018

Os Ipês estão floridos

Estou passando o final de semana prolongado em Rio Claro/SP, minha terra natal e encantado com os ipês floridos. Agora acontecendo as floradas dos amarelos e rosas. Dias atrás eram os roxos e brancos.

Thoureau, que amava muito a natureza, escreveu que se um homem resolver viver nas matas para gozar o mistério da vida selvagem será considerado pessoa estranha ou talvez louca. Se, ao contrário, se puser a cortar as árvores para transformá-las em dinheiro (muito embora vá deixando a desolação por onde passe), será tido como homem trabalhador e responsável. Lembro-me disso todas as manhãs, pois na minha caminhada para o trabalho passo por um ipê rosa florido. A beleza é tão grande que fico ali parado, olhando sua copa contra o céu azul. E imagino que os outros, encerrados em suas pequenas bolhas metálicas rodantes, em busca de um destino, devem imaginar que não funciono bem.

 

Gosto dos ipês de forma especial. Questão de afinidade. Alegram-se em fazer as coisas ao contrário. As outras árvores fazem o que é normal – abrem-se para o amor na primavera, quando o clima é ameno e o verão está prá chegar, com seu calor e chuvas. O ipê faz amor justo quando o inverno chega, e a sua copa florida é uma despudorada e triunfante exaltação do cio. (more…)

julho 12, 2017

A Árvore da Vida – o filme de Terrence Malick

Assisti ao “A Árvore da Vida” na última terça feira e em casa. Confesso que em certos momentos fiquei quase sem respirar, paralisado no sofá, atônico com tanta beleza. É um filme que não dá para ver só com os olhos. É preciso vê-lo também com o coração e com a alma.

No início do filme, a protagonista anuncia que há dois caminhos para a vida: um é o caminho da Natureza, que rejeita desapegar-se de si e alimentar-se da Árvore da Vida, que insiste em sua rigidez e por isso se quebra. O segundo é o caminho da Graça, que aceita a dor com esperança e que vê na Árvore da Vida tanto a fonte última da Natureza como a única capaz de se chegar à Vida Eterna. O símbolo da árvore aparece do início ao fim do filme, e em todos os seus momentos mais significativos. Às vezes como uma pequena planta, às vezes como uma árvore frondosa. Se você espera assistir a um filme com narrativa regular – esse não é o caso. É descontínuo, sem linearidade temporal, mas vai fazendo conexões lógicas e casuais e de forma poética. Possui uma infinidade de imagens, ritmos, sons, cores, em que fui me reconhecendo em cada um deles. Em minha infância, no modo de ser de meus pais e irmãs, principalmente. Estava reticente a assistir ao filme. Amigos do trabalho diziam para que eu não perdesse meu tempo. Talvez não estivessem preparados para assisti-lo. O verei mais vezes, com certeza.

Reproduzo abaixo a crítica que encontrei no Blogardino e que traduz muito do que senti e ainda sinto ao pensar no filme.

Como já foi dito em outras críticas, “A Árvore da Vida” é para poucos. Mas, sem dúvida, é o melhor trabalho de Terrence Malick e um dos melhores filmes da história do cinema.


Quando digo que o filme não é para qualquer um não estou insinuando que foi feito para pessoas inteligentes ou cultas. É preciso ser sensível, ter a capacidade de mergulhar nas emoções e nas sensações que o filme provoca para se entender, ou melhor, para se perceber o filme. E ai está o problema: a maioria das pessoas está acostumada com roteiros que explicam tudo em seus diálogos, com início, meio e fim, de modo que nenhum mistério fica sem explicação. Quem entrou no cimema buscando diálogos explicativos e uma história convencional certamente se decepcionou.

O filme de Malick fala sobre a Vida, mas de seu modo particular: pelo que se vê, e o que não se vê; pelo que se ouve, e o que não se ouve; pela emoção que se manifesta nas cenas e nos impactam; ou seja, por todos os meios a disposição de um filme, exceto pelos diálogos elucidativos. O filme não deve ser assistido com a razão, mas com o coração. (more…)

março 11, 2017

Lembranças, saudades e cheiros de infância…parte 2

Hoje quero recordar as idas e vindas ao sítio de meus avós. Passeios que fazia com meu pai e que aconteciam quase todos em domingos ou feriados.

Íamos de bicicleta. Eram pouco mais de 12 km pela estrada de terra que ligava Rio Claro a Ajapí, distrito rural da cidade. Íamos pela estrada bem devagar, enquanto o cheiro da terra e do mato cortado recentemente, a brisa do vento e o aconchego do sol nos acompanhavam. Eu, na garupa, observava as flores, as árvores. Era uma delícia ouvir o canto dos pássaros e entre o silêncio e o entoar de algumas melodias que meu pai tentava assoviar, a felicidade acompanhava-nos. Não era preciso muito, aliás não era preciso nada, éramos apenas nós os dois e a natureza. E felizes…

pai

Meu pai, Antonio Martini, com minha avó, Virgínia Calore Martini

Não me recordo das palavras que ele falava no caminho. Meu pai era de pouco falar, e falava baixo. Sei que as palavras existiram mas não as tenho na memória. Das canções que ele tocava na sanfona ou dedilhava ao violão, estas sim, lembro-me de todas, faziam parte da história de vida do meu pai e eu gostava das suas histórias – das músicas e dos causos que ele contava. Havia sintonia, entrega, carinho e cumplicidade. Havia amor, mas um amor sereno e tranquilo que ele não demonstrava. Nada era obrigação. Tal e qual as árvores, o vento, o sol, as flores, a terra, os animais… (more…)

fevereiro 20, 2015

Morri! E agora? O que fazer com meu corpo?

Hoje o assunto do post é um tanto tétrico. Vou falar sobre o pós-morte –  sabia que além do enterro convencional, você pode transformar suas cinzas em esculturas, quadros (as cinzas são misturadas na tinta), jóias, diamantes e até pode enviá-las à lua?  Também há o velório que se transforma em evento social, entre outros.

Você morreu! E aí? Nada mais precisa ser simples e comum. Tudo pode ser reinventado. 

Desde um enterro comum, até a cremação que costuma ser rejeitada por parecer um processo caro. Mas, comparada a todas as taxas de um sepultamento convencional, cremar ainda é mais econômico do que sepultar, sabia? Só a gaveta de um cemitério qualquer aqui em São Paulo, não deve sair por menos que 3 mil reais, pelo que ouvi falar. E isso nos cemitérios mais simples. Em alguns outros essa quantia pode ser bem maior. E para enterrar tem o caixão, flores, preparação do morto, a taxa de sepultamento, fora a manutenção do túmulo. Sem contar que hoje em dia as pessoas não vão muito ao cemitério. Somado a esses fatores a cremação tem a vantagem de ser a alternativa que menos agride o meio ambiente.

ipe-rosa

O Roberto, daqui alguns anos!

E se o desejo é dar um destino diferente para o ente querido, o primeiro passo é justamente a cremação. É a partir das cinzas do morto que se pode inventar de tudo. Até para se despedir das cinzas existem alternativas. Se a ideia é jogar ao mar, há uma urna biodegradável especialmente elaborada para a ocasião. Feita de papel machê e coloridas com tintas naturais, a urna em formato de concha é das mais vendidas no litoral. Também há as urnas feitas de areia e gel (hidrossolúvel) e uma feita com fibra de coco que acompanha sementes de árvores nativas com instruções de plantio. Quando uma pessoa é cremada, as cinzas se transformam numa espécie de adubo, rico em cálcio, magnésio, etc..

Não há mesmo limite para as cinzas, nem mesmo o céu. É possível enviá-las ao espaço e ter suas cinzas espargidas na superfície lunar. Outros níveis são o da órbita terrestre, o suborbitário e o espaço profundo. Um serviço oferecido pela Celestis, empresa dos Estados Unidos especializadas em voos espaciais memoriais e que tem parceria com a agência espacial Nasa, pode levar suas cinzas ao espaço e espargi-las na superfície lunar. Ou na órbita terrestre. Parte das cinzas é colocada em uma pequena cápsula e enviada à sede da Celestis nos Estados Unidos. A cápsula permanece lá até o lançamento do foguete que vai levá-la ao seu destino final. Os parentes recebem um convite para o evento, caso desejem participar, mas as despesas de viagem não estão incluídas. Todo o lançamento é gravado em vídeo, que pode ser assistido depois. (more…)

novembro 18, 2014

A Natureza está falando (Nature Is Speaking)

Se o oceano falasse, qual seria a sua voz? E se a voz dele fosse como a voz de Harrison Ford?  Ainda mais se a mensagem fosse uma mistura de ameaça com desprezo pela pequenez e cobiça da Humanidade. “Eu sou o oceano. Sou água. Sou a maior parte deste planeta. Modelei-o. (…) Todos os seres vivos precisam de mim. (…) Os humanos não são diferentes. Não lhes devo nada. Dou, eles tiram. Mas posso sempre tirar de volta. O planeta não é deles. Nunca foi, nem nunca será. (…) Sou o oceano. A certa altura, cobri todo o planeta. Posso sempre voltar a fazê-lo. É só isso que tenho para dizer.” 

O vídeo de dois minutos O Oceano, narrado Harrison Ford, e composto por magníficas imagens dos mares, é um dos seis da campanha Nature Is Speaking (A Natureza está falando), da organização ambientalista Conservação Internacional, em que alguns dos maiores atores de Hollywood (Julia Roberts, Kevin Spacey, Robert Redford, Edward Norton e Penélope Cruz, além de Ford) emprestam as suas vozes aos protagonistas da Terra: a mãe natureza, a floresta tropical, a sequoia, o solo, a água e o oceano. A principal mensagem, de resposta à destruição sistemática do planeta, tem muito pouco de ambíguo: “A natureza não precisa de pessoas. As pessoas é que precisam da natureza.” Mais dia menos dia, a Terra dará a resposta! Os vídeos podem ser vistos na íntegra, clicando em natureisspeaking.org .

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