A Simplicidade das Coisas — Augusto Martini

janeiro 19, 2016

Berlim – uma cidade para ser vivida e sentida

Em diferentes locais em Berlim detalhes específicos do genocídio são trazidos à tona, monumentos e memoriais são construídas e  a responsabilidade do Estado para  com as vítimas é assumido. Isso não significa que há uma atitude consciente da maioria da população neste sentido ou que todos concordam sobre o assunto. Esquecimento e negação também estão presentes. O que os alemães nunca deve fazer novamente é ensinado nas escolas, mas nada parece o bastante. Sempre há novas maneiras de recordar, para tentar transmitir aquilo que não foi dito.O Muro se foi, mas isso é recentemente. Seus supostos restos ainda são vendidos nas lojas de suvenires juntamente com supostos capacetes militares russos, ou o pequeno escudo com martelo e foice, e os símbolos da antiga RDA. Mas em tudo isso esconde-se a questão: estamos no lado leste ou oeste? Onde estava o Muro? Tudo mudou muito desde 1989, no lado leste. Como muitos monumentos da era nazista, águias e o laurel de estátuas neoclássicas e estádios olímpicos, tudo permanece em seus lugares, apesar de a maioria dos monumentos oficiais da ex-RDA ter desaparecido completamente. Algumas estátuas da era socialista ainda permanecem em avenidas. A mudança na cidade é permanente, e para onde você olha há guindastes. E o que não mudou, como a Alexanderplatz, que para mim não tem nada de especial, deve estar no caminho para que isso aconteça. 

Há cidades monumentais, como Roma e Paris, e há cidades em que precisamos nos inserir em sua história, mesmo que trágica e sangrenta, para vivê-la. Cidades cheias de palácios, fontes, avenidas, estátuas, igrejas, catedrais… e outras em que, mesmo com parte de todas essas atrações, mesmo que destroçadas pela guerra, o que se sente, no momento da chegada, é que são cidades para serem vividas. Em todas as cidades vale a pena passar alguns dias apenas caminhando por suas ruas, visitando as suas lojas e supermercados, museus, lugares emblemáticos e deixando o seu ritmo marcar a visita.Mas, Berlim, não é só mais uma dessas cidades – é a cidade ideal para isso. Claro que além de caminhar por ela, não se pode deixar a capital alemã sem fazer visitas em torno do Unter den Linden – o mais famoso boulevard da cidade, a Brandenburger Tor, ou Portão de Brandemburgo, e visitar o parlamento Reichstag com a sua cúpula de vidro, projetada por Norman Foster. Também é preciso desfrutar a Gendarmenmarkt, que segundo a minha amiga alemã Hannelore, tem um trio de jóias: no centro a sala de concertos Konzerthaus; ao norte da Catedral francesa e no sul o Deutscher Dom, a Catedral Alemã; ou admirar a Schloss Charlottenburg, e o famoso Palácio de Charlottenburg, que não fica tão distante.

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Merecem destaque também os rastros que a história recente deixou na cidade: o Muro de Berlim, a East Side Gallery, o Checkpoint Charlie, os bunkers dentro dos túneis do metrô – vendidos aos alemães como capazes de resistir a ataques nucleares e biológicos, a Kaiser Wilhelm Memorial Church – bombardeada pelos aliados e deixada ainda hoje em ruínas no centro da cidade, como parte da memória – ou o Parque Treptower,  cemitério Soviético… E tantos outros lugares de interesse.
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novembro 13, 2014

Berlim, que caiam os muros!

Hoje quero compartilhar um texto do amigo Augusto Bernardo Cecílio, do Amazonas. Saiu publicado em sua coluna no Em Tempo.
Augusto Bernardo Cecílio - Auditor fiscal da Secretaria de Estado da Fazenda/AM

Por: Augusto
Bernardo Cecílio
Auditor fiscal da Secretaria de Estado da Fazenda/AM

“São sempre os pequenos que podem mudar as coisas. Nunca os políticos ou os poderosos. Quem deitou abaixo o Muro de Berlim? O povo nas ruas. Na véspera, os especialistas nem sabiam o que fazer” (Luc Besson)

No dia 9 de novembro o mundo parou para comemorar um dos acontecimentos históricos mais importantes e simbólicos do século passado. A Alemanha deu as mãos, exibindo para o mundo um país unido, com orgulho próprio e capaz de grandes mudanças e realizações.

Foi mais do que uma festa de comemoração dos 25 anos da derrubada do Muro de Berlim, com mais de 3 metros de altura, que dividiu não apenas Berlim e a Alemanha, como também provocou tragédias pessoais, dividiu famílias e pessoas e manteve um dos lados isolado, acorrentado e encarcerado, como uma das heranças da Segunda Guerra Mundial. (more…)

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