A Simplicidade das Coisas — Augusto Martini

março 10, 2017

Polenta italiana

Cresci em uma família de descendentes de italianos em que a cozinha sempre foi o centro da casa. E a comida sempre foi o ponto central de tudo. Do início das conversas até as trocas de receitas, de tudo. E a polenta sempre esteve presente. Mole ou dura, frita, com molho ou sem molho, feita no forno com queijo, couve picadinha e carne moída, com frango, e também pura. Enfim, polenta é uma daquelas comidas que têm gosto de casa.

Ainda muito velhinha a minha avó fazia questão de preparar sua polenta no fogão a lenha, em tacho de cobre e mexendo com colher de pau. Depois de pronta era despejada sobre a mesa de madeira ou sobre uma pedra de mármore e sempre cortada com barbante. Minha avó dizia ser pecado cortar a polenta com faca. Dizia que preparava a receita que aprendeu com a mãe, que era de Pádua, Itália e que lá era um alimento básico para as famílias mais pobres.

O milho é originário da América Central, mas foi introduzido na Espanha por Cristóvão Colombo e de lá foi levado ao norte da Itália entre os séculos 16 e 17. Na ilha de Torcello, na Laguna de Veneza, e em outras terras venetas (de onde vieram todos os meus antepassados, tanto por parte de mãe como de pai), o grão era cultivado em grandes quantidades, sendo sua farinha, misturada a outros cereais, usada na fabricação de pão e também exportada. (more…)

maio 11, 2012

Feira livre, melancia, mandioca, mamão e as lembranças de minha infância

Melancias serviam para alimentar os porcos

Todos os domingos eu vou à feira livre que acontece entre a Rua Ana Cintra e a Praça Alfredo Paulino, no bairro de Santa Cecília e próximo de onde moro. É um mercado maravilhoso e a céu aberto, com dezenas barracas de frutas e legumes, peixe, carnes, condimentos, flores, pastéis, garapa de cana… E muito barulho devido à gritaria dos feirantes. Confesso que isso às vezes irrita. Mas vale a pena! Os produtos são fresquinhos e baratos.

No último final de semana, depois que voltei da feira, lembrei de mim quando criança. Comida era a coisa menos importante da minha vida diante de tudo o que eu queria brincar. Tinha um quintal enorme em casa, a rua era tranquila e nela brincávamos de tudo um pouco. E, quando eu ficava doente, então, era um drama. Não que eu não fosse saudável ou vivesse visitando médicos, mas sou da geração que passou por todas as doenças infantis sem as vacinas que existem hoje em dia. Tive, junto com a turma toda da rua, caxumba, catapora, rubéola e outras coisinhas mais. Pisava no chão de terra com os pés descalços. Tomava banho de bacia e mangueira. Corria na chuva e soltava barquinhos na enxurrada.  (more…)

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