A Simplicidade das Coisas — Augusto Martini

dezembro 29, 2017

Poemas para o Ano Novo

 

bem-vindo-2018

Quero agradecer suas visitas ao blog. Também quero agradecer pela vida e tudo o que temos nela. Tudo Mesmo! Até mesmo as dificuldades e adversidades que se apresentaram em 2017. Elas são as grandes oportunidades de testarmos o quanto somos capazes.

Que em 2018 você ame tudo que você faz e faça com amor! Siga suas paixões! Escute seu coração! Crie sua realidade! Conheça suas habilidades! Confie em você e na sua intuição!
Faça seus dias felizes!

Beijos e abraços.

Augusto

Fiquem em companhia de belos e fascinantes poemas. Até janeiro!

Ano Novo
Fernando Pessoa

Ficção de que começa alguma coisa!
Nada começa: tudo continua.
Na fluida e incerta essência misteriosa
Da vida, flui em sombra a água nua.
Curvas do rio escondem só o movimento.
O mesmo rio flui onde se vê.
Começar só começa em pensamento.

Receita de Ano Novo
Carlos Drummond de Andrade

Para você ganhar belíssimo Ano Novo
cor do arco-íris, ou da cor da sua paz,
Ano Novo sem comparação com todo o tempo já vivido
(mal vivido talvez ou sem sentido)
para você ganhar um ano
não apenas pintado de novo, remendado às carreiras,
mas novo nas sementinhas do vir-a-ser;
novo
até no coração das coisas menos percebidas
(a começar pelo seu interior)
novo, espontâneo, que de tão perfeito nem se nota,
mas com ele se come, se passeia,
se ama, se compreende, se trabalha,
você não precisa beber champanha ou qualquer outra birita,
não precisa expedir nem receber mensagens
(planta recebe mensagens?
passa telegramas?)

Não precisa
fazer lista de boas intenções
para arquivá-las na gaveta.
Não precisa chorar arrependido
pelas besteiras consumadas
nem parvamente acreditar
que por decreto de esperança
a partir de janeiro as coisas mudem
e seja tudo claridade, recompensa,
justiça entre os homens e as nações,
liberdade com cheiro e gosto de pão matinal,
direitos respeitados, começando
pelo direito augusto de viver.

Para ganhar um Ano Novo
que mereça este nome,
você, meu caro, tem de merecê-lo,
tem de fazê-lo novo, eu sei que não é fácil,
mas tente, experimente, consciente.
É dentro de você que o Ano Novo
cochila e espera desde sempre.

Ano Novo
Mário Quintana 


Lá bem no alto do décimo segundo andar do ano
Vive uma louca chamada Esperança
E ela pensa que quando todas buzinas
Todos os tambores
Todos os reco-recos tocarem:
– Ó delicioso vôo!
Ela será encontrada miraculosamente incólume na calçada – outra vez criança
E em torno dela indagará o povo:
– Como é o teu nome, meninazinha dos olhos verdes?
E ela lhes dirá
( É preciso dizer-lhes tudo de novo )
Ela lhes dirá bem alto, para que não se esqueçam:
– O meu nome é ES – PE – RAN – ÇA …

Ano Novo
Ferreira Gullar

Meia noite. Fim
de um ano, início
de outro. Olho o céu:
nenhum indício.

Olho o céu:
o abismo vence o
olhar. O mesmo
espantoso silêncio
da Via-Láctea feito
um ectoplasma
sobre a minha cabeça:
nada ali indica
que um ano novo começa.

E não começa
nem no céu nem no chão
do planeta:
começa no coração.

Começa como a esperança
de vida melhor
que entre os astros
não se escuta
nem se vê
nem pode haver:
que isso é coisa de homem
esse bicho
estelar
que sonha
(e luta)

Ano Novo
Fernando Pessoa

De tudo, ficaram três coisas:

A Recomeça…
Se puderes
Sem angústia
E sem pressa.

E os passos que deres,
Nesse caminho duro
Do futuro
Dá-os em liberdade.

Enquanto não alcances
Não descanses.
De nenhum fruto queiras só metade.

E, nunca saciado,
Vai colhendo ilusões sucessivas no pomar.
Sempre a sonhar e vendo
O logro da aventura.

És homem, não te esqueças!

Só é tua a loucura
Onde, com lucidez, te reconheças…
certeza de que estamos sempre começando…
A certeza de que precisamos continuar…
A certeza de que seremos interrompidos antes de terminar…

Portanto devemos:

Fazer da interrupção um caminho novo…
Da queda um passo de dança…
Do medo, uma escada…
Do sonho, uma ponte…
Da procura, um encontro…

outubro 14, 2014

Grupo Escolar da Vila Alemã, em Rio Claro/SP – atual E.M. Djiliah Camargo de Souza

Se você é leitor do blog já sabe que sou saudosista! Sai dia e entra dia e fico lembrando momentos do passado. Sim, eu vivo o presente! Talvez não como devesse, mas tenho os pés no chão (muitas vezes a cabeça na Lua, em Marte ou nos anéis de Saturno) e penso sim no futuro. Mas falar da infância e relembrar os momentos vividos com meus amigos tem um gostinho de saudade e de certa forma alegra a alma. Adoro o Mário Quintana, O João Paschoalotti, meu amigo de São Carlos sabe disso. Trocávamos cartas, coisa de gente antiga. E tem um pensamento do Quintana que ele me escreveu certa vez e que é tão verdadeiro que não sai do meu pensamento: “O passado não reconhece seu lugar, está sempre presente.”

A segunda pessoa na foto, da esquerda para a Direita, é a Profa. Jair, diretora do antigo Grupo Escolar da Vila Alemã, hoje EE Djiliah Camargo de Souza.

A segunda pessoa na foto, da esquerda para a direita, é a Profa. Jair, diretora do antigo Grupo Escolar da Vila Alemã, hoje EM Djiliah Camargo de Souza.

E nesses últimos dias “conversei” pelo Facebook com amigos de infância, pessoas que não vejo há anos… Alguns há muitos e muitos anos é bem verdade! Não vou dizer quantos, pois isso me faz parecer mais velho. Eu sei… Estou ficando velho, mas não me sinto assim. No fundo no fundo sei que serei uma eterna criança. Ainda gosto de assistir desenhos do Pica Pau, Zé Colmeia, Tom e Jerry… Quanto os vejo na TV sempre me pego rindo sozinho… (more…)

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