A Simplicidade das Coisas — Augusto Martini

novembro 10, 2020

Lembranças de infância – o sítio de meus avós!

O sítio Boa Vista pertencia aos meus avós paternos Primo Martini e Virgínia Rosin Calore Martini. Ficava próximo da cidade de Rio Claro/SP, no Distrito de Morro Grande (hoje Ajapi), onde tudo era lindo e cheirava gostoso. Não possuía energia elétrica. A luz da lua cheia era a única luz que tinha nas noites escuras. Na casa, somente lampiões e lamparinas, que deixavam a gente com a parte interna do nariz toda preta por conta da queima do querosene. 
Na frente da casa tinha um barranco e nele um jardim muito bem cuidado pela minha avó, cheinho de rosas, dálias, margaridas. Tinha uns caminhos, que nós chamávamos de trilhos, os quais levavam aos locais mais usuais, como o galinheiro, o paiol, o poço.  

Pedro Cirilo Martini – meu tio

Em frente à porta da cozinha, alguns metros abaixo, ficavam o terreiro, onde secava-se os grãos de café e o paiol, que era um galpão coberto, fechado com madeira, o qual servia para guardar a colheita, sempre cheinho de milho, já seco, usado para alimentar as galinhas.  Tinha também os jacás com batatas, as abóboras e ferramentas.

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julho 14, 2019

Lembranças de infância: algumas brincadeiras!

Nasci em Rio Claro, São Paulo. Meus pais moravam no Haras e Fazenda Morro Grande, distrito de Ajapi. Dessa época não tenho nenhuma lembrança, além das contadas pelos meus pais e avós e 04 fotos em preto e branco registradas pelo filho do fazendeiro, Renato Pires de Oliveira Dias Junior. Depois que fomos morar na cidade tenho registro de memórias deliciosas e outras nem tanto. Eu e meus amigos brincávamos na rua até perto de 19h, quando era a “hora de entrar”. Não se ouvia falar de assaltos, raptos ou assédio infantil, como hoje se ouve. Tínhamos medo do “homem do saco”, figura inventada por minha mãe, que dizia que se desobedessemos seríamos levados por ele.

Aproveitava muito a companhia dos amigos, corríamos muito, pulávamos, fazíamos estrepulias, até ficar bem cansados. Aí entrávamos, tomávamos um banho de tanque ou bacia, jantávamos e íamos para a cama muito cansados.

Lembro-me que existiam poucas brincadeiras onde fazia-se a distinção entre brincadeiras de menina ou brincadeiras de menino, mas existiam. Vou citar algumas que lembro e das quais participava.

Bolinha de gude: além de jogar, colecionar bolinhas de gude era uma delícia. As completamente transparentes eram as mais desejadas. Mas tinha algumas que vinham com uns desenhos dentro, verdes, com riscos coloridos, outras que pareciam ter penas dentro, e tinha aquelas gigantes! E existiam fases no jogo, umas mais fáceis, outras mais difíceis. Tinha um jogo que desenhava-se um círculo no chão, tinha o mata-mata e o triângulo também. E tinha que “encaçapar as bolinhas nas biroscas”. Era dos jogos o que eu mais gostava.

Pular Corda: podia-se brincar sozinho ou em companhia de duas ou mais pessoas. Como cansava, mas como era bom! Tínhamos canções que eram cantadas enquanto os jogadores pulavam a corda. Uma que lembro era mais ou menos assim: “Um homem bateu em minha porta e eu abri! Senhoras e senhores…”

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fevereiro 2, 2017

Lembranças de infância – sítio Boa Vista

Ah, o sítio Boa Vista, que pertenceu ao meu avô, Primo Martini. Era razoavelmente próximo da cidade (Rio Claro/SP), onde tudo era lindo e cheirava gostoso, apesar da simplicidade e da “terra ruim”, como ele mesmo dizia. Há bem mais de quarenta anos atrás a energia elétrica não tinha chegado por lá. Tinha apenas em um sítio vizinho, pelo que me lembro. Durante a noite o sítio e as estradas das cercanias eram iluminados só pela luz da lua. Era a única luz que tinham nas noites escuras. Na casa apenas a luz de velas, do fogão a lenha e de lamparinas – que para quem não conheceu vou descrever – podia ser feita de latão, vidro ou lata mesmo, com um pavio de cordinha de algodão que conduzia o querosene de dentro da lamparina para fora e podia ficar acesa a noite toda. O problema é que quando estava acesa soltava uma fumaça preta que deixava marcas pelas paredes e teto, e o nariz que ficava preto por dentro.

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Primo Martini

 

Na frente da casa e nas laterais tinha um jardim muito bem cuidado pela minha avó. Também perto de onde ficava o poço caipira tinha uma horta e mais flores. Para chegar até a casa tinha dois caminhos nos quais podiam passar carroças e carros (não tão comuns naquela época!). Um dos caminhos é o que passava antes pelo poço, que ficava à esquerda e a casa era lá embaixo. O outro caminho começava na escolinha rural – que era composta de apenas uma sala de aula em terreno cedido pelo meu avô e onde as crianças da região aprendiam as primeiras letras. (more…)

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