Quanto eu era garoto em Rio Claro/SP, passava muito tempo do lado de fora da casa, parte do tempo olhando para o céu da noite. A luz dos postes era bem fraca. Então, a luz da lua era quase a única a desafiar a luz das estrelas. E elas me davam uma sensação inexpressível de admiração. E minha mãe ensinava: “ali está o Cruzeiro do Sul. Aquelas são as Três Marias”. E, ao mesmo tempo dizia: “não aponte as estrelas com o dedo menino!”. Na crença popular, o apontar estrelas com os dedos acarretaria em “ganhar” verrugas nas mãos.
Quando ia para o sítio de meus avós essa admiração pelo céu noturno era ainda maior. Pois o espetáculo que se apresentava frente aos olhos era magnífico por conta da escuridão da noite!
A minha avó paterna, Virgínia Calore Rosin Martini, me disse que o céu ficava ali, “no céu das estrelas”: o lugar onde Deus mora. O lugar onde pessoas boas vão quando morrem.

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Ela também me avisou sobre um outro lugar – o inferno. O lugar para onde você vai quando é mau. Aos sete anos de idade, essas ideias eram esmagadoras, assustadoras, inspiradoras, eu acho. E acho que muitas pessoas, não importa qual a sua fé, também tiveram que lidar com esses pensamentos e medos. O que é o céu? E o que é o inferno? Como esses lugares que nunca foram vistos mudaram a forma como nós vivemos na Terra?
Muitas fés têm muitas crenças sobre o céu e o inferno. Céu é simplesmente amor. E esse é o poder do céu e do inferno. Como eles nos afetam emocionalmente? Como nos enchem de amor por nossos irmãos e irmãs? E de medo, o que nos afasta do mal? E de esperança por um futuro melhor?
A fé nos leva a fazer mudanças positivas. Não em um outro mundo. Mas bem aqui na Terra!