Nascida em 1193, Clara pertencia a uma família aristocrática e rica. Renunciou à nobreza e à riqueza para viver humilde e pobre, adotando a forma de vida que Francisco de Assis propunha. Apesar de seus parentes estarem planejando um matrimônio com uma personalidade de destaque, Clara, aos 18 anos, com um gesto ousado inspirado pelo profundo desejo de seguir a Cristo e pela admiração por Francisco, deixou a casa paterna e, em companhia de uma amiga, Bona di Guelfuccio, uniu-se secretamente aos frades menores junto à pequena Igreja da Porciúncula. Era a noite do Domingo de Ramos de 1211. Em meio à comoção geral, foi realizado um gesto altamente simbólico: enquanto seus companheiros tinham em mãos tochas acesas, Francisco cortou-lhe os cabelos e Clara recebeu um rude hábito penitencial. A partir daquele momento, tornou-se a virgem noiva de Cristo, humilde e pobre, e a Ele consagrava-se totalmente. Como Clara e suas companheiras, inúmeras mulheres ao longo da história foram fascinadas pelo amor de Cristo que, na beleza da sua Divina Pessoa, preenche os seus corações. E toda a Igreja, por meio da mística vocação nupcial das virgens consagradas, apresenta-se como o que será para sempre: a Esposa bela e pura de Cristo.

O corpo de Santa Clara que está hoje na basílica foi restaurado algumas vezes. De 17 de novembro de 1986 até 12 de abril de 1987 um paciente trabalho foi feito para tirar do corpo da Santa um estado de viscosa humidade, devido ao clima e aos longos anos que criaram a decomposição das partes extremas, em particular as falanges e os dedos dos pés. Quando examinaram o corpo, ele mantinha a mesma posição deixada em 1850. Todo ele foi recomposto e restaurado com tela, gesso, esmalte e silicone. A equipe que trabalhou na restauração foi: Gianfranco Nolli (egiptólogo), Maria Venturi (ortopedista), Gabrielle Nazareno (químico), Massimo Benedettucci (escultor) acompanhados da Abadessa Madre Clara Lucia Canova e Frei Giovanni Boccalli, Provincial de Assis. Recompuseram o corpo e o rosto segundo os documentos da época.
Clara fala de Cristo – “Amando-o, sereis casta, tocando-o, sereis mais pura, deixando-vos possuir por Ele, sereis virgem. O seu poder é mais forte, a sua generosidade mais elevada, o seu aspecto mais belo, o amor mais suave e toda a graça mais fina. Agora estais apertada pelo abraço dele, que tendes adornado o vosso peito por pedras preciosas (…) e tendes vos coroado com uma coroa de ouro gravada com o sinal da santidade” (Primeira carta: FF, 2862). (more…)
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