Todos os domingos eu vou à feira livre que acontece entre a Rua Ana Cintra e a Praça Alfredo Paulino, no bairro de Santa Cecília e próximo de onde moro. É um mercado maravilhoso e a céu aberto, com dezenas barracas de frutas e legumes, peixe, carnes, condimentos, flores, pastéis, garapa de cana… E muito barulho devido à gritaria dos feirantes. Confesso que isso às vezes irrita. Mas vale a pena! Os produtos são fresquinhos e baratos.
No último final de semana, depois que voltei da feira, lembrei de mim quando criança. Comida era a coisa menos importante da minha vida diante de tudo o que eu queria brincar. Tinha um quintal enorme em casa, a rua era tranquila e nela brincávamos de tudo um pouco. E, quando eu ficava doente, então, era um drama. Não que eu não fosse saudável ou vivesse visitando médicos, mas sou da geração que passou por todas as doenças infantis sem as vacinas que existem hoje em dia. Tive, junto com a turma toda da rua, caxumba, catapora, rubéola e outras coisinhas mais. Pisava no chão de terra com os pés descalços. Tomava banho de bacia e mangueira. Corria na chuva e soltava barquinhos na enxurrada. (more…)