A maioria dos brasileiros estão insatisfeitos com os seus governantes –incluindo nesse lote os milhões de famílias que saíram da miséria, que não passam mais fome, e que têm até televisão de plasma. Reconhecem que o Brasil melhorou nos últimos 20 anos, mas não são bobos e sabem que neste país rico se desperdiçam bilhões de reais com a corrupção. Reconhecem também que as pessoas ganham mais do que ontem, mas que a inflação graça por aqui e que lhes exige voltar a repensar a compra do mês antes de ir ao supermercado. Que dá medo de pedir um novo empréstimo por conta dos juros, que estão entre os mais altos do mundo e que já endividaram 50% das famílias.
Diferente de nossos vizinhos sulamericanos, ainda gozamos de uma democracia formal onde existe a liberdade de expressão, mas sabemos que a classe política atual não responde às exigências de mudança e de limpeza ética que pedimos nas ruas em julho de 2013. Sim, não gostamos o jeito como os políticos administram a vida das pessoas e queremos mudanças!
Mas, por que não fazemos isso com o voto?
As eleições de hoje acontecem no dia em que comemoramos 26 anos de promulgação da Constituição vigente, a qual acabou com a ditadura militar, que até hoje permanece assombrando a nossa frágil democracia. Hoje, cerca de 70% do total da população, deverá votar, exercendo o direito de escolher seus representantes no Poder Executivo e Legislativo estadual e federal (se o voto deve ser facultativo ou continuar obrigatório é uma discussão que não cabe aqui e agora, mas já falei sobre isso em outro post). (more…)