A Simplicidade das Coisas — Augusto Martini

junho 8, 2018

Lyon e seus mistérios

O Parque da Tête d’Or abriu seus gramados para a visitação em 1857. Para os aficionados da caça ao tesouro, reza a lenda que uma cabeça de Cristo em ouro está enterrada no local, o que lhe rendeu o nome. Mas não vá sair cavando pelo parque que você poderá ser preso!

Os irmãos Buhler, paisagistas suíços, deram ao ambiente um aspecto de jardim inglês ornado de um jardim botânico, um jardim zoológico e um lago, além de muitos outros edifícios, como as grandes estufas, o velódromo, o chalé dos guardas. Mais tarde, um memorial aos mortos foi erguido na ilha dos Cygnes. Os apreciadores de rosas nunca deixam de visitar o roseiral, que conta com mais de 30 mil roseiras de 350 diferentes variedades.

O parque da Tête d’Or é o lugar favorito dos lionenses de todas as gerações para caminhadas e piqueniques. Cada visitante desfrutará do melhor do parque segundo suas preferências: passeios românticos pelo lago, aulas de ioga no gramado, caminhadas entre os canteiros de flores, piqueniques gourmet à sombra dos cedros do Líbano, corridas de bicicleta…

Parc de la Tête d’Or
69006 Lyon

Fone: +33 (0)4 72 10 30 30

O Velho Lyon

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Aos pés da colina de Fourvière, o Velho Lyon tem o nome bem apropriado, pois o bairro data da idade média. Foi naquela época que as primeiras traboules (passagens de pedestres) foram construídas para facilitar o transporte de mercadorias das praias do Ródano até as casas sobre pilotis. (more…)

julho 12, 2017

A Árvore da Vida – o filme de Terrence Malick

Assisti ao “A Árvore da Vida” na última terça feira e em casa. Confesso que em certos momentos fiquei quase sem respirar, paralisado no sofá, atônico com tanta beleza. É um filme que não dá para ver só com os olhos. É preciso vê-lo também com o coração e com a alma.

No início do filme, a protagonista anuncia que há dois caminhos para a vida: um é o caminho da Natureza, que rejeita desapegar-se de si e alimentar-se da Árvore da Vida, que insiste em sua rigidez e por isso se quebra. O segundo é o caminho da Graça, que aceita a dor com esperança e que vê na Árvore da Vida tanto a fonte última da Natureza como a única capaz de se chegar à Vida Eterna. O símbolo da árvore aparece do início ao fim do filme, e em todos os seus momentos mais significativos. Às vezes como uma pequena planta, às vezes como uma árvore frondosa. Se você espera assistir a um filme com narrativa regular – esse não é o caso. É descontínuo, sem linearidade temporal, mas vai fazendo conexões lógicas e casuais e de forma poética. Possui uma infinidade de imagens, ritmos, sons, cores, em que fui me reconhecendo em cada um deles. Em minha infância, no modo de ser de meus pais e irmãs, principalmente. Estava reticente a assistir ao filme. Amigos do trabalho diziam para que eu não perdesse meu tempo. Talvez não estivessem preparados para assisti-lo. O verei mais vezes, com certeza.

Reproduzo abaixo a crítica que encontrei no Blogardino e que traduz muito do que senti e ainda sinto ao pensar no filme.

Como já foi dito em outras críticas, “A Árvore da Vida” é para poucos. Mas, sem dúvida, é o melhor trabalho de Terrence Malick e um dos melhores filmes da história do cinema.


Quando digo que o filme não é para qualquer um não estou insinuando que foi feito para pessoas inteligentes ou cultas. É preciso ser sensível, ter a capacidade de mergulhar nas emoções e nas sensações que o filme provoca para se entender, ou melhor, para se perceber o filme. E ai está o problema: a maioria das pessoas está acostumada com roteiros que explicam tudo em seus diálogos, com início, meio e fim, de modo que nenhum mistério fica sem explicação. Quem entrou no cimema buscando diálogos explicativos e uma história convencional certamente se decepcionou.

O filme de Malick fala sobre a Vida, mas de seu modo particular: pelo que se vê, e o que não se vê; pelo que se ouve, e o que não se ouve; pela emoção que se manifesta nas cenas e nos impactam; ou seja, por todos os meios a disposição de um filme, exceto pelos diálogos elucidativos. O filme não deve ser assistido com a razão, mas com o coração. (more…)

fevereiro 17, 2017

Amor é Tudo que Você Precisa

Ontem à noite assisti um daqueles filmes leves, gostosos e com uma boa mensagem: O Amor é Tudo que Você Precisa – titulo original Den skaldede frisør da diretora dinamarquesa Susanne Bier. Fiquei encantado, fascinado, apaixonado, desde as primeiras sequências e permaneci assim até o final do filme.

O Amor é Tudo que Você Precisa é uma comédia romântica com uma pontinha no drama. Há problemas, imprevistos, desencontros e no final tudo acaba bem. Previsível assim.

Os cartazes do filme mostram um casal quase se beijando. Ele é Pierce Brosnan – a mulher, uma loura de cabelos longos, que nós, brasileiros, não conhecemos, mas o fato é que os cartazes mostram o que o filme não esconde e que demora muito a mostrar.

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Pierce Brosnan é um empresário bem sucedido e travado emocionalmente. Ida (interpretada por Trine Dyrholm, uma atriz dinamarquesa de beleza forte e nada convencional), aparece logo de cara na tela diante de sua médica. A quimioterapia terminou, informa a doutora; com mais alguns exames, ela poderá ser declarada livre do câncer que acometeu sua mama. A médica sugere que Ida faça então uma cirurgia de reconstrução do seio que foi retirado. Ida diz que não é necessário; o marido fica feliz, desde que ela continue fazendo o doce de que ele gosta – a torta de limão. (more…)

janeiro 12, 2015

Anita Ekberg e seu inesquecível banho na Fontana di Trevi

Anita Ekberg (nascida Kerstin Anita Marianne Ekberg) foi a encarnação da beleza. Nasceu em 1931 e foi Miss Suécia em 1950, aos 19 anos. Graças a esse prêmio e por ter sido candidata ao Miss Universo, viajou para os Estados Unidos, onde foi contratada por Howard Hughes, multimilionário conhecido também por sua paixão pelas estrelas de cinema, que em várias ocasiões ele mesmo ajudava a formar.

Anita Ekberg (nascida Kerstin Anita Marianne Ekberg) - 1931 - 2015

Anita Ekberg (nascida Kerstin Anita Marianne Ekberg) – 1931 – 2015

A atriz morreu ontem (11/01/2015) em uma clínica a 30 quilômetros ao sul de Roma, com 83 anos. Foi a imagem do erotismo e da liberdade sexual, não apenas na Itália de 1959 com a cena de  La Dolce Vita, de Federico Fellini, na qual a atriz toma banho na Fontada de Trevi, com seus ombros e costas nus e um lindo vestido preto convidando Marcello Mastroianni a se juntar a ela. (more…)

novembro 12, 2014

Hoje eu quero voltar sozinho

Esse final de semana assisti o filme brasileiro que é o finalista  na disputa da 87ª edição do Oscar pelo melhor filme estrangeiro de 2014. Hoje eu quero voltar sozinho, do diretor paulistano Daniel Ribeiro. No ano passado, a produção nacional indicada foi o Som ao redor, do recifense Kleber Mendonça.

O longa-metragem, que conta a história de um adolescente cego e homossexual em plena fase de descobertas, desbancou concorrentes de peso, como A praia do futuro, do veterano Karim Aïnouz, e O lobo atrás da porta, de Fernando Coimbra, aclamado em vários festivais internacionais.

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Hoje eu quero voltar sozinho – o filme brasileiro indicado para concorrer a uma vaga ao Oscar de melhor filme estrangeiro em 2014

Hoje eu quero voltar sozinho também teve seu reconhecimento internacional quando estreou no Festival de Berlim, em fevereiro.. Lá, ganhou o Teddy de melhor longa para um filme com temática LGBT e o prêmio da Fipresci (Federação Internacional de Críticos de Cinema) de melhor filme da mostra Panamorama. Por aqui o filme não teve um grande público, mas que pode ser considerado satisfatório para uma produção independente, que terminou sendo distribuída comercialmente em também em outros países, como Alemanha, França, Espanha e Taiwan. O filme trata do tema da homossexualidade com rara delicadeza e vale muito a pena ser visto. Recomendo! (more…)

outubro 25, 2014

Projeto Centro Aberto em São Paulo testa intervenções urbanas em escala real

São Paulo é uma cidade surpreendente. Acredito que todos que a habitam tem com a metrópole uma relação de amor e ódio. Aqui, os contrastes são tão gritantes que deixam sua população dura, como a figura daqueles três macaquinhos que não querem ver, ouvir ou escutar. Basta uma caminhada pelo centro para ver muitos contrastes. Mas hoje a minha surpresa foi boa, muito boa. Em minha caminhada deparei-me com uma alteração num espaço já conhecido – o largo de São Francisco. E essa intervenção é convite para que cada cidadão se aproprie da área central da cidade, vivenciando transformações urbanísticas projetadas pelos técnicos que as idealizaram e opinando diretamente sobre o impacto delas. Essa é a proposta do projeto Centro Aberto, que a Prefeitura implantou a partir do dia 26 de setembro nos largos São Francisco e Paissandu, como os primeiros pilotos. Clique aqui e saiba mais sobre o Centro Aberto.
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Foto: Portal Aprendiz

Cadeiras de praia, bicicletários, banheiros públicos, aparelhos de ginástica, atrações musicais, karaokê, cinema, wi-fi livre e feirinhas gastronômicas compõem algumas das atividades que tentarão atrair a população para as regiões centrais.

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junho 24, 2014

Filme “Álbum de Família” – vai te colocar a beira de um ataque de nervos!

Existem pessoas com sorte nesse mundo. E John Wells é uma delas. Depois de ter realizado o filme “The Company Men” (aqui recebeu o nome de “A Grande Virada”), onde contava no elenco com Tommy Lee Jones, Chris Cooper e Ben Affleck, John Wells fez “August Osage County” (no Brasil, “Álbum de Família”), onde conta com Meryl Streep, Julia Roberts, Ewan McGregor, Chris Cooper, Abigail Breslin, Benedict Cumberbatch, Juliette Lewis, Margo Martindale, Dermot Mulroney, Julianne Nicholson, Sam Shepard e Misty Upham – e sem dúvida alguma – todos se sobressaem e com suas interpretações nos dão “um soco no estômago”.

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Para mim já é o melhor filme que vi esse ano. E tenho certeza que irá fazer você reconsiderar se pensa que tem uma família problemática. É lindo, vigoroso, fantástico. E digo mais: é a prova perfeita de que não é preciso abordar grandes questões, genocídios ou intrigas, traições e espionagem para se fazer um grande filme. Basta contar uma história! Nada mais! (more…)

maio 9, 2014

Um estudo oficial revela quais e como são os consumos e hábitos culturais na Argentina

Você é daqueles que criticam os Argentinos? Pois, leia o texto abaixo e veja quem é que deveria ser criticado!

O que, como e quanta música escutam os argentinos? A quais e quantos recitais eles participam? Para que usam seus computadores e a Internet? Quanto dinheiro gastam com cultura? Algumas destas perguntas começaram a ser respondidas dias atrás, quando a Pesquisa Nacional de Consumo Cultural Digital e Meio Ambiente (Encuesta Nacional de Consumos Culturales y Entorno Digital  – ENCCyED) foi apresentada, talvez a última contribuição do secretário de Cultura Jorge Coscia, no governo de Cristina Kirchner.

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Os dados mostram que nas casas dos argentinos há uma média de 82 livros e 76 CDs de música; também no país se consomem mais de duas horas de rádio e televisão por dia, na internet a maioria acessa o Facebook e eles valorizam muito o cinema nacional. (more…)

novembro 6, 2013

Eu Maior – Um filme sobre autoconhecimento e busca da felicidade

Eu Maior é um documentário sobre auto-conhecimento e busca da felicidade, que estreará no dia 21 de novembro e será divulgado por meio de uma inovadora plataforma que inclui cinema, home-video (DVD e Blu-ray), download (iTunes) e streaming (Youtube). 

Para nós evoluirmos como seres humanos precisamos praticar a reflexão e assim, o auto conhecimento. Mas para acelerar essa evolução precisamos de referências de pessoas e casos de sucessos e fracassos.

Por isso quero divulgar aqui no Simplicidade das Coisas, o documentário brasileiro EU MAIOR, que fala sobre autoconhecimento e busca da felicidade, entrevistando líderes espirituais, intelectuais, artistas e esportistas como Araquém Alcantâra, Carlos Burle, Flávio Gikovate, Prem Baba, entre outros. (more…)

outubro 30, 2013

Diário de uma paixão – um belo filme

O cinema me fascina. Um dos últimos filmes que vi foi o romance “Diário de uma Paixão”, que conta a história de um homem de idade que mora em um asilo. Ele é o contador de histórias do local, mas sua principal paciente é uma senhora que sofre de Alzheimer. Um dia ele pega um diário antigo e inicia uma história romântica entre um casal que foi separado por sete anos. Ele conta a história de Allie Hamilton e Noah Calhoun.

Allie e Noah são pessoas de classes sociais totalmente diferentes – enquanto Allie vem de uma família muito rica, Noah é de uma família simples. Em um dia no parque da pequena cidade onde ele mora e ela passa o verão, eles se conhecem. Após aquele dia, Noah faz de tudo para sair com a pequena Allie que acaba aceitando, e é ali, na pequena cidade do interior, em um verão comum, que um grande amor começa.


Tudo esta maravilhosamente bem, os dois passavam grande parte dos dias juntos, contavam histórias, faziam planos, se divertiam. Mas,   a mãe de Allie percebe que eles estão muito envolvidos e diz claramente que não quer mais que se encontrem. Os pais da garota acreditam que ele não é bom o suficiente para sua filha. E voltam para a cidade onde moram, separando-os. Noah escreveu 365 cartas para Allie – uma por dia –  mas a mãe da garota não entregou nenhuma.  (more…)

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