Todos os meus antepassados vieram do norte da Itália. As origens são das regiões Vêneto e Piemonte.
Se você tem um sobrenome típico da Itália, mas não sabe a origem de sua família, poderá fazer uma pesquisa no site Cognomix.
A pesquisa nesse site é simples e fácil e nele você pode matar sua curiosidade de saber se sua família é de origem italiana e de qual região ela veio para o Brasil. Melhor ainda o seu interesse seja em reconhecer sua cidadania italiana, mas ainda precisa localizar a cidade do seu antepassado.
No Cognomix você pode encontrar a origem e o significado de alguns sobrenomes, os sobrenomes mais comuns na Itália ou uma seção dedicada aos sobrenomes maternos. Mas o que todo mundo quer saber mesmo é de onde vem o próprio sobrenome.
Os Arquivos Estatais conservam muitas coleções e séries documentais úteis para a investigação genealógica e a história das pessoas e das famílias.
No âmbito da administração de arquivos italianos, os Arquivos Estatais, estão articulados numa rede de Comunes/Províncias e representam os mais importantes institutos de conservação e valorização da documentação pública estatal. Neste conservam-se:
1) os arquivos dos Estados italianos anteriores à unificação da Itália;
2) os documentos dos órgãos judiciais e administrativos centrais e periféricos do Estado que já não são necessários;
3) todos os outros arquivos e documentos, públicos e privados, que o Estado possui ou tem recebido em depósito ou doação, como arquivos de famílias, de empresas, de corporações religiosas e entes públicos não estatais.
Nos Arquivos Estatais são conservadas muitas fontes, seja públicas ou privadas, indispensáveis para a investigação genealógica e para a história de famílias e pessoas. As principais são:
O Registo Civil com os seus correspondentes índices originais, anuais e decenais;
A documentação relativa ao recrutamento e à carreira militar;
De todas as pesquisas genealógicas de minha família, hoje eu consegui a informação mais completa de um dos meus antepassados – Cirillo Calore – meu bisavô por parte de avó paterna (Virgínia Calore Martini casada com primo Martini).
Cirilo era filho de Antônio Calore e de Santa Vezu. Nasceu em Padova em 31 de outubro de 1877 (sic), as 9h00. O registro foi feito em 02 de novembro, na presença do oficial do Estado Civil e de duas testemunhas. A família Calore estava estabelecida em Padova, região do Vêneto, com residência na Via Voltabarozzo, número 118, código postal 35127 (local marcado na imagem abaixo).
Em 25 de novembro de 1894, Cirillo casa-se com Maria Rosin, em Padova, nascida na mesma cidade. E aqui cabe uma observação: no registro do ato de Matrimônio consta que Cirillo tinha a época 23 anos e Maria 21 anos. Mas se levarmos em conta a data constante no registro do ato de Nascimento, essa idade não bate. Pelo registro de nascimento, em 1894 Cirillo teria 17 anos. Mas, caso tenha se casado com 24 anos, ele teria que ter nascido em 1871 e não em 1877.
Ainda não consegui levantar a data em que chegaram ao Brasil e também não sei quais filhos nasceram na Itália. Esse será meu novo desafio.
Meus bisavós tiveram vários filhos (Genoefa, José, Antonio, Carlos, João, Santa, Joana, Alba e Catarina). Entre eles minha avó paterna – Virgínia Rosin Calore Martini – nascida em 28 de novembro de 1902. Avós paternos Antônio Calore e Santa Vezu. Avós maternos Angelo Rosin e Luiza Noventa.
Cirillo faleceu em 13 de junho de 1946, com 74 anos, às 5h00, no distrito de Corumbataí, bairro Morro Grande, atual Distrito de Ajapi/Rio Claro/SP, por conta de um derrame cerebral.
Virgínia casou-se em Rio Claro no dia 09 de junho de 1923, Com Primo Martini, nascido em 01 de janeiro de 1902. Ele era filho de Luigi Martini e Thereza Sbrissa. Mas essa já é uma história que já contei aqui.
As fontes de séries documentais armazenadas nos arquivos estatais da Itália, úteis para pesquisas pessoais e genealógicas podem ser identificadas principalmente em dois tipos:
1. estados civis , que datam do início do século XIX;
2. Documentação militar ( Listas e Matrículas ) mantida desde a primeira metade do século XIX em diante.
O Estado civil napoleônico, da Restauração, italiano
O Stato civile Napoleonico (SCN) foi introduzido na Itália a partir de 1806, após a anexação de muitas regiões ao Império Francês, e permaneceu em vigor até 1815; A manutenção do estado civil pelos municípios, produziu uma série de registros de nascimento, casamento e morte, cujo duplo original, após vários eventos, de acordo com os lugares e horários, foi mesclado com os Arquivos de Estado das respectivas províncias. Muitas vezes, ao lado dos registros, há inúmeros anexos para registros que contenham informações interessantes que não podem ser encontradas em outros lugares, como paternidade e maternidade, ou consentimento para o casamento das partes contratantes, possibilitando rastrear as gerações anteriores que viveram no segundo semestre ou no final do século XVIII.
Você conhece o Museu da Imigração, em São Paulo? Ele está com um projeto muito bacana durante todo o ano de 2017 – o projeto VIVA! A cada edição do projeto VIVA!, o Museu irá oferecer tardes temáticas que celebram diversas representações culturais.
Em comemoração ao Dia Nacional do Imigrante Italiano (a ser comemorado em 19 de fevereiro), a edição de fevereiro do VIVA! reúne várias atrações para que o público possa viver experiências e sabores da cultura italiana. A programação inclui dança, música, palestras, exibição de filmes e documentários, oficinas culinárias, atividades infantis, exposição e tendas de alimentação com o melhor da gastronomia italiana tradicional e contemporânea.
o Museu irá reunir várias atrações para que o público possa viver experiências e sabores da cultura italiana. A programação inclui dança, música, palestras, exibição de filmes e documentários, oficinas culinárias, atividades infantis, exposição e tendas de alimentação com o melhor da gastronomia italiana tradicional e contemporânea.
Eu criei uma Árvore Genealógica no site MyHeritage, e acabo de ver no blog deles que como um dos patrocionadores do projeto VIVA! irão fazer uma palestra bem bacana para todos os interessados. Uma das estagiárias do blog MyHeritage, a Izabelle (que está no Museu de terça a sábado, para ajudar a todos aqueles que precisam de um apoio na hora de criar a sua árvore genealógica, ou de fazer pesquisa no SuperSearch) no dia 19/02 fará uma palestra às 17:00, mostrando como é fácil criar utilizar o programa.
Andiamo ragazzi!
Dia 19/02, das 11h às 19h (bilheteria até às 18h).
Entrada: R$6 (Meia: R$3)
Endereço: Rua Visconde de Parnaíba, 1316. Mooca – São Paulo-SP
Seria impossível descrever o quanto estou feliz por concluir mais essa etapa da minha vida. O tão sonhado reconhecimento da minha cidadania italiana chegou hoje, pelos correios. Para uns, o processo é bem tranquilo. Para mim, de tranquilo não teve nada.
Leia mais sobre a minha saga em relação a cidadania clicando aqui
Em meados de 1985 decidi ir atrás da minha cidadania italiana pois sabia que meu bisavô era italiano. Aliás, todos os meus antepassados vieram de lá. Falei com meus pais, tios, enfim – todos os mais antigos da família e também os amigos deles para saber de onde o nono Martini era. Todos diziam que era de Treviso, no Vêneto. Mas e o Comune? Nada!
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Escrevi muitas cartas para diversas comunes, Gastei muita grana com certidões que venciam ano a ano. Achei o desembarque no Porto de Santos – chegaram em 10 de abril de 1886. E posteriormente descobri que ele não se naturalizou. Ufa!
Passaram-se anos até descobrir que ele veio de Cornuda, uma cidadezinha perto de Treviso.
Nesse meio tempo tive que retificar o meu nome e todos os documentos. Assinava Martin por um erro de registro. Quando meus pais se casaram houve um erro no cartório. E quando eu e minhas irmãs nascemos o erro persistiu. Retifiquei para Martini. (more…)
A Itália é um dos países que reconhecem a cidadania pelo conceito de jus sanguini, ou seja, o direito de sangue. Isso significa que brasileiros que tenham descendência italiana podem requerer pela dupla-cidadania independente se são filhos, netos, bisnetos ou mesmo tataranetos de italianos.
Para conseguir a dupla-cidadania não há limite de gerações, no entanto, há algumas questões de gênero. Caso os ascendentes forem todos homens, não há problemas, mas, se for mulher, é preciso que seus filhos tenham nascido após 1948. Isso porque, segundo a legislação italiana, as mulheres não podiam transmitir sua nacionalidade para filhos ou maridos. Essa lei vigorou em países ocidentais até recentemente, mas caiu na França em 1973, na Alemanha em 1979, na Itália e Espanha em 1983.
(iStock/Getty Images)
O primeiro passo para conseguir cidadania italiana é procurar pelo Consulado Italiano que atende ao seu Estado e entrar com um pedido de solicitação do reconhecimento.
Mas, se você morar no estado de São Paulo, não tenho uma boa noticia. Dei entrada em meu pedido de análise dos documentos em 11 de fevereiro de 2005. Fui chamado para apresentar os documentos no último dia 04/11/2015. No ato da apresentação o funcionário consular olha os documentos apresentados. Se estiverem em ordem – com os originais italianos, as certidões brasileiras necessárias em inteiro teor, reconhecidas e traduzidas para o italiano, etc. – informa sobre o pagamento de uma taxa de 300 euros a ser realizada no ato e com a ressalva que isso não quer dizer que você conseguirá a certidão de nascimento italiana necessária para requerer a cidadania e consequente emissão do passaporte. Os documentos serão analisados. E estando corretos ou não, você tendo direito ou não a certidão, não há devolução dessa taxa em hipótese alguma.
Abaixo, confira todas as informações necessárias para conseguir a cidadania italiana aqui no Brasil.
Quem tem direito à cidadania
Todos aqueles que forem descendentes de italianos têm direito à cidadania, mas existem algumas limitações quanto à transmissão pela linha materna – apenas os nascidos após 1948 têm o direito. Filhos nascidos de união não matrimonial, casos de reconhecimento de paternidade ou maternidade durante a minoridade do filho e adoção estão inclusos no direito de cidadania. Casamentos de mulheres com descendentes de italianos também dão à mulher o direito a cidadania. Já os homens não poderão ter a dupla-cidadania reconhecida se se casarem com italianas ou descendentes de italianos(as), somente os filhos deste casal poderão ter o reconhecimento. Os homens, neste caso, podem requerer a naturalização italiana. (more…)
E tudo começou com Luigi Martini, quando emigrou para o Brasil, em abril de 1886. Chegou com seus pais e irmãos e contava com 16 anos. Um século e 3 anos mais tarde (em 1989) comecei minha saga para saber em que Comune nasceu, pois somente tinha a informação que era da região de Treviso, norte da Itália. Nenhum documento documento italiano havia sido preservado pela família. Nada. Apenas informações desencontradas dos parentes mais velhos. Muitas cartas foram enviadas para Paróquias e Arquivos da região de Treviso. Muito dinheiro foi gasto com idas e vindas em busca das certidões aqui no Brasil.
Cirillo Calore
Somente em 2002 consegui localizar sua origem: Cornuda, cidadezinha pequena (é uma comuna italiana da região do Vêneto, província de Treviso, com cerca de 5.732 habitantes. Estende-se por uma área de 12 km², tendo uma densidade populacional de 478 hab/km².). Mas, os registros documentais da localidade foram destruídos e queimados durante bombardeios da primeira guerra mundial.
Acabo de ler uma notícia a qual me deixou muito feliz – no próximo sábado será reaberto o Museu da Imigração do Estado de São Paulo (antiga Hospedaria de Imigrantes e Centro Histórico do Imigrante).
Os registros da passagem de meus ancestrais, imigrantes italianos, tanto do lado de pai quando do lado de mãe – pobres e humildes, embora extremamente corajosos – está registrada lá. Em meados dos anos 1800 e início do século 20, milhões de imigrantes italianos chegaram ao porto de Santos para trabalhar nas plantações de café. Era um período em que a Itália inteira enfrentava um grande período de crises quando o triste episódio da emigração se iniciou.
Detalhe da fachada do Museu da Imigração do Estado de São Paulo
Não os conheci em vida. Mas tenho comigo o relógio de bolso que Luigi Martini, meu bisavô, trouxe da Itália e a sua Bíblia. Esse Roskopf Patente não foi, com certeza, o único bem que herdei deles. Há outros mais preciosos que carrego comigo e que nunca serão roubados. Entre eles está esse amor incontido que devoto aos humildes e puros de coração. (more…)