A Simplicidade das Coisas — Augusto Martini

janeiro 30, 2016

A recordação de uma bela amizade

De 1985 até 2002 fui servidor público do município de Rio Claro e trabalhei no Arquivo Público e Histórico. Naquela época a diretora da Autarquia era a Profª. Dra. Ana Maria de Almeida Camargo, Arquivista e Historiadora, professora na Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas – FFLCH/USP, com a qual ainda hoje cultivo uma bela e amizade.

Esse trabalho foi importantíssimo em minha vida profissional, além de que por lá  fiz muitos amigos e também levei amigos da época em que trabalhei na Casa Nevoeiro de Ferragens (entre os anos de 1977 até abril de 1985) os quais viraram assíduos frequentadores de todos os eventos que fazíamos.

Uma dessas amizades que carregarei para lá é este senhorzinho que está comigo na foto abaixo  – Angelo Patrizzi, italiano, chaveiro aposentado da Cia. Paulista de Estradas de Ferro. Era como um avô para mim. Ia frequentemente me visitar no trabalho, apesar de seus 90 e poucos anos. Era muito ativo.

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Eu, com Angelo Patrizzi, no Arquivo do Município de Rio Claro, em 1987

O Patrizzi morava ao lado da Casa Nevoeiro e desde janeiro de 1977, quando fui trabalhar de vendedor na loja, diariamente ia conversar comigo nos intervalos de atendimento. Contava-me do seu dia a dia, de seus anos de trabalho na oficinas da Paulista, da vida familiar, do casamento com a D. Elvira, que, naquela época já se encontrava meio adoentada. De vez em quando tirava o relógio do bolso, olhava as horas e dizia: “quando eu morrer vou deixar esse relógio para você”. E eu retrucava: “Imagine! E o senhor ainda viverá muitos anos”. (more…)

agosto 13, 2013

Mais algumas lembranças de minha infância e de minha vida… parte 3

Da casa que morávamos na Rua 3-A, na Vila Alemã, e dos vizinhos, tenho poucas lembranças. Lembro-me da Luiza, da Sandra, da D. Mariquinha que tinha alguns filhos com os quais brincávamos. Na casa da esquina da Avenida 38-A morava uma família de negros, amigos excelentes, mas que, em princípio me causou medo e explico por que. Vizinho da fazenda onde morávamos havia um senhor que sempre passava por ali e que se tornou figura popular em Rio Claro, o “Gibi”.  Era um negro simpático que sempre carregava um saco nas costas. E, para causar medo, as mães diziam que naquele saco estavam crianças desobedientes. Como era amigo da família, sempre que passava pela Vila Alemã parava em casa para conversar com meus pais. Como era pequeno, associei a etnia com o medo. Mas, depois tudo ficou bem. Brincávamos todos juntos. Dividíamos as alegrias e tristezas.

Pais na fazenda

Meus pais, em visita ao Haras Fazenda São José do Morro Grande, muitos anos depois de nossa saída. Ao fundo, a casa da colônia em que moramos

 A rua era de terra. Não havia calçada em frente da casa que fosse até o meio fio – apenas umas fileiras de tijolos rentes à parede, para proteção em caso de chuva. A casa era pintada com cal amarela e pela falta de calçada, a água da chuva, ao bater no barro, tingia a parede com um barrado de vermelho. A iluminação pública era precária. Apenas dois postes no quarteirão iluminavam a rua. E as luzes eram fracas. E sempre faltava energia. Volte e meia tínhamos que usar lamparinas a querosene.  (more…)

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