A Simplicidade das Coisas — Augusto Martini

setembro 29, 2020

A comida é um reflexo da nossa vida, das nossas relações, da nossa história

Fazer um bolo não é só bater gemas e açúcar, claras, colocar farinha, fermento, manteiga e leite. O jeito de fazer esse bolo, de preparar alimentos, pode mostrar a história de uma família, suas tradições, seus caminhos. O cheiro que vem da cozinha não nos induz apenas que haverá bife com cebolas para o almoço, mas nos remete às idas na casa das nossas avós e tias. O apitar da panela de pressão não nos alerta só que o feijão está pronto. O cheiro nos faz lembrar do tempero especial da mãe, da tia, da avó e todas as lembranças das conversas que já tivemos durante as refeições ou festas de aniversários que habitam nossas memórias mais queridas.

As memórias que eu tenho da cozinha e comidas de minha mãe, tias e avó percorrem todo um universo afetivo registrado próximo a fogões e mesas. Penso que a comida conta muito sobre a nossa própria história e nos ajuda a olhar e a pensar sobre a vida de um jeito especial.

Quem não tem receitas de família guardadas em cadernos ou em folhas de papéis avulsos? Como não preservar as histórias que eles nos revelam? Muitas dessas anotações trazem receitas retiradas das embalagens, das caixas e das latinhas, ou passadas por alguma pessoa conhecida. E tudo isso diz muito sobre nós, sobre a maneira como vivemos e quem somos.

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março 11, 2017

Lembranças, saudades e cheiros de infância…

“… As pessoas podiam fechar os olhos diante da grandeza, do assustador, da beleza, e podiam tapar os ouvidos diante da melodia ou de palavras sedutoras. Mas não podiam escapar do aroma. Pois o aroma é um irmão da respiração. Com esta, ele penetra nas pessoas, elas não podem escapar-lhe caso queiram viver. E bem para dentro delas é que vai o aroma, diretamente para o coração, distinguindo lá categoricamente entre atração e menosprezo, nojo e prazer, amor e ódio. Quem dominasse os odores dominaria o coração das pessoas.”   

Trecho do livro “O Perfume”, do escritor alemão Patrick Süskind

Minha mãe, aos dezesseis anos

Minha mãe, aos dezesseis anos

Os anos vão passando e a gente vai lembrando as coisas boas que aconteceram há muitos anos atrás. São memórias que fazem parte de nossas vidas… E se tais recordações trouxerem coisas boas, a isto chamamos de saudades. Tenho saudades de brincar na enxurrada da rua quando chovia. Tenho saudade de apanhar frutas direto do pé, de brincar nos bancos de areia que tinha em frente a minha casa. Tenho saudades dos meus amigos de infância; tenho saudades do cheiro dos lençóis limpos pendurados no varal e de quando passava correndo por eles… De olhos fechados, o pano deslizando sobre meu rosto enquanto eu corria… Tenho saudades de minhas idas ao barbeiro o qual recebia os clientes com aquela sua capa branca característica. Tenho saudades do cheiro da água velva que ele passava no “pé do cabelo” e que dava um friozinho por toda a cabeça.  (more…)

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