A Simplicidade das Coisas — Augusto Martini

junho 27, 2018

Escuta o cheiro!

“Vozinha Virgínia: em meio a plantas, em meio a flores como se uma delas fosse!”

A senhorinha das fotos é minha avó paterna, Virgínia Rosin Calore Martini, filha de italianos, de Padova, Itália, de quem acabei de lembrar. Quando ela estava na cozinha, com suas panelas no fogão, ou colhendo as flores que cultivava no quintal, e eu chegava por perto dizia: “Gusto, escuta que cheiro!” (em italiano, “Gusto, ascolta l’lodore!”).

Lembro-me, como se fosse hoje, das histórias que ela contava. A maioria delas eram histórias verídicas, fatos que ela havia vivido e que ela contava e recontava diversas vezes, como se fossem inéditas a cada nova conversa. E eu sempre as ouvia com muita atenção e admiração, afinal, ela foi um referencial na vida para mim e para todos os que com ela conviveram. 

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Foi ela, o meu avô e meus pais quem me ensinaram sobre o que é ser íntegro, sempre respeitar os mais velhos e batalhar para ser alguém na vida.

Minha avó sempre usava como exemplo histórias de fracasso – de pessoas muito próximas, amigos ou geralmente membros da nossa família, que ela tentou aconselhar, ajudar e dar um direcionamento, mas que foram teimosos e que em algum momento colheu os frutos ruins de sua teimosia, de não terem-na ouvido.

Eu e muita gente da família a teve como parâmetro nos meus referenciais de retidão. Eu, durante muito tempo, pelo menos desde minha infância até o início da minha adolescência.
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outubro 29, 2013

A paçoca da Semana Santa no sítio de minha avó

Já falei muito aqui sobre as casas da minha infância. Todas elas tinham o cheiro do pão quentinho saindo do forno e o gosto do queijo feito no sítio de minha avó. Para mim, a cozinha sempre é um lugar marcante para a família. E estávamos sempre em volta do fogão de lenha, feito de cimento queimado em um vermelho bem escuro e polido que refletia as cores do fogo da lenha queimando. Que sabor tinha tudo que era feito ali. Me lembro que ficava ansioso ali do lado esperando terminar o doce de leite, o arroz doce, o doce de abóbora… Em época de milho, a cozinha virava festa com toda a família reunida para preparo do curau, do bolo de milho e à noite, o milho assado na brasa da lenha. Que cheiro delicioso exala o milho assado!

Em casa tudo era um pouco artesanal – a manteiga minha mãe mesmo fazia. Nos fundos da casa haviam árvores frutíferas e uma horta… saudades daqueles tempos!

Nos últimos dias tiveram contato com posts escritos pela Tereza, minha irmã mais velha. Muitos me disseram que deveria criar um blog para ela. Foi o que fiz. Visitem o Memórias de Tereza que ela dará continuidade aos “escritos” por lá. Esse abaixo, é a última produção.

Fui cobrada por minha prima Cida de ter esquecido de narrar algo que aconteceu numa quinta feira da semana santa.

Minha avó era muito religiosa e na sexta feira santa, quem tivesse mais de sete anos não podia comer carne, tomar leite e nada que fosse feito de seus derivados .Então na quinta feira costumava-se fazer paçoca de amendoim. Isso já era tradição na família desde os meus bisavós que,  aprenderam com os pais deles desde a época da Itália, e eu até agora ainda faço.

Na quinta feira santa, logo de manhã, a tia Leonor torrou os amendoins, atarraxou o moinho na mesa da cozinha e lá fomos eu e a Cida moer os amendoins.  Ela colocava no moinho e eu virava a manivela, até que emplastou tudo e não ia mais. Então a Cida disse: – deixa que eu empurro  com a mão e você vira! E eu virei, né! Nossa! Foi uma gritaria! Prendeu o dedo dela no moinho  e ai ela chorava porque doía. E eu, de medo,  já que minha avó veio pelo corredor gritando em italiano :”MARIA VIRGINE! DIO SANTO! COSA ME HAI FATO”? Que quer dizer ”VIRGEM MARIA ! SANTO DEUS! O QUE FOI QUE VOCÊ FEZ?” (more…)

março 13, 2012

Almas perfumadas

Só para dizer que te amo!

Oi! Engraçado como é a vida e as coisas… As vezes deixamos de fazer pequenos atos que poderiam nos render um dia melhor. Um abraço antes de sair de casa, um carinho no cabelo, uma palavra… Pensei nisso várias hoje, entre uma tarefa e outra aqui no trabalho: entre tarefas de alunos por corrigir, turmas novas a serem formadas, material didático por separar, telefonemas… Pensei no quanto gostaria de simplesmente te abraçar nesse momento para que soubesses que estás no meu coração em cada instante do meu dia. Mas, como não posso agora, aqui sentado e numa folga do trabalho, decidi escrever.

Quero te dizer o quanto te gosto e que muitas vezes fico preocupado com seus silêncios e introspecções. Pois você, para mim,  é uma alma perfumada. Você é daquelas pessoas que tem cheiro de estrelas – dessas que Deus acendeu no céu e daquelas que conseguimos acender na Terra. Ao seu lado,  não acho que o amor é possível, tenho a certeza. Estar ao seu lado sinto-me visitando um lugar feito de alegria. Recebendo um buquê de carinhos. Abraçando um filhotinho bem fofo. Tocando com os olhos os olhos da paz. Ao seu lado saboreio a delícia do toque suave que sua presença sopra em meu coração. (more…)

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