Existem altares de todos os tipos e para todas as crenças. Desde a pré-história os humanos constroem altares para orações, sacrifícios e oferendas em torno de suas divindades. O cristianismo agregou essa prática cultural de outros povos e manteve um espaço dentro das igrejas, capelas e altares domésticos para as imagens de santos e anjos.
Até o século passado nada mais comum que encontrar nas casas um nicho com um oratório ou uma mesinha coberta com toalha de renda e muitas imagens de santos. Com a sociedade cada vez mais laica e o afastamento progressivo das pessoas do sagrado, há cada vez vemos menos esse tipo de espaço reservado para a oração e introspecção.
Além dos católicos, muitas religiões orientais como o budismo e o xintoísmo possuem altares. Nas religiões de culto afro, os altares são elementos de identidade e devoção ao orixá protetor. Eu acredito que a religião é um ato de ligação entre os humanos e as divindades e procuro praticar isso na minha mente e em meu dia a dia.
Como dizia minha avó e minha mãe: não vivemos apenas de pão e água! Então, é melhor pensar em conversar mais com Deus e todas as boas energias, agradecer e pedir discernimento para entender aquelas que não saíram como idealizamos.
Pensando em tudo isso, resolvi montar um altar em meu apartamento, mas para respeitar meu multiculturalismo em relação as religiões, fiz dois espaços sincréticos mas muito especiais. Um com meus mestres espirituais, Francisco de Assis e Prabhat Ranjan Sarkar, também conhecido como Shrii Shrii Anandamurtijii. No prédio onde moro, por ser um apartamento por andar, tenho dois halls: um do elevador, onde fiz o meu canto de meditação, e o outro, na entrada do apartamento, onde montei meu altar católico. (more…)