A Simplicidade das Coisas — Augusto Martini

março 31, 2016

Curiosidades do tempo de infância

Quando criança, o dia parecia interminável. Mesmo cheio de tarefas escolares, tinha o tempo para as brincadeiras, como o correr pelas ruas, soltar pipas, jogar bolinhas de gude, rodar pneus… as horas pareciam dar cria.

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Icá ou Tanajura

Na maioria das vezes andava com um saquinho dependurado no ombro, cheio de mamonas verdes e roxas e no bolso um estilingue. Moleques são bichos doidos e sem medida, cheios de traquinices. Mas isso faz parte da própria natureza desse ser, pois quando crianças somos envolvidos em um mundo mágico e fantasioso. Criamos coisas e causos e acreditamos em tudo que a mente pode alcançar, inclusive em coisas malucas, que depois, na fase adulta se tornam ações totalmente sem fundamento. Bolinhas de gude translúcidas eram como que mágicas. Quem as tinha quase sempre ganhava o jogo. Com a ponta do dedo indicador apontado para uma abelha conseguia-se domá-la e fazer com que voasse na direção apontada. Era como que um feitiço. Coisas bestas e sem sentido.  Catávamos Içás (formigas tanajuras, saúvas), retirávamos a bunda, torrávamos com óleo e sal e comíamos. Aquele que comesse mais se tornava forte e poderoso. Mas hoje sei que essas crendices só serviam para alimentar as lombrigas que moravam na minha barriga de menino. (more…)

agosto 31, 2013

Mais algumas lembranças de minha infância e de minha vida… parte 7

Atualmente, se você perguntar para uma criança quais são seus brinquedos e brincadeiras preferidas, certamente ouvirá o seguinte: play station e jogos eletrônicos em geral. No meu tempo eram as pipas em seus diversos formatos – quadrado, maranhão ou as mais sofisticadas, como o “caixa” e outros. Rodar pião também era uma das minhas brincadeiras favoritas. Fazíamos campeonatos! Brincávamos de pegá-los ainda rodando, nas mãos. Ou entrelaça-los, ainda rodando, com a fieira.  Jogar bola (futebol) nunca gostei. Rodava muito pneus nas ruas de terra. Lembro que não foi fácil conseguir um velho pneu de carro naquela época! O único osso do corpo que quebrei até hoje foi o do antebraço esquerdo, numa dessas brincadeiras com pneus. Mas, certamente as bolinhas de gude e os papagaios (pipas) eram os meus preferidos.

Minha mãe limitava as brincadeiras – se jogasse bolinha de gude não poderia empinar pipa no mesmo dia. Era uma ou outra brincadeira e com tempo limitado. Tinha as lições de escola por fazer e a divisão das tarefas nos serviços caseiros. Varria quintal, arrancava erva daninha, secava louça, varria a casa, etc…

gude

Nas brincadeiras sempre havia alguns momentos de confusão e briga entre eu e meus amigos. E tudo se resolvia rapidamente.

Ah, o empinar pipas.  Olhar para o alto e ver a beleza de uma pipa colorida flutuando, fazendo acrobacias… Isso me encantava e me fazia correr e voar junto com ela. No caso das bolinhas de gude era como um hipnotismo –  o brilho do vidro e das várias cores das bolinhas de gude e os giros piruetas e efeitos que elas proporcionavam no jogo, apenas com o impulso do meu polegar, era algo mágico. As guardava em uma lata vazia, dessas de leite Ninho. E como era difícil achar uma lata vazia e em boas condições no lixo dos anos 70! Não era como hoje. Era objeto de luxo!   (more…)

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