A Simplicidade das Coisas — Augusto Martini

maio 1, 2021

10 lições de vida que as avós nos ensinam e nos tornam pessoas muito melhores

Não dá para negar que as avós são uma fonte inesgotável de sabedoria, amor e experiência. Afinal, quem tem ou já teve o prazer de conviver com elas sabe bem que seus conhecimentos fazem toda a diferença na vida dos netos, tornando-os pessoas muito mais resilientes.

Como uma forma de homenagear essas pessoas tão incríveis e ressaltar sua importância no mundo, reunimos 10 lições de vida que podemos aprender com as avós. Certamente você se identificará com muitas delas!

Virgínia Rosin Calore Martini

10 lições de vida que as avós nos ensinam

1. Humildade é a coisa mais importante

A humildade é uma qualidade magnífica. Porém, para muitas pessoas, não é uma prioridade.

As avós costumam nos ensinar que tanto a gentileza quanto a lealdade são características que podem abrir muitas portas em nossos caminhos, ajudando a atrair para perto pessoas que também lidam com a vida dessa forma.

2. Seja diplomática

Infelizmente, muitas pessoas pensam que falar alto e impor suas opiniões é sinônimo de poder e coragem, mas não é. Afinal, ninguém precisa ser rude para se expressar.As avós, por outro lado, não costumam levantam a voz (a menos que seja muito necessário).

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outubro 23, 2020

Quando a casa dos avós se fecha

Acho que um dos momentos mais tristes da nossa vida é quando a porta da casa dos avós se fecha para sempre, ou seja, quando essa porta se fecha, encerramos os encontros com todos os membros da família, que em ocasiões especiais quando se reúnem, exaltam os sobrenomes, como se fosse uma família real, e, sempre carregados pelo amor dos avós, como uma bandeira, eles (os avós) são culpados e cúmplices de tudo.

Minha avó paterna: Virgínia Rosin Calore Martini

Quando fechamos a casa dos avós, também terminamos as tardes felizes com tios, primos, netos, sobrinhos, pais, irmãos e até recém-casados que se apaixonam pelo ambiente que ali se respira.

Não precisa nem sair de casa, estar na casa dos avós é o que toda família precisa para ser feliz.

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setembro 13, 2015

Lembranças de minha infância…

A casa em que vivi grande parte da minha infância era uma propriedade alugada. Ficava na rua M-1-A, na Vila Martins, bem em frente onde hoje está a E.E. Prof. João Batista Leme. Ela não tinha laje, o forro de madeira existia somente na sala, e o chão da cozinha era de tijolos. Na frente estavam sendo retirados os trilhos da Maria Fumaça – a antiga estrada de ferro que ligava Rio Claro a Corumbataí. E nos fundos tinha os trilhos da estrada de ferro da Companhia Paulista.

Augusto com 01

Eu, com quase dois anos

A casa era repleta de cheiros. Em épocas como essa, setembro, que antecede a primavera, vinha o cheiro das Jabuticabeiras que habitavam os quintais. E o zunido forte das abelhas e zangões. Dentro da casa tinha o cheiro do pão quentinho saindo do forno, do doce de abóbora com coco, do feijão, do arroz, do molho de macarrão que minha mãe mesmo fazia. Penso que para todos a cozinha sempre é um lugar marcante para a família. Ali, em volta do fogão de lenha, feito de cimento queimado em um vermelho bem escuro e polido – e assim também era o chão da sala e dos quartos –  refletia as cores do fogo da lenha. E do fogo também emanavam cheiros. Dependia do tipo da lenha que se queimava. Volta e meia meu pai subia ao telhado para desentupir a chaminé. Passava uma “tocha” de pano que ficava presa na ponta de uma vara de bambu. Ah, que sabor bom tinha tudo que era feito ali naquela cozinha! Me lembro que ficava ansioso ali do lado esperando terminar o doce de leite com coco. E esse só era feito quando sobrava o leite e quando tinha dinheiro para comprar coco ralado. Em época de milho, a cozinha virava festa com toda a família reunida para preparar o curau e bolo de milho e à noite, o milho assado na brasa da lenha. Milho assado! Esse é um dos cheiros da minha infância. (more…)

novembro 25, 2014

A família Martini, de Rio Claro/SP – parte 2

Continuação… (ver a parte 1)

Mas não era só para comer e beber vinho que nossa família se reunia – a gente também tinha que rezar o terço. Quando criança o nosso passeio era ir à missa e não víamos a hora de ter uma quermesse. A gente também gostava de rezar o terço, não por rezar o terço, mas pelas brincadeiras da molecada que havia depois que acabava o amém. E também a baciada de pipocas que minha avó fazia!

No sítio eles faziam procissão para chover. Todo o mundo em procissão para dar banho no São Benedito, porque daí não chovia muito. Lavar o santo no riacho, imagine só? Ao meio dia faziam procissão até uma encruzilhada pra jogar água nela, isso para fazer chover. Será que hoje isso funcionaria?

Meu avô, Primo Martini, com minha avô, Virgínia Calore Martini, em sua primeira foto juntos, na saída da missa, quando começaram a namorar.

Meu avô, Primo Martini, com minha avô, Virgínia Calore Martini, em sua primeira foto juntos, na saída da missa, quando começaram a namorar.

Nós, as crianças, fazíamos isso na inocência, na pureza. Minha mãe era muito devota de Nossa Senhora Aparecida e de São José – sempre rezou muito. Eram essas coisas que faziam parte de nossa “agenda”: “mês tal vai ter terço”. Um dos nossos maiores anseios era saber que ia ter terço. As ruas de Rio Claro eram mal iluminadas, a gente ia a pé para ir rezar. Não queríamos nem saber se estava chovendo, se estava frio. A gente sabia que esse era um modo de conversar com as pessoas. Nem passava pela nossa cabeça o uso telefone. Telefone, TV e geladeira não faziam parte do nosso pobre cotidiano. Então a gente saía e ia fazer visita nas casas. (more…)

A família Martini, de Rio Claro/SP – Parte 1

Como já escrevi por aqui em dois posts, sou bisneto de imigrantes italianos, que vieram para cá no século XIX, por volta de 1870.

Vieram da região de Treviso (Comune de Cornuda), Pádova (Pádua), Castello di Godego, Tirol e outros. Se instalaram primeiro na região de Araras/SP, depois em Cravinhos/SP, depois no Distrito de Ajapi, Rio Claro/SP e finalmente na cidade de Rio Claro/SP.

Meu avô paterno, Primo Martini, Filho de Luigi Martini, conseguiu comprar um sítio, denominado Boa Vista, em Ajapi, onde morava com minha avó, Virgínia Calore Martini e seus filhos – Ernesto, Marino, Antonio, Henrique, Cesar, Pedro Cirilo, Izabel e Eva.

Minha mãe, Maria Angela Gracioli Martini, com Joana Nathalina Gracioli Martini (duas irmãs, casadas com dois irmãos - Antonio Martini e Cesar Martini)

Minha mãe, Maria Angela Gracioli Martini, com Joana Nathalina Gracioli Martini (duas irmãs, casadas com dois irmãos – Antonio Martini e Cesar Martini)

Apesar de ser uma terra dura, com muita piçarra, a cultivavam e dela tiraram o sustento por muitos anos.

Aos poucos os filhos foram se casando e tomando seus próprios rumos. Em meados dos anos 70 meu avô e minha avó, já velhinhos, venderam o sítio e vieram, junto com o meu tio Pedro, morar na Vila Nova, em Rio Claro/SP, ao lado da casa de meus pais. E aqui, faço uma confissão: gostaria muito de um dia poder comprar o sítio que foi de meu avô paterno! Ele fez parte de minha infância e da infância de minhas irmãs. Éramos os primos que moravam na cidade, e que passavam finais de semana e férias com os avós e os outros primos, que moravam no sítio. (more…)

abril 2, 2014

Na velhice é o momento de retribuir o amor e tudo que aprendemos com nossos avós

Convenhamos – o programa Fantástico, da rede Globo de televisão, não tem nada a ver com o nome. Cada vez mais repetitivo, mais cansativo e chato. Nos últimos domingos uma série de reportagens parece ter dado certo – idosos e adolescentes que viviam em mundos distantes, cada um na sua, passaram a conviver juntos. E juntos, descobriram afinidades e surgiu uma bela amizade no quadro “Entre gerações”.

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Aqui, como em muitos países, a população de idosos vem aumentando cada vez mais. A expectativa é que no ano de 2050 o país tenha aproximadamente 63 milhões de pessoas na “melhor idade”. Isso, numa projeção, seria de 72 idosos para cada 100 jovens, segundo dados do Ministério da Saúde. Devemos reconhecer o quanto antes a importância dos idosos na sociedade e fazer com que o carinho e o respeito que merecem seja uma tarefa diária de cada um de nós. Afinal, com toda a sabedoria e bagagem de experiência, eles nos ensinaram lições de vida e cuidaram da gente enquanto precisávamos. E na velhice é o momento de retribuir o amor e tudo que aprendemos com eles. Os laços familiares são o que há de mais importante na vida e, por isso, é uma alegria saber que os nossos avós estão presentes e participando frequentemente das atividades em família.  (more…)

setembro 30, 2013

Mais algumas lembranças de minha infância e de minha vida… parte 11

No quintal de casa havia plantas milagrosas, para chás, unguentos, banhos… Sempre que alguém ficava gripado, minha mãe imediatamente preparava um xarope de guaco com mel e limão cravo (também conhecido como limão bugre) para aliviar nosso sofrimento. Era alguém ameaçar uma tosse e lá ia minha mãe preparar o xarope. Adorava observa-la cozinhar, nem tanto para aprender e sim para dar umas “beliscadas” em tudo o que ela fazia.

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Primo Martini – meu avô por parte de pai

Também tenho saudades das visitas, em férias ou não, ao sítio de meus avós. Era costume todas as noites a família se reunir para rezar o terço após do jantar, a luz de lamparinas e depois cada um contava as coisas do dia de trabalho na roça e assim esperar o sono vir. Todos dormiam muito cedo porque levantavam de madrugada, antes do sol sair e iam para o eito. Enquanto os adultos falavam sobre suas lutas diárias, nós, crianças, brincávamos ou nos deliciávamos com estórias de assombrações que meu avô contava. Sempre tinha um bule de chá em cima do fogão de lenha, fazendo frio ou não. Ou, quando não, tinha a “garapa” que minha avó fazia – nada mais que água e açúcar cristal, que ficava fervendo em uma chaleira!  (more…)

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