Todos os dias, em qualquer horário, faço minhas mentalizações espirituais. Concentro-me, conecto-me com a Energia mair, agradeço por mais um dia e peço proteção para o caminho que ainda tenho a percorrer. Não sou uma pessoa de uma única fé. Utilizo-me de várias coisas como orientação ou seja uma auto-ajuda diária, de forma a meditar naquilo que atraio naquele momento como ensinamento.

E durante o transcorrer do meu dia procuro analisar onde é que fez e faz sentido a mensagem que encontrei para aquele dia. É uma forma de estar centrado comigo mesmo, com o Deus que habita no meu coração.
Na gaveta de minha mesa de trabalho tenho em um saquinho feito com seda o Tarot da Transformação, do Osho. Quando tenho algo que me aflige, procuro a resposta tirando uma carta. Resolvi partilhar a de hoje, que é a carta número 30 – Morte / Aquilo que nunca morre.
“Um homem morreu. A sua mulher era jovem, tinha apenas um filho. Ela quis fazer sati (prática muito antiga, na qual uma mulher recentemente enviuvada imola-se na pira funerária do marido), ela quis saltar para a pira funerária do marido, mas a criança impediu-a. Ela tinha de viver por causa desta criança. Porém a criança morreu; agora era de mais. Ela quase ficou louca, perguntava às pessoas – Existe algum médico, nalgum lado que possa fazer o meu filho viver novamente?… Eu vivia só por ele, agora toda a minha vida é simplesmente negra.
Aconteceu que Buda ia visitar a aldeia, por isso as pessoas disseram: – Leva o teu filho até junto de Buda. Diz-lhe que vivias por esta criança e que a criança morreu e pede-lhe.
Então ela dirigiu-se a Buda. Colocou o corpo morto da criança a seus pés e disse: – Chama-o de novo à vida. Tu sabes todos os segredos da vida, tu alcançaste o auge da existência. Não podes fazer um pequeno milagre por uma pobre mulher?
Buda disse: – Fá-lo-ei, mas há uma condição. Ela respondeu: – Satisfarei qualquer condição.
Buda disse: – A condição é que vás pela aldeia fora e que, de uma casa onde nunca ninguém morreu, tragas algumas sementes de mostarda.
A mulher não conseguiu compreender a estratégia, mas foi.
Bateu em todas as portas, e todos estavam preparados para lhe dar as sementes de mostarda, mas a condição imposta era impossível de satisfazer, porque todos eles tinham assistido a imensas mortes nas suas familias…
À noite ela compreendeu que quem quer que nasça vai morrer, então, qual o propósito de trazer a criança à vida?… Ela irá morrer novamente. É melhor procurares tu própria o eterno, que nunca nasce e nunca morre.
Ela voltou com as mãos vazias. Buda perguntou-lhe:
– Onde estão as sementes de mostarda?
Ela riu-se e disse: – Tu pregaste-me uma peça! Toda a gente que nasce vai morrer. Não existe nenhuma família em todo o mundo onde nunca ninguém morreu. Por isso, não quero que o meu filho seja devolvido à vida… qual seria o propósito? Inicia-me a mim na arte da meditação, para que possa ir para a terra, o espaço da imortalidade, onde o nascimento e a morte nunca aconteceram.
A isso chamo eu um verdadeiro milagre; cortar o problema pela própria raiz.”
Assim, meus queridos e queridas, sinto-me abençoado por todos os ensinamentos que a vida me tem dado. Por tudo o que tive e por tudo o que tenho. Sou Grata por todas as vivências e por todas as pessoas que cruzaram o meu caminho, porque é assim que hoje sou consciência do que Sou.
Amo-me em cada um e Amo-te desde aquilo que Eu Sou, até chegar ao ser Superior!
Obrigado por assinar o meu blog! Espero que goste!