Integrado ao circuito histórico cultural da Luz, composto pelo Parque da Luz, a Pinacoteca, a Estação Ferroviária, o Museu da Língua Portuguesa, o Museu de Arte Sacra e a Oficina Oswald de Andrade, surge hoje o “Memorial da Imigração Judaica”. Localizada na 1ª Sinagoga do Estado de S. Paulo, fundada em 1912, o museu guarda um amplo e valioso acervo documental destinado a valorizar a contribuição dos judeus ao desenvolvimento do Brasil.
Mais de um século depois – após reinauguração em 23 de fevereiro de 2016 – o Memorial visa preservar a memória judaica e apresentar ao público a chegada dos judeus ao país desde o período colonial, durante a presença holandesa no Recife do século 17, no Império e nos demais períodos da história nacional, incluindo um andar inteiro destinado ao Holocausto.
Atualmente, o bairro do Bom Retiro, berço das mais diferentes levas migratórias, passou a ser uma nova opção de roteiros histórico-culturais na cidade. Assim, o visitante encontrará no Memorial um espaço ímpar para honrar a memória daqueles imigrantes judeus engajados na construção do Brasil.
Entre as inúmeras peças expostas, o Memorial traz verdadeiras preciosidades, como o “Diário de Viagem de Henrique Sam Mindlin”, texto escrito em 1919, quando o garoto de apenas 11 anos; já no navio, narra sua jornada de Odessa até o Rio de Janeiro. Outra valiosa peça do acervo é o livro “Diálogos de Amor” (1558) de Leon Yehudá Abravanel de Veneza, um poeta da ascendência do apresentador Sílvio Santos. Nas vitrines é exposto um documento de mais de 250 anos, utilizado pelos judeus marroquinos como talismã, contendo algumas frases cabalísticas pedindo proteção e saúde. (more…)