A Simplicidade das Coisas — Augusto Martini

outubro 4, 2017

São Francisco de Assis – humildade e compaixão

São Francisco de Assis é reconhecido como o protetor dos animais, teve sua vida tocada pelo Espírito Santo, e banhada de Luz. Por meio de um beijo em uma pessoa com lepra, – demostrando sua total humildade e compaixão – tocou a piedade de Divina que interveio com a cura. Reconhecido por ter abdicado de seus bens e luxo para viver uma vida simples e repleta de amor ao próximo. Essas são pequenas citações do enorme empenho desse homem de Deus em benefício da humanidade.

francesco

Os registros históricos apontam que Francisco nasceu aproximadamente no ano de 1182 na cidade de Assis, na Itália. Filho de um rico comerciante que tirava o sustento de constantes viagens à França chamado Pietro e da Dona Pica Bernardone.

Sua mãe, francesa e provençal, foi responsável por muitos dos cuidados com o menino que foi batizado na igreja de São Rufino com o nome de Giovanni e posteriormente teve o nome trocado pelo pai. Sua mãe era cristã e devota à família e – por conta disso – foi uma figura muito forte na formação do caráter e da fé de Francisco.

Desde cedo o garoto aprendeu a arte do comércio que trabalhava com bastante inteligência. Um líder juvenil que tinha a vida desejada por muitos daquela época.

Ainda tomado por sentimentos mundanos Francisco participou de diversas guerras com os senhores feudais e as comunas italianas. No ano de 1201 estima-se que o jovem ansiava por fama, reconhecimento e gostaria de obter títulos de nobreza. Após ficar preso por quase um ano o rapaz retornou à cidade natal.

Mal sabia Francisco que aquele ano de prisão teria causado intensas transformações no seu mundo interior. Ele não via mais interesse no mundo das festas, dinheiro, titulações e diversas outras questões que antes, fizeram sentido para ele. E nesse momento ele pensou seriamente em ser um cavaleiro em nome das Cruzadas.

Ao partir para mais uma guerra Francisco foi acometido por uma febre e por fim, começou a escutar a voz de Deus. Retornou a Assis e em meio a imersões pelas florestas, meditações e orações o jovem rapaz buscava o seu caminho.

Foi em uma viagem à Roma no ano de 1205 que Francisco não compreendeu as diferenças sociais entre as pessoas e trocou de roupas com um mendigo. Além de depositar muitas moedas de ouro como esmolas para eles.

Seu próprio pai instaurou um julgamento contra o filho pedindo para que ele devolvesse tudo o que havia sido comprado com seu dinheiro. Francisco então, sem hesitar, ficou nu diante do pai e jogou aos seus pés suas moedas de ouro reafirmando assim seu compromisso com os menos favorecidos. Nesse momento foi acolhido pelo bispo e disse que não haveria nenhum pai biológico que o referendaria, somente o pai celestial.

Francisco afastou-se da família e amigos e passou a cuidar das feridas dos leprosos e a reconstruir capelas e oratórios dos arredores de Assis. Em uma missa ouviu no evangelho a importância de se viver em um mundo sem túnicas, sem provisões e bastões, sem sandálias e sem dinheiro no bolso. E assumiu essa forma para a sua vida.

Em pouco tempo eram Gil, Morico, Bárbaro, Sabatino, João Constança, Ângelo, Bernardo de Viridiante, Bernardo de Quintaval e tantos outros que formaram a Ordem Franciscana.

Curiosidade sobre a “Oração de São Francisco de Assis”

A bela e famosa “Oração de São Francisco de Assis” pela paz não foi escrita por São Francisco de Assis (1182 – 1226), e tem história muito mais recente. A referência mais antiga da oração data de 1912, em um texto em francês, publicado em Paris, em uma pequena revista católica chamada La Clochette (O Sininho) pertencente à chamada La Ligue de la Sainte-Messe (A Liga da Santa Missa), cujo fundador foi Fr. Esther Bouquerel, que poderia ter sido o seu provável autor. Mas isso também não é certo e, portanto, a oração tem autor desconhecido.

A referência a São Francisco se deve ao fato de que a versão original (ou alguma das primeiras impressões do texto) foi impressa junto a uma imagem deste santo, o que teria resultado em uma associação direta (e equivocada) do texto da oração com a autoria atribuída a São Francisco de Assis. Abaixo, são apresentados o texto original da oração e a tradução da mesma mais difundida em português.

Seigneur, fais de moi un instrument de ta paix,
Là où est la haine, que je mette l’amour
Là où est l’offense, que je mette le pardon
Là où est la discorde, que je mette l’union
Là où est l’erreur, que je mette la vérité
Là où est le doute, que je mette la foi
Là où est le désespoir, que je mette l’espérance
Là où sont les ténèbres, que je mette la lumière
Là où est la tristesse, que je mette la joie.

O Seigneur, que je ne cherche pas tant à
être consolé qu’à consoler,
à être compris qu’à comprendre,
à être aimé qu’à aimer.
Car c’est en se donnant qu’on reçoit,
c’est en s’oubliant qu’on se retrouve,
c’est en pardonnant qu’on est pardonné,
c’est en mourant qu’on ressuscite à l’éternelle vie.

Senhor, fazei-me instrumento da vossa paz
Onde houver ódio, que eu leve o amor
Onde houver ofensa, que eu leve o perdão
Onde houver discórdia, que eu leve a união
Onde houver dúvida, que eu leve a fé
Onde houver erro, que eu leve a verdade
Onde houver desespero, que eu leve a esperança
Onde houver tristeza, que eu leve a alegria
Onde houver trevas, que eu leve a luz.
Ó mestre, fazei que eu procure mais: consolar que ser consolado
Compreender que ser compreendido
Amar que ser amado.
Pois é dando que se recebe,
É perdoando que se é perdoado;
E é morrendo que se vive
Para a vida eterna.

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