Dias atrás, a figurinista Susllem Tonani, conhecida como Su Tonani tomou a decisão de publicar um texto acusando o ator José Mayer de assédio sexual por cerca de oito meses. Foi uma decisão solitária, mas veio depois de anos de mobilizações feministas que buscam tirar do ostracismo as mulheres e seus relatos de assédios sofridos e emudecidos. Estava sozinha no momento da publicação. Mas, poucos dias depois se viu apoiada por uma mobilização de funcionárias que adotou a hashtag #MexeuComUmaMexeuComTodas e ganhou as redes sociais. Casos como esse ocorrem em empresas e instituições públicas, mas que geralmente a vítima não denuncia ou se o faz, fica restrito a ela.
Muitos artistas se mobilizaram após a denúncia. E toda a mobilização que se seguiu nos meios de comunicações, revela união na defesa de direitos das mulheres em ambientes de trabalho, além de mostrar para outras empresas a necessidade de políticas e mecanismos eficazes para que as queixas das trabalhadoras sejam escutadas. Em uma cartilha desenvolvida pela instituição das Nações Unidas (ONU), empresas privadas são orientadas a ter uma política de tolerância zero contra qualquer tipo de assédio, além de criar mecanismos claros, eficazes e de responsabilização de atos.
Especialistas no assunto assédio dizem que esse caso representa um marco, pois ajudará muita gente na percepção que há sobre o que é assédio e o que não é. Após o caso ter vindo à tona, houve aumento de ligações para o 180, número da Central de Atendimento à Mulher, do Governo Federal. Criado em 2005, o serviço está disponível 24 horas por dia no Brasil e em mais 16 países e tem como função orientar e encaminhar mulheres brasileiras vítimas de assédio – ou qualquer pessoa que queira fazer uma denúncia ou receber orientação sobre a legislação vigente. Em 2015, o 180 recebeu 749 mil ligações; em 2016, o número pulou para 1.133.345. O que representa esse aumento exponencial? Isso é prova clara que o serviço funciona, mas também escancara o fato de que a violência contra a mulher está mais visível, como atesta o desfecho da história de assédio sofrida por Su Tonani.
Achei um ato de bravura da figurista da Globo resolver abrir e boca e mais encanatda com a campanha “Mexeu com uma, mexou com todas”, pode ser que assim, as pessoas que adotam esse tipo de atitude, repessem sabendo que vão pagar por seus atos. O ator em questão, cavou com as próprias mãos a sua sepultura. Pois, depois que a situação foi consumada, não tem pedido de desculpas que amenize que apague, é tipo, cristal quebrado. Imagime quantas mulheres devem passar por esse tipo de situação e com medo de represália, sofrem caladas??? Vamos abrir a boca e escancarar sim.
CurtirCurtir
Comentário por Nora Pires — abril 7, 2017 @ 9:43 |
Bom dia Nora. Muito agradecido pela visita e pelo comentário. Um abraço e bom final de semana. Augusto
CurtirCurtir
Comentário por Augusto Martini — abril 7, 2017 @ 9:45 |