A Simplicidade das Coisas — Augusto Martini

abril 26, 2017

Meu amuleto indígena 

A figura abaixo é de uma ponta de flecha esculpida em rocha. Meu avô, Primo Martini, tinha um sítio em Ajapi, distrito de Rio Claro. Era o sítio Boa Vista. E nele havia (e acho que ainda existe) um sítio arqueológico cuja ocupação do espaço deve ter sido feita pelas populações indígenas da região de Rio Claro. Era uma área que ficava em um declive, que abrigava um resquício de mata virgem. Em um paredão rochoso havia uma espécie de fenda a qual denominamos “caverna do índio”. Eu e meus primos gostávamos de ir até lá para brincar. Como era criança, não lembro com muitos detalhes tudo o que tinha no local. Mas, lembro que nos dependurávamos em cipós, subíamos até essa fenda, entrávamos e pegávamos lascas rochosas. Salvo engano haviam alguns desenhos rupestres. A região é formada por rochas sedimentares e em alguns lugares afloravam “piçarras coloridas”.

Quando eu tinha uns 15 anos (faz tempo! Rs), ganhei essa ponta de flecha de um tio meu, Marino Martini e irmão de meu pai e coletada no local. Sempre gostei de guardar coisas. Tenho uma lata cheia de moedas antigas em minha casa de Rio Claro. E essa lata  foi “a casa” da ponta de flecha até  uns 15 dias atrás, quando ela reapareceu em minha lembrança e fui em busca dela.

gruta

Estava lá, guardadinha! Peguei-a com carinho, como se fosse uma joia. Lembrei do gesto de meu tio quando a recebi de presente e pensei: “se ela reapareceu nesse momento deve ter um sentido”. Trouxe-a para São Paulo. A carregava no bolso das calças. E ontem, indo para o trabalho, passando pela Barão de Itapetininga, vi um artesão, com fisionomia de indígena (ele é boliviano), fazendo cordões com pingentes de rochas. Mostrei a ponta de flecha para ele e perguntei se poderia fazer um cordão sem alterar a originalidade da peça. Ele respondeu positivamente. A deixei com ele e passei pega-lá no final da tarde. E agora a trago dependurada no pescoço.


As populações nativas criaram pontas de flechas e outros projéteis de pedra de sílex e outras rochas, e ainda é comum encontrar esses artefatos nas áreas onde os indígenas viviam e caçavam. (more…)

abril 23, 2017

Solo Sagrado da Igreja Messiânica

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Há cinco anos fui comemorar meu aniversário no Solo Sagrado, da Igreja Messiânica, que fica às margens da Represa Guarapiranga, em São Paulo.

Ontem, dia 22/04/2017, um sábado, resolvi voltar ao local. Havia feito aniversário no dia anterior e resolvi repetir a experiência. Não tenho carro. Fiz todo o trajeto em transporte público. Do centro de São Paulo, saindo do Terminal Bandeira, até o local, a depender do trânsito, são cerca de 3 horas. É preciso desembarcar no Terminal Varginha e lá tomar o micro ônibus Messiânica, que sai há cada 40 minutos. Chegando ao local tive minha entrada barrada, pois, a partir de 01/01/2016 é preciso agendar, conforme comunicado abaixo:

A direção da Igreja Messiânica Mundial do Brasil comunica a todos que, a partir de 1º de janeiro de 2016, o Solo Sagrado de Guarapiranga passará a ter novos procedimentos, bem como novos dias e horários de funcionamento ao público. (more…)

abril 19, 2017

Prêmio Nacional de Educação Fiscal 2017

Compartilhe seu trabalho com o Brasil e participe da grande festa da Educação Fiscal no dia 29 de novembro, na capital federal!

Acesse o Regulamento clicando aqui

Febrafite2017.

Inscrições abertas de 20 de abril a 15 de julho!

Febrafite2017

abril 16, 2017

História de vida – Virgínia Rosin Calore Martini

Virgínia  Rosin Calore Martini – História de vida

  • nascimento: 28 de novembro de 1902
  • Falecimento: 07 de setembro de 1995

Entrevista realizada no ano de 1993

Entrevistador – Augusto Jeronimo Martini

Virgínia Calore Martini076

1) A Sra. tem sete filhos, 25 netos e 22 bisnetos. Gostaria que me contasse onde nasceu. Foi aqui em Rio Claro mesmo?

– Foi lá Eritréia.

2) Onde é este local?

  • Fica prá cá de Ajapí. Não era fazenda. Era sítio. Eritréia era um bairro.

3) A Sra. nasceu na maternidade ou em casa?

  • Nasci em casa. Através de uma parteira.

4) O que a Sra. lembra da infância?

– De lá. Eu lembro a casa onde ficava. O lugar, o que tinha. O café, bananeiras. Meu pai plantava milho, feijão… Éramos em 10 irmãos. Hoje, vivos tem apenas três. Duas mulheres e um homem.

5) E as brincadeiras de infância?

  • A gente não tinha nada para brincar. Andávamos pelas roças, pelo café, pulávamos barrancos. Nossas brincadeiras eram essas…

6) E trabalho? Começou muito cedo? (more…)

abril 13, 2017

Lembranças de infância – a procissão do encontro

Na minha infância, final dos anos 60 e início dos anos 70, as modas e costumes do período da quaresma eram muito diferentes dos dias atuais. A Semana Santa era caracterizada por dias de seriedade, com tardes melancólicas, cinzentas, pesadas. Quase toda Sexta-Feira Santa chovia, havia um respeito e uma tristeza no ar, como se o tempo houvesse parado e todo o sofrimento de Jesus tivesse sido esparramado sobre a humanidade silenciosa. Não tínhamos aparelho de TV em casa, e no rádio só tocava música sacra ou clássica, com algumas transmissões religiosas e esperávamos pacientemente que o Domingo de Páscoa chegasse. Ah sim. Na Semana Santa não podíamos comer carnes ou beber leite e nem comer seus derivados. E minha mãe, na quinta para a sexta-feira, torrava amendoins no fogão a lenha e fazia a paçoca. Muitos homens não faziam a barba durante a quaresma. Os menos radicais não a fazia na Semana Santa.

ProcissaoDoSenhorMorto

Havia comemorações e celebrações religiosas em que toda a comunidade de Nossa Senhora Aparecida, a qual minha família pertencia. Morávamos na Vila Martins, em Rio Claro. Nessas comemorações os jovens e crianças também participavam. Lembro muito bem que a tradição católica da Semana Santa era uma coisa mágica, fantástica, inesquecível. Em Rio Claro presenciei celebrações da Semana Santa que marcaram minha infância. A procissão no Domingo de Ramos, que antecedia o Domingo de Páscoa era linda. E, na quarta-feira tinha a procissão do encontro. A Semana Santa era respeitada com silêncio e oração. (more…)

abril 11, 2017

Professores da Rede Estadual de SP – oportunidade de formação

Todos os profissionais que atuam na Secretaria da Educação do Estado de São Paulo poderão participar da 1ª edição de 2017 do curso Ética e Cidadania Fiscal, oferecido pela Escola Fazendária do Estado de São Paulo (Fazesp).

O conteúdo será apresentado por meio de exemplos e situações cotidianas, e entre os temas abordados estão o Brasil e seus desafios; o papel da educação na transformação da sociedade; a estrutura dos poderes e suas atribuições; a classificação dos tributos; o panorama da sociedade brasileira atual; o controle, transparência, lei de acesso à informação e participação social; o que é ética e a diferença entre ética e moral.

Com carga horária de 80 horas, o curso terá quatro módulos: Convite à cidadania fiscal; Ética, Democracia e Cidadania; Como o Estado obtém recursos para a sua manutenção?; e Orçamento Público, Controle, Transparência e Participação Social.

Para aprovação e emissão de certificado será necessário alcançar conceito “Satisfatório”, mínimo de 70% de aproveitamento e frequência mínima de 75%.

O curso é gratuito e será realizado a distância, no próprio ambiente virtual da Fazesp. As inscrições podem ser feitas de 3 a 17 de abril de 2017 ou até esgotarem-se as vagas.

Clique aqui para se inscrever no curso e aqui para consultar o Manual de Inscrição.

Público-alvo: profissionais que atuam nos três quadros da Secretaria Estadual de Educação (QM, QAE e QSE)
Inscrições: 03 a 17/04 (ou até esgotarem-se as vagas)
Período de realização: 17/04 a 09/08
Modalidade: a distância
Carga horária: 80 horas

O curso está autorizado pela EFAP/SEE e contará para a evolução funcional pela via não acadêmica, de acordo com a regulamentação vigente relativa ao quadro de atuação do servidor.

abril 7, 2017

9º CONCURSO DE DESENHO E REDAÇÃO DA CGU – 2017

TODO DIA É DIA DE CIDADANIA é o tema da 9º edição do Concurso de Desenho e Redação realizado pelo Ministério da Transparência, Fiscalização e Controladoria Geral da União – CGU. O objetivo da iniciativa é despertar nos estudantes o interesse por assuntos relacionados ao controle social, à ética e à cidadania, por meio do incentivo à reflexão e ao debate destes assuntos nos ambientes educacionais. O concurso é direcionado a estudantes regularmente matriculados em escolas públicas e privadas de todo o Brasil.

Início das inscrições

01/04/2017

Fim das inscrições

30/09/2017

Tema

TODO DIA É DIA DE CIDADANIA!

Tem novidade nesta edição!!! Além dos alunos finalistas (os 3 melhores de cada categoria), todos os professores orientadores destes alunos também serão premiados.  \o/

Nas categorias de 1º ao 5º ano do ensino fundamental, os alunos poderão concorrer com trabalhos do tipo “Desenho”. Nas categorias de 6º ao 9º ano do ensino fundamental, 1º ao 3º do ensino médio, incluindo alunos matriculados na modalidade jovens e adultos (EJA) os alunos poderão concorrer com trabalhos do tipo “Redação”. E ainda na categoria Escola Cidadã, as escolas poderão concorrer com trabalhos do tipo “Plano de Mobilização”.

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abril 6, 2017

Conheça o jogo de tabuleiro do Pnef e a equipe da Defis por trás de sua criação

“Caminhando com a Cidadania” tem o intuito de transmitir os conceitos básicos de educação fiscal e estimular o exercício da cidadania de forma lúdica e divertida!

Junte uma cidade fictícia a cédulas de dinheiro fictícias. Adicione situações corriqueiras da vida real e conceitos de cidadania e educação fiscal. Eis o jogo de tabuleiro “Caminhando com a Cidadania”.

Tabuleiro

Iniciativa pioneira da Delegacia de Fiscalização – Defis da 8ª Região Fiscal, o jogo é destinado a crianças e jovens de 10 a 17 anos. Contudo, é diversão garantida para a família inteira – crianças com 6 anos ou mais conseguem jogar acompanhadas de um adulto.

Apresentado ao público externo pela primeira vez na Bienal do Livro de São Paulo, em agosto, o jogo foi muito bem recebido e despertou o interesse de aquisição não só em educadores, mas também em jovens de todas as idades.

Manual jogo Caminhando com a Cidadania

Inspirado em jogos de grande sucesso no mercado, como “Jogo da Vida” e “Monopoly”, “Caminhando com a Cidadania” envolve sorte e estratégia e pode ser jogado por 2 a 5 participantes. Se o objetivo do jogo é divertir e ensinar, o objetivo do jogador é, como não poderia deixar de ser, ganhar. “Ganhando ou perdendo, pagando o imposto no jogo ou sonegando, os jogadores aprendem sobre o parasitismo do sonegador e as consequências que seus atos podem ter para a sociedade como um todo. Aprendem a ser bons cidadãos”, explica a equipe que criou o jogo. (more…)

abril 5, 2017

O assédio sexual do ator global

Dias atrás, a figurinista Susllem Tonani, conhecida como Su Tonani tomou a decisão de publicar um texto acusando o ator José Mayer de assédio sexual por cerca de oito meses. Foi uma decisão solitária, mas veio depois de anos de mobilizações feministas que buscam tirar do ostracismo as mulheres e seus relatos de assédios sofridos e emudecidos. Estava sozinha no momento da publicação. Mas, poucos dias depois se viu apoiada por uma mobilização de funcionárias que adotou a hashtag #MexeuComUmaMexeuComTodas e ganhou as redes sociais. Casos como esse ocorrem em empresas e instituições públicas, mas que geralmente a vítima não denuncia ou se o faz, fica restrito a ela.

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Muitos artistas se mobilizaram após a denúncia. E toda a mobilização que se seguiu  nos meios de comunicações, revela união na defesa de direitos das mulheres em ambientes de trabalho, além de mostrar para outras empresas a necessidade de políticas e mecanismos eficazes para que as queixas das trabalhadoras sejam escutadas. Em uma cartilha desenvolvida pela instituição das Nações Unidas (ONU), empresas privadas são orientadas a ter uma política de tolerância zero contra qualquer tipo de assédio, além de criar mecanismos claros, eficazes e de responsabilização de atos.

Especialistas no assunto assédio dizem que esse caso representa um marco, pois ajudará muita gente na percepção que há sobre o que é assédio e o que não é. Após o caso ter vindo à tona, houve aumento de ligações para o 180, número da Central de Atendimento à Mulher, do Governo Federal. Criado em 2005, o serviço está disponível 24 horas por dia no Brasil e em mais 16 países e tem como função orientar e encaminhar mulheres brasileiras vítimas de assédio – ou qualquer pessoa que queira fazer uma denúncia ou receber orientação sobre a legislação vigente. Em 2015, o 180 recebeu 749 mil ligações; em 2016, o número pulou para 1.133.345. O que representa esse aumento exponencial? Isso é prova clara que o serviço funciona, mas também escancara o fato de que a violência contra a mulher está mais visível, como atesta o desfecho da história de assédio sofrida por Su Tonani.

 

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