Memória – Carlos Drummond de Andrade
Amar o perdido
deixa confundido
este coração.
Nada pode o olvido
contra o sem sentido
apelo do Não.
As coisas tangíveis
tornam-se insensíveis
à palma da mão.
Mas as coisas findas,
muito mais que lindas,
essas ficarão.
Se como diz aquela letra de música que “recordar é viver”, vamos recordar enquanto ainda temos tempo – pois nós somos jovens de cabelos grisalhos. E quando começamos a recordar a gente nem imagina quanto cabe de saudade no peito da gente – há sempre uma saudade puxando outra. Parece mesmo que as saudades andam de mãos dadas.
Há dois dias que não consigo dormir direito. Na última quarta feira fui surpreendido com uma mensagem no WhatsApp. Era um chamado da Adriane Zimiani, amiga de longa data, desde a faculdade. Dizia que algumas pessoas de nossa turma de 1988 do curso de Geografia, UNESP, Campus de Rio Claro/SP, tinham criado um grupo no aplicativo e que combinavam em fazer um encontro no feriado de 21 de abril. Fui adicionado de imediato pelo Haroldo. E logo sendo instigado por um novo contato, por outro, e mais outro, e mais outro. Ontem, com a ajuda de uma amiga que trabalha na Secretaria Estadual de Educação consegui localizar o Aluízio Martins, grande amigo e com o qual havia perdido contato. Após receber a mensagem da Cintia mandei uma mensagem, mas não tinha certeza se era a mesma pessoa. Logo após o SMS veio a resposta: “Sim, sou o Aluízio Martins, que cursou Geografia na Unesp, em Rio Claro”. E logo em seguida recebi uma ligação dele, a qual me deixou emocionado e feliz. (more…)