Se você já acessou esse blog e teve um tempinho para “passear” pelo que escrevo já sabe que adoro mato, bicho e gente. Já escrevi sobre árvores floridas, sobre os quintais de minha infância, sobre os passarinhos que nos dias de hoje vêm comer as frutas no jardim que cultivo em meu apartamento, e, principalmente, sobre as árvores que povoaram a minha infância. E hoje, 21 de setembro, é o dia delas – As árvores. Todas!

Eu, com pouco mais de dois anos, com uma palmeira, minha companheira.
Mas hoje, em particular, quero falar de uma que fez parte de minha infância e que ficava em frente ao Grupo Escolar da Vila Alemã (hoje Escola Municipal de Ensino Fundamental Djiliah Camargo de Souza). Era uma “Olho de Cabra” que tinha o tronco torto, cujo nome cientifico é Ormosia arbórea, da família: Fabaceae Faboideae. Hoje, tal árvore é encontrada com pouca frequência naquela região. É mais comum no Cerrado. No sítio de meu avô também tinha uma. É uma árvore de médio porte, de 15 a 20 metros, em geral bem copada, a não ser quando ocorre no meio da mata fechada. A floração é linda – rosa e roxa em cachos. O fruto é uma vagem curta de 6 cm, com uma a três sementes. A semente é dura, de 1,5 cm, é muito bonita, em duas cores, vermelho e preto. Para germinar é preciso quebrar a dormência, por ser muito dura. Infelizmente uma de suas qualidades é a madeira. Por isso muito procurada. A semente é utilizada em decoração, joias e enfeites. (more…)