A Simplicidade das Coisas — Augusto Martini

fevereiro 27, 2015

O Museu do Eucalipto, em Rio Claro/SP e Pietro Maria Bardi

Esta semana estive envolvido com memórias antigas e prazerosas, que me remeteram a cheiros e sensações. Lembranças da infância e juventude, parte delas desfrutadas no Horto Florestal da Companhia Paulista, em Rio Claro/SP.

E tudo isso porque o Arquivo do Município de Rio Claro irá lançar um livro sobre a Floresta Estadual Edmundo Navarro de Andrade e me convidou a escrever um capítulo sobre o Herbário e o Museu do Eucalipto. Muitos aqui já sabem que Navarro de Andrade foi o tema central da minha dissertação de mestrado, pela FFLCH/USP e que depois virou livro.

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Em meio aos papéis guardados durante o levantamento da minha pesquisa encontrei a cópia de uma carta de Pietro Maria Bardi, Diretor do MASP e datada de 27 de abril de 1982, enviada para Aniz Buchidid, então Chefe do Departamento Florestal, a qual transcrevo abaixo: (more…)

Como Estrelas na Terra discute a dislexia

Educação como sinônimo de amor. É isso que mostra o filme “Como Estrelas na Terra”. E ele deveria ser o merecedor de todos os prêmios. Mas, antes disso, ele está acima de tudo. Ele é belo, verdadeiro, fala de amor e felicidade com uma sensibilidade incrível. É um daqueles filmes para pessoas que se importam e que acreditam em um mundo melhor. Para os que acreditam que a Educação é o caminho.

Coloque-se em um ambiente silencioso e uma caixa de lenços de papel também será necessária. 

Se você é professor, assista-o! Se não é mas se teve um professor que foi importante para você, ou um que o é para seu filho ou neto, também assista! Não importa quem ou o que você é. O essencial é que você se importe com um mundo melhor – então esse filme foi feito para você!  Talvez se todos o assistissem poderiam ser pessoas mais felizes, plenas, completas, justas, éticas, íntegras, coerentes e conscientes.

É a história de um menino e 9 anos chamado Ishaan Awasthi, ele sofre de dislexia, estuda em uma escola normal e repetiu uma vez o terceiro período e está correndo o risco de isso acontecer de novo. O menino diz que as letras dançam em sua frente e não consegue acompanhar as aulas e nem prestar atenção. Seu pai acredita que ele é indisciplinado e o trata com rudez e falta de sensibilidade.

Abaixo, a sinopse do filme. (more…)

fevereiro 25, 2015

A dieta que conquistou o alto escalão de Brasília

 

Moema Soares é a diretora executiva do método Ravenna no Brasil, responsável por trazer ao país as três clínicas importadas de Buenos Aires, Argentina. O método, inventado pelo médico e terapeuta argentino Máximo Ravenna e autointitulado “tratamento multidisciplinar de emagrecimento”, chegou por aqui em 2009, com a primeira clínica em Salvador. Depois veio a de São Paulo, em 2010, e em 2012 foi a vez da capital federal receber a sua Ravenna. Uma paciente ilustre deste último endereço foi a responsável pela nova onda de interesse na dieta dos nossos vizinhos. Recentemente, a presidente Dilma Rousseff admitiu ter perdido 6 quilos seguindo o método. Foi o suficiente para muitas pessoas irem atrás da fórmula argentina.

O que a dieta promete
Eliminação de 7% a 10% do peso ao mês, para os homens. Para alguém com 120 quilos isso significa eliminar entre 37 e 50 quilos em seis meses, prazo máximo estimado pela clínica para que os pacientes alcancem a meta de peso. O tempo mínimo é de quatro meses. Eles garantem que o emagrecimento acontece de forma saudável, efetiva e duradoura. (more…)

fevereiro 20, 2015

Morri! E agora? O que fazer com meu corpo?

Hoje o assunto do post é um tanto tétrico. Vou falar sobre o pós-morte –  sabia que além do enterro convencional, você pode transformar suas cinzas em esculturas, quadros (as cinzas são misturadas na tinta), jóias, diamantes e até pode enviá-las à lua?  Também há o velório que se transforma em evento social, entre outros.

Você morreu! E aí? Nada mais precisa ser simples e comum. Tudo pode ser reinventado. 

Desde um enterro comum, até a cremação que costuma ser rejeitada por parecer um processo caro. Mas, comparada a todas as taxas de um sepultamento convencional, cremar ainda é mais econômico do que sepultar, sabia? Só a gaveta de um cemitério qualquer aqui em São Paulo, não deve sair por menos que 3 mil reais, pelo que ouvi falar. E isso nos cemitérios mais simples. Em alguns outros essa quantia pode ser bem maior. E para enterrar tem o caixão, flores, preparação do morto, a taxa de sepultamento, fora a manutenção do túmulo. Sem contar que hoje em dia as pessoas não vão muito ao cemitério. Somado a esses fatores a cremação tem a vantagem de ser a alternativa que menos agride o meio ambiente.

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O Roberto, daqui alguns anos!

E se o desejo é dar um destino diferente para o ente querido, o primeiro passo é justamente a cremação. É a partir das cinzas do morto que se pode inventar de tudo. Até para se despedir das cinzas existem alternativas. Se a ideia é jogar ao mar, há uma urna biodegradável especialmente elaborada para a ocasião. Feita de papel machê e coloridas com tintas naturais, a urna em formato de concha é das mais vendidas no litoral. Também há as urnas feitas de areia e gel (hidrossolúvel) e uma feita com fibra de coco que acompanha sementes de árvores nativas com instruções de plantio. Quando uma pessoa é cremada, as cinzas se transformam numa espécie de adubo, rico em cálcio, magnésio, etc..

Não há mesmo limite para as cinzas, nem mesmo o céu. É possível enviá-las ao espaço e ter suas cinzas espargidas na superfície lunar. Outros níveis são o da órbita terrestre, o suborbitário e o espaço profundo. Um serviço oferecido pela Celestis, empresa dos Estados Unidos especializadas em voos espaciais memoriais e que tem parceria com a agência espacial Nasa, pode levar suas cinzas ao espaço e espargi-las na superfície lunar. Ou na órbita terrestre. Parte das cinzas é colocada em uma pequena cápsula e enviada à sede da Celestis nos Estados Unidos. A cápsula permanece lá até o lançamento do foguete que vai levá-la ao seu destino final. Os parentes recebem um convite para o evento, caso desejem participar, mas as despesas de viagem não estão incluídas. Todo o lançamento é gravado em vídeo, que pode ser assistido depois. (more…)

fevereiro 18, 2015

Aparição de Nossa Senhora de Lourdes em Alta Gracia, Argentina

O ano passado estive em Alta Gracia, Argentina, que é um município da província de Córdoba. A cidade se encontra a 553 metros de altitude e sua população estimada é de 45.000 habitantes.

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Com quase 430 anos, Alta Gracia se destaca pela sua importância histórica para todo o continente sul americano. Foi lá que se instalaram os primeiros jesuítas a chegar à América, no século 17. E foi lá que viveu, em sua infância, um dos nomes mais reverenciados do século passado, Ernesto Che Guevara.

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A região é serrana e em julho estava um pouco frio, mas suportável. Fui conhecer o Museu Casa Ernesto Che Guevara entre outras coisas. Duas horas ali! Foi um passeio fantástico pela história desse líder tão combatido.

O povo de Alta Gracia dá muita atenção aos turistas e são simpáticos. Quando percebiam o idioma português, aquele sotaque diferente que vinha do outro lado da fronteira, apressavam-se a fazer um cumprimento e o atendimento no comércio foi sempre muito bom. (more…)

fevereiro 13, 2015

Já é Carnaval!

Não consigo esquecer o carnaval da minha infância! Venho de uma família extremamente católica, mas, por conta de minha insistência e de minhas irmãs, às vezes íamos ver os desfiles de rua, em Rio Claro/SP, que era conhecida como “A capital da Alegria”! Será que ainda é?

Quanta alegria, quanta festa eu e meus amigos fazíamos em nossa rua! Ficávamos em alvoroço para começar a brincadeira! Era uma festa bonita, alegre e inocente. O carnaval de minha infância e adolescência era muito legal… Era gostoso cantar as marchinhas, brincar… Era uma ode a felicidade! Mas, uma coisa era certa: na quarta feira de cinzas tínhamos que ir até a igreja “tomar as cinzas”. Na igreja católica, no dia de Quarta-Feira de Cinzas, os fiéis são marcados na testa com as cinzas em forma de cruz (as cinza vêm dos ramos bentos do Domingo de Ramos do ano anterior) ou a recebem um pouco sobre as suas cabeças, quando o sacerdote pronuncia a seguinte frase, à sua escolha: – “Lembra-te que és pó e que ao pó voltarás!” ou “Convertei-vos e crede no Evangelho!” Minha avó, Virgínia Calore Martini dizia que o Carnaval era coisa do Diabo, e que se não tomássemos cada um ficaria com um rabo que nasceria na quarta-feira de cinzas.

Imagem: Mónica Carretero

Imagem: Mónica Carretero

No carnaval, tínhamos os espirradores: que era uma bisnaga plástico, com um bico de furo bem pequeno, usado para jogar água nos carros que passavam nas ruas ou em nós mesmos. Era uma festa, ficávamos na calçada, um espirrando água no outro. Todo mundo já sabia que era brincadeira de criança, brincadeira de carnaval. O mundo mudou, os espirradores viraram lança perfume, que depois acondicionavam algum produto tóxico e entorpecente e depois sumiram. E a criminalidade aumentou e os pais não deixam mais as crianças sozinhas na calçada jogando água nos carros com espirradores… (more…)

fevereiro 10, 2015

À procura da Felicidade!

Ah meu Deus! Acabei de conversar com minha amiga Vera Grellet sobre o quão chato é trabalhar e que por conta disso temos que transformar os longos momentos no trabalho o mais agradável possível. Sim, porque eu sou da opinião que a gente só começa a viver quando sai do trabalho!  É estranho escrever isso, mas a verdade é que no trabalho, em um período de 8 horas preenchendo formulários, ficando na frente do computador e participando de reuniões intermináveis e chatas a gente tem minutinhos de felicidade.

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Quando somos crianças, na fase das “descobertas e aprendizados”, vivenciamos coisas novas – que são divertidas ou chatas. Fazemos perguntas do tipo: por que a gente envelhece? por que a gente morre?  E descobrimos que também vamos morrer um dia! Depois, crescemos, temos a certeza da morte e passamos a aceitar sua inevitabilidade! Desse ponto em diante começamos a valorizar ainda mais a vida, sabendo que um dia não estaremos mais por aqui. (more…)

fevereiro 6, 2015

A história da cidade de São Paulo – da vila à metrópole – arquitetura (curso gratuito)

No último mês de janeiro São Paulo completou 461 anos desde que padres jesuítas fundaram uma vila que depois viria se tornar esta grande metrópole repleta de desigualdades, que pode ser considerada uma cidade global, pois apresenta grande influência nos cenários econômico, cultural e político mundial.

Guilherme Gaensly -  Estação da Luz -1900

Guilherme Gaensly – Estação da Luz -1900

A cidade abriga inúmeros parques, museus, monumentos, eventos de grande porte, tais como o Parque Ibirapuera, Museu da Língua Portuguesa, Monumento às Bandeiras, entre outros, também possui o 10º maior PIB do mundo, além de ser a 7ª cidade mais populosa do planeta.

O que muitos não sabem, porém, é que, pouco mais de um século atrás, poucos imaginavam que São Paulo seria uma metrópole extremamente urbanizada, desigual, tomada por multinacionais, arranha-céus e automóveis.

Buscando contribuir para a compreensão  da formação da cidade, o ILP – Instituto do Legislativo Paulista oferece gratuitamente e a partir do próximo dia 25/02/2015, o curso “A história da cidade de São Paulo – da vila à metrópole (Arquitetura), conforme você poderá conferir no texto abaixo, onde também há o link para a inscrição. (more…)

fevereiro 5, 2015

A música como protagonista de sentimentos

Catástrofes, perdas, mortes, alegrias, tudo isso nos deixa confusos. O que temos de mais básico se perde ou se mistura a sentimentos confusos. Nesses momentos falamos demais ou não falamos nada, e buscamos explicações estranhas que não cabem no mais evidente, que não funcionam na luz e que muitas vezes se escondem numa escuridão inexplicável e tumultuada.

E são nesses momentos que muitas vezes uma música passa ser a nossa trilha sonora. E tem a música que pega a gente na madrugada, quando não conseguimos dormir. Ou em qualquer hora do dia. Aquela que te vê desprevenido, chega e causa um sentimento indefinível. São os hits perfeitos tocando na rádio durante a madrugada ou em CD rodando no aparelho de som. Música romântica ou qualquer outra que te faça lembrar de alguém ou de algum lugar. Garanto que todo mundo tem a sua.

Muitas vezes coloco a música como protagonista – e fico de fundo, só no deleite… Esparramado na rede ou no sofá, ou fazendo uma faxina no apartamento. Sim, tem música boa para fazer faxina. Para mim, são as músicas bregas! E penso que a música pode dar respostas e cobrir ausências. Essa é uma tática para inverter a prática de usar a música para passar o tempo e para complementar algo mais importante.

A importância ou fuga passa a ter nome, duração, compositor e intérprete. Usar a música para certas ocasiões é ter um interlocutor que fala bonito, que modula, que faz a gente chorar, ou sair pulando ou gritar. Música para descobrir todo dia e receber com admiração, desprezo, surpresa… Música para falar mal, lembrar, esquecer e ignorar algo ruim na vida.

Escrever sobre, descrever a música é um pecado – ela necessita estar em corpo presente. Uma música pode nos tornar um ser de outro planeta, excêntrico, isolado – é assim que muita gente nos vê/sente por gostar de coisas estranhas, obscuras e passar a imagem de elitista.

Mas em algum momento, naquele dia bacana, você encontra alguém que gosta de uma música que sempre achou que só você e o compositor que a compôs e/ou gravou gostavam. E acontece uma afinidade eletiva. Música é pano de fundo, e tal qual o pano pode cobrir a cena e dar a cor que ela merece.

E claro, não dá para falar de música sem ouvir… A música abaixo foi o pano de fundo do meu domingo… Na hora do almoço. Na cozinha, preparando a comida e junto com a pessoa que mais amo.

Da missa Requiem de Mozart – Lacrimosa – Karl Böhm  e a Sinfônica de Viena

fevereiro 2, 2015

“Boletim da falta d’água em SP”, de Camila Pavanelli de Lorenzi

O nome dela é Camila Pavanelli de Lorenzi, tem 32 anos, é paulistana e psicóloga. Era um dia comum e ela estava até as tampas em ouvir, ler e ver notícias sobre a falta d’água em São Paulo. Resolveu reunir e resumir tudo o que leu e postou no Facebook. Continuou com isso por uma semana, sob a forma de Boletins. Fez tanto sucesso que seus seguidores e amigos sugeriram que criasse um Blog ou um tumbrl para eles. Aceitou a sugestão e criou um tumbrl, mas continua postando os boletins no facebook. O Boletim da Falta D’água foi criado em outubro de 2014.

Carro abandonado em Atibainha, que integra o sistema Cantareira. / ANDRÉ PENNER (AP ) – El Pais

No começo Camila escrevia um boletim a cada dia. Acessava os sites de notícia, todos eles, desde os renomados até os mais comuns, e os órgãos oficiais do governo. Se saísse uma notícia sobre um processo ou decisão judicial, pesquisava o documento. Fez pesquisas em manuais de hidrologia para entender os conceitos um pouco melhor. E assim foi construindo uma narrativa sobre a falta d’água no estado de São Paulo, dia a dia. (more…)

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