No quintal das casas de minha infância tinha Camomila, Poejo, Hortelã, Erva Cidreira, Margaridas, Rosa e Alecrim, entre outras coisas. Gosto de lembrar da infância, quando tinha pés de frutas e horta no quintal.
E sabem por que estou escrevendo isso? Sempre acontece todas as vezes que escrevo ou converso com alguém sobre frutas. Uvaia, pitanga, goiaba, jaboticaba, abacate, manga, laranja e muitas outras frutas remetem as pessoas à infância, quando subiam em árvores e comiam frutas no pé, sem lavar mesmo. Você é uma dessas pessoas que foi “solta”? Eu sou, fui e sempre serei!

“Sossega, minha esperança factícia!
Quem me dera nunca ter sido senão o menino que fui…
Meu sono bom porque tinha simplesmente sono e não ideias que esquecer!
Meu horizonte de quintal e praia!
Meu fim antes do princípio!” Fernando Pessoa
E é impossível não pensar naqueles que estão crescendo sem essas experiências tão gostosas, ou naqueles que formam os muitos adultos de hoje que beiram os 50 anos.
Por isso não posso deixar de fazer um pedido – quase um apelo – àqueles que sabem o que é subir em árvore e valorizam cada fruta que chuparam ou comeram no pé do quintal: façam sua parte, assim como nossos bisavós e tetravós fizeram. Plantem árvores frutíferas por aí e deixem de presente às próximas gerações pés de frutas que fizeram parte da história de vocês. Chega dessa moda de plantar ficus, pinheiros, ou seja, árvores exóticas que pouco fazem parte de nossa realidade. Encham as casas, ruas e praças de frutas e levem seus filhos e netos para conhecê-las. Comam amoras direto do pé junto com eles e dêem risada de ficar com a boca e as mãos roxas. Colham uvaias e levem para casa para fazer suco. Catem pitangas do chão e semeiem em caixas de leite longavida ou saquinhos plásticos, para depois plantar a muda perto de casa. E se acontecer uma picada de abelha, que ela também entre para a história!
Quando morava em Rio Claro/SP, caminhava e corria no Horto Florestal Edmundo Navarro de Andrade I(atual Floresta Estadual Edmundo Navarro de Andrade) todos os finais de semana. E levava as sementes de mamão e outras frutas que consumia durante a semana e as jogava pelo caminho. Nasceram, vingaram? Algumas sim, muitas não! Mas fiz a minha parte!
Se você mora aqui em São Paulo, como eu, marque no calendário um compromisso – pelo menos um final de semana junto a natureza! Chega de tanto passeio no shopping. Cinema é cultura, batata frita é uma delícia e videogame diverte, sim, mas seus filhos e sobrinhos, os adultos de amanhã, só terão essas lembranças de infância?
Eu já saboreie e foi fantástico…Muito gostoso …o sabor é inesquecível…
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Comentário por Irany Soares de Araujo — setembro 28, 2014 @ 20:25 |
Ah!…. Que delicia de matéria, muito obrigada !…..Meu pai saiu do Maranhão para Mato Grosso do Sul, e lá criou os 6 filhos com tudo que ele plantou no quintal de nossa casa. ( Nunca precisou de bolsa-familia )…..Eu e meus irmãos comíamos as frutas em cima das árvores, eu gostava de colocar uma pitada de sal nas frutas, minha mãe gritava…. Lacy, desce daí, deixe as frutas amadurecerem…..kkkkk…e eles davam para todos os vizinhos também…lembro que eu não tinha bicicleta, então eu trocava com uma amiga, duas canas grandes por 10 voltas na quadra, de bicicletas….kkkkk…são tantas coisas deliciosas de lembranças….adora sua página, sempre nos traz boas recordações, Deus te abençõe e grande abraço !.
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Comentário por lacibrum — setembro 28, 2014 @ 20:29 |
Agradeço sua visita ao blog!
Um abraço.
Augusto
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Comentário por Augusto Martini — setembro 29, 2014 @ 8:48 |
Ai, que delicia de texto, bonita! Sim, eu fui uma criança que subia em árvore e saboreava fruta do pé.
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Comentário por Gabi perezin — setembro 28, 2014 @ 20:50 |
Bom dia Gabi. Obrigado pela visita. Abraços. Augusto
Em 28 de setembro de 2014 20:50, A Simplicidade das Coisas — Augusto
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Comentário por Augusto Martini — setembro 29, 2014 @ 8:32 |