O Sal da Terra é um documentário que foi lançado no 16° Festival do Rio sobre o fotógrafo Sebastião Salgado. Ele foi feito por um dos maiores cineastas vivos, Wim Wenders, junto com o filho do fotógrafo, Juliano Ribeiro. Não é um filme qualquer e sim um modo especial de descobrir quem é o homem por trás de tanto talento. Além de contar sua trajetória profissional, é também uma declaração de amor-ódio sem sentimentalismo exagerado de um filho a um pai.

Cena do documentário ‘O Sal da Terra’
Tanto quanto foi no último Festival de Cannes, O Sal da Terra foi igualmente ovacionado no Rio de Janeiro. A diferença é que aqui, o próprio Sebastião Salgado confessou que apresentá-lo era uma emoção única – e a única que ele se permitiu viver.
Wim Wenders tinha uma ideia de um dia fazer um projeto sobre o fotógrafo, mas não sabia nem o que e nem como. Tempos depois, Juliano Ribeiro acompanhando o pai nas terras dos índios Zo’é, no Estado do Pará, fez algumas gravações que mostrou para Sebastião. Ele viu as imagens e se emocionou ao perceber como o filho o via. A partir de então começou uma relação de confiança mostrando que era momento certo de fazer um filme.
O documentário tem como base a força das imagens captadas pela câmera de Sebastião Salgado. Wim Wenders conheceu a arte de Salgado em uma galeria na Europa, onde comprou duas obras: de Serra Pelada e de uma mulher tuareg cega. Nelas, diz o diretor alemão, logo percebeu que “ele realmente se importava com as pessoas. E as pessoas são o sal da terra”.
O filme repassa a trajetória de Salgado, da infância, no interior de Minas Gerais, ao seu projeto fotográfico mais recente, o livro “Gênesis”. É o próprio Salgado que conta o caminho percorrido até o momento, a partir das histórias por trás de suas fotos mais conhecidas, como as do formigueiro humano das minas de Serra Pelada, nos anos 1980, e as do genocídio em Ruanda, na África, e os poços de petróleo em chamas do Kuwait, nos anos 1990.
Nascido em Minas Gerais, em 1944, a vida do economista mudou no começo da década de 70, quando Sebastião tirou sua primeira foto com a máquina fotográfica Leica de sua esposa, Lélia, na catedral de Notre Dame. Em 1973, Salgado oficializou sua profissão como repórter fotográfico e, a partir daí, começou o processo de revolucionar o fotojornalismo. Sebastião Salgado se tornou especialista em retratar a realidade humana e a privação da dignidade humana com figuras em branco e preto. Sua câmera capturou alguns dos acontecimentos mais trágicos das últimas décadas, como o massacre de Ruanda, na África.
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