Votando ao assunto que mais gosto: Buenos Aires. Por lá, cerca de 78% das pessoas têm algum animal de estimação. Vejam que incrível: só na cidade de Buenos Aires há entre 800 mil e 1 milhão de animais domésticos, isso falando somente de cachorros e gatos.
E os cachorros são tão adorados por lá que a cidade possui uma rua com nome de cachorro. É em homenagem à “Chonino”. A rua leva à Divisão de Cães da Polícia Federal, em Palermo. Lá há também estátua de Chonino (da raça Pastor Alemão), por um de seus atos heroicos. E todo dia 2 de junho se celebra o Dia Nacional do Cão. Era uma noite chuvosa de outono, em 1983, quando dois agentes da Polícia Federal abordaram uns tipos suspeitos que estavam na esquina da avenida General Paz e Lastra. Eles responderam com tiros e os policiais ficaram feridos.
Chonino avançou sobre os bandidos e arrancou um pedaço do bolso da camisa de um deles. Junto com o tecido vieram os documentos do delinquente que, a partir disso, foi identificado e preso – ele e o parceiro. O cachorro foi baleado e morreu no incidente, ao lado do policial que o treinou, que também faleceu na hora. Desde então recebe homenagens.
E em Buenos Aires, passear com cachorro é profissão. Cada passeador (alguém que saia com mais de três animais) tem que ter uma credencial emitida pelo Registro de Passeadores de Cachorros do Governo da Cidade (legislação que vários não cumprem) e conduzir no máximo oito animais (outra regra ignorada). Eles cobram em torno de 40 dólares por cachorro por mês, e os levam a passear uma vez por dia, entre 8 da manhã e duas da tarde.
Tantos animais na rua deixa um volume equivalente a 65 toneladas de cocô por dia. Os bairros com mais volume de excrementos deixados por cães são Palermo, Recoleta, Flores e Caballito. Muitas pessoas chegam a gastar US$ 400 por mês com seus cãezinhos (segundo pesquisa da Millward Brown Argentina) e não se importam muito com os dejetos dos animais.
Se estiver por lá, certamente irá cruzar com uma dessas figuras, que são das mais emblemáticas da cidade – o passeador de cachorro (paseador de perros). Garanto que quando encontrá-lo te causará um certo impacto e vai achar os cães uma gracinha. Quase todas as praças públicas têm espaço fechado para os cachorros se divertirem. E a média é de 8 a 12 cachorros por passeador! Todos andam em harmonia, sem latir e sem causar qualquer tipo de conflito.
Para ser um passeador, a pessoa deve ser maior de 18 anos e ter um domicílio comprovado pela polícia federal. A inscrição é feita junto a prefeitura e tem validade de um ano (e para renová-lo, deve provar que está com a ficha limpa, sem delitos). O passeador deve levar o registro durante as caminhadas. Além de passear com os animais, o profissional tem obrigação de recolher todas os cocôs do cachorro e teoricamente não pode prendê-los em árvores ou postes.
Ah, ia me esquecendo – há um guia para você contratar esses profissionais.
Curiosidades em espanhol:
Cachorro = perro
Filhote = cachorro
Gato = gato
Fui ao Chile, Santiago mais específicamente e fiquei impressionado com a quantidade de cachorros (perros) nas ruas, e o mais interessante era como elas estavam bem cuidados e de todas as raças. O respeito das pessoas também era muito legal, nimguém tratava os cachorros como no Brasil.
Abraçø
Mateus
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Comentário por Mateus — agosto 4, 2014 @ 15:53 |
Oi Mateus.
Os cachorros de rua de Santiago são lindos! Quietinhos! Na deles! No inverno ganham roupas dos moradores!
Também os acho fantásticos!
Abraços.
Augusto
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Comentário por Augusto Martini — agosto 4, 2014 @ 15:56 |
[…] Buenos Aires e seus "paseadores de perros"!. […]
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Pingback por Buenos Aires e seus “paseadores de perros”! | Inesagula's Blog — agosto 4, 2014 @ 21:00 |
Quanto amor aos animais, da tua parte também, sempre com um post sobre os animais de estimação. 🙂
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Comentário por Simone Schmidt — agosto 6, 2014 @ 13:20 |
Oi Simone. Obrigado pela visita! Augusto
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Comentário por Augusto Martini — agosto 6, 2014 @ 13:28 |