O centro de São Paulo está se transformando em zona livre do tráfico e do consumo de drogas e com muitas invasões a prédios públicos e privados. Tudo está voltando a ficar como era há umas duas décadas atrás ou até pior – o centro em situação de semi abandono! Fico assustado em ver a ousadia dessa parte da população que luta por moradia digna invadindo imóveis de uma hora para outra. Se eles e os drogados das muitas cracolândias que se espalharam pela cidade merecem salário e moradia de graça – sim, porque muitos dos usuários de drogas da antiga cracolândia moram em quartos alugados pela Prefeitura e Haddad já anunciou que o próximo passo é começar a alugar quartos para viciados também da região do Parque D. Pedro II – por que não oferecem o mesmo tratamento para todo o restante da população? Também quero morar de graça! Deixar de pagar condomínio, IPTU, água, luz…
Depois de uma série de invasões a terrenos e prédios, o Ministério Público começou a investigar os grupos que promovem essas ocupações irregulares. Segundo reportagem da Folha de São Paulo, pelo menos 91 propriedades estão ocupadas ilegalmente em São Paulo e até prédios em uso viraram alvo dos invasores. E mais da metade dessas invasões aconteceram esse ano.
Dias atrás, em pleno centro, um grupo de pessoas teve que abandonar um prédio às pressas pouco depois dele ser invadido. E esse número não para de crescer. De um dia para o outro, um grande terreno vazio é ocupado por centenas de barracos. Isso aconteceu em uma área na Zona Leste de São Paulo, em outra área da Zona Sul e acontece também em áreas centrais da cidade. Alguns grupos ficam monitorando os decretos de declaração de interesse social que são publicados no Diário Oficial, para ocupar terrenos e edifícios logo em seguida.
Uma das últimas invasões foi novamente o prédio do antigo Othon Palace Hotel. E pasmem – bem ao lado da Prefeitura, onde ficam estacionadas diariamente duas viaturas da Polícia Civil.
O problema de moradia em São Paulo parece longe de ser resolvido. A própria prefeitura admite que teria que construir 230 mil novas moradias, mas tem planos pra fazer apenas 55 mil até o final de 2016. Só a lista de espera já tem mais de 130 mil cadastrados.
Tais invasões é desrespeito e falta de cidadania, pois, além de ser um crime, tiram a vez de quem está na fila de espera. A pessoa que se cadastrou, que está aguardando a sua vez, com esse tipo de ocupação, com esse tipo de pressão, acaba sofrendo, passando para o final da fila. Há um fura fila, o que no mínimo é injusto. E muitos desses que invadem são oportunistas – possuem casas próprias e outros bens. Isso está mais que provado por meio de reportagens e depoimentos vistos e ouvidos em TVs e rádios.
A título de esclarecimento – o MTST (Movimento dos Trabalhadores Sem-Teto) não é formado por pessoas sem teto, assim como o MST (Movimento dos Trabalhadores Sem Terra) não é formado por pessoas sem terra. Como disse o Reinaldo Azevedo em um post de seu blog: “os dois movimentos são, deixem-me ver como chamar, empresas de produzir ideologias, de produzir valores. Quando alguém ingressa num desses grupos que se dizem sem-teto, é obrigado a cumprir determinadas tarefas para ganhar pontos e ascender na hierarquia interna. Uma das tarefas, por exemplo, é promover paralisações cidade afora. Outra é invadir prédios públicos, moradias em construção e áreas destinadas à construção de casas populares.
Boa parte desses ditos sem-teto já tem um teto, obtido na marra. Essas invasões têm coordenadores, chefes, que formam o núcleo duro do movimento. Eles é que decidem quem pode e quem não pode permanecer nas áreas invadidas. E qual é o critério? MILITÂNCIA. Para que o sujeito possa ficar nas invasões ilegais, é obrigado a ajudar a promover… novas invasões ilegais. Entenderam?”
E Azevedo completa: “Haddad prometeu uma São Paulo como ninguém havia antes visto. Parece que vai mesmo cumprir a promessa, se é que me entendem”…
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[…] que presencio e que são corriqueiras em edifícios centrais, em estado de abandono. São eles: São Paulo e a invasão dos sem teto, Morar no centro de São Paulo – prédios invadidos e Morar no centro de São Paulo – […]
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