A Simplicidade das Coisas — Augusto Martini

maio 28, 2014

Museu da Imigração do Estado de São Paulo

Acabo de ler uma notícia a qual me deixou muito feliz – no próximo sábado será reaberto o Museu da Imigração do Estado de São Paulo (antiga Hospedaria de Imigrantes e Centro Histórico do Imigrante).

Os registros da passagem de meus ancestrais, imigrantes italianos, tanto do lado de pai quando do lado de mãe – pobres e humildes, embora extremamente corajosos – está registrada lá. Em meados dos anos 1800 e início do século 20, milhões de imigrantes italianos chegaram ao porto de Santos para trabalhar nas plantações de café.  Era um período em que a Itália inteira enfrentava um grande período de crises quando o triste episódio da emigração se iniciou.

Detalhe da fachada do Museu da Imigração do Estado de São Paulo

Detalhe da fachada do Museu da Imigração do Estado de São Paulo

Não os conheci em vida. Mas tenho comigo o relógio de bolso que Luigi Martini, meu bisavô, trouxe da Itália e a sua Bíblia. Esse Roskopf Patente não foi, com certeza, o único bem que herdei deles. Há outros mais preciosos que carrego comigo e que nunca serão roubados. Entre eles está esse amor incontido que devoto aos humildes e puros de coração.

Entre 1887 e 1978, a antiga Hospedaria dos Imigrantes recebeu cerca de 2,5 milhões de pessoas, vindas de 70 nacionalidades diferentes, além de muitos brasileiros, que chegavam a grande maioria do Nordeste.  A maioria é liderada pelos italianos, seguidos por espanhóis, brasileiros, portugueses e japoneses. Hoje o prédio é dividido entre o museu e o Arsenal da Esperança, um centro que acolhe pessoas em situação de rua.

Clique aqui e faça a pesquisa no acervo digital (iconografias, requerimentos SACOP, registros de matrícula, cartografias, jornais, cartas de chamada e listas de bordo).

O prédio foi fechado em 2010 para restauração, que é tombado desde 1982 pelo Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Arqueológico, Artístico e Turístico do Estado (Condephaat), e reformulação do espaço expositivo. Agora reabre com muito conteúdo audiovisual e interativo. Dividida em nove módulos, a exposição terá documentos, fotos, vídeos, depoimentos e objetos que faziam parte do cotidiano da antiga hospedaria. Todo o acervo da instituição foi digitalizado e disponível gratuitamente na internet. No total, o Museu da Imigração abriga 87.640 imagens históricas, 3.223 cartas, 2.824 mapas, 9.740 documentos iconográficos, 2.098 recortes de jornal e informações como nome completo, data de nascimento e origem dos cerca de 1,5 milhão de imigrantes que passaram pela hospedaria. Vale a pena acessar e se perder em meio a tantas informações.

O Museu terá um espaço para as exposições temporárias e já negocia parcerias com o museu de Ellis Island, que conta a história dos imigrantes que chegaram aos Estados Unidos também nos séculos 19 e 20, e com o Museu de Imigração de Buenos Aires. Nos primeiros dois meses de funcionamento do Museu da Imigração a entrada será gratuita. Depois, o ingresso para as exposições custará R$ 6.

Confira, abaixo, a programação de reabertura do dia 31 de maio de 2014.

Programação de Reabertura

Programação de Reabertura

7 Comentários »

  1. BOA NOITE , AUGUSTO que bom que estará de volta , pra visitação ..já estive lá com voce ..lembra ?? e gostei muito ..bjos .

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    Comentário por IVONE VERONICA MARTIN CHRISTOFOLETTI — maio 28, 2014 @ 19:45 | Responder

    • Oi minha querida irmã. Lembro sim. Levamos o Luiz Henrique para andar de Maria Fumaça, com o falecido. Rs

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      Comentário por Augusto Martini — maio 28, 2014 @ 23:02 | Responder

  2. EU EDILSON BASSO PROCURO O DOCUMENTOS DO MEU BISAVO NOME SANTO BASSO. NAVIO SANTA FE GOSTARIA DE TER ESTE DOCUMENTOS

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    Comentário por EDILSON BASSO — julho 3, 2014 @ 19:56 | Responder

  3. Sou originário de três sobrenomes italianos sendo Martini, Ferrari e Brandelione. Um dos meus nonos (avôs) era casado com uma prima de nome Carmelia Brandelione. Pretendo me aproximar na pesquisa e por isso, precisarei de muitos contatos com amigos experientes. Abs.

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    Comentário por Luiz Ângelo Martini — dezembro 13, 2021 @ 19:41 | Responder

  4. Boa tarde Augusto!! É um prazer conhecer te por aqui. Gostaria imensamente de conhecer te pessoalmente. Meu nome é Airton martini. Mas sou descendente das flias. ” Martini, Mezzomo, Casol. Meus avós maternos e paternos vieram de santa Justina. Feltro província de vêneto ou vice verso. Se puderes me ajudar um pouco mais sou muito grato. Avô: Ricardo martini, avó Joana Casol Mezzomo. Acho que desembarcaram no o rio de janeiro ou no porto de rio grande (Rgsul). E foram para 4⁰ região. Na época distrito de Caxoeira Rgsul . Dona Francisca. Agradeço desde já
    A tua inteira disposição. Abraço . Uruguaiana Rgsul.

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    Comentário por Airton Ricardo Pinto martini — março 9, 2023 @ 18:44 | Responder


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