A Simplicidade das Coisas — Augusto Martini

dezembro 7, 2013

Roma merece o meu amor! final

Roma está situada na região de Lazio, é a capital da Itália, e a lenda sobre sua origem é contada da seguinte forma: Enéas, filho da deusa Vênus, e refugiado de Tróia, chegou onde hoje se encontra a Itália, por volta de 1184 a.C. De seus descendentes nasceram Rômulo e Remo, que foram abandonados e salvos por uma loba que os amamentou.  Mais tarde um casal de pastores encontrou as crianças e as criou. Quando chegaram à idade adulta retornaram à sua cidade natal Alba Longa e ganharam terras para fundar uma nova cidade. Então, nasceu Roma (no ano de 753 a.C.) entre sete colinas: Palatino, Aventino, Capitólio, Quirinal, Viminal, Esquilino e Célio – em terras, que já haviam sido ocupadas pelos etruscos no século IX a.C.

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No começo, a economia daquele vilarejo próspero tinha como base a agricultura. Eles tinham uma religião politeísta (os principais deuses eram Júpiter, Juno, Apolo, Marte, Diana, Vênus, Ceres e Baco). A sociedade era formada por donos de terras e plebeus, o Estado era uma república, o exército era forte e nas artes dominavam as pinturas de afrescos e esculturas com influência grega. 

Aos poucos, os romanos começaram a se expandir. O poder passou às mãos de generais e um deles foi Júlio César. Quando ele foi assassinado, em 44 a.C. a república passou a não funcionar mais e os herdeiros de César tornaram-se os primeiros imperadores romanos. Augusto recebeu, a princípio, o título de príncipe e se tornou o primeiro imperador romano em 27 a.C. (A Roma republicana pode ser vista às margens do rio Tibre, perto da Ponte Palatino, onde há os restos da Ponte Rotto e os Templos do Fórum Boarium e no Fórum Romano).

Os vídeos abaixo, todos fantásticos,  são da BBC.

Os romanos dominaram toda a península itálica e dali partiram para conquistar a Grécia, o Egito, a Macedônia, a Gália, a Germânia, a Síria, a Palestina e a Trácia. Os povos conquistados foram escravizados e passaram a pagar impostos ao Império Romano. Da era de Augusto ao reinado de Trajano, o poder de Roma cresceu. Houve muitas mudanças, eles enriqueceram e passaram a ter um foco mais comercial do que agrário. Então, de um pequeno vilarejo, Roma se tornou um dos maiores impérios da antiguidade. E, como herança ainda nos deixaram o direito romano e os idiomas originados do latim: português, francês, italiano e espanhol.

Mas, claro que esse crescimento desenfreado começou a gerar problemas. O desemprego se espalhou. O imperador com medo de conflitos e arruaças criou a política do Pão e Circo, que oferecia alimentos e diversão aos romanos. Vem dessa época a herança do magnífico Coliseu, com suas lutas de gladiadores. Pompeia foi soterrada pela erupção do Vesúvio nessa época, em 79 e guarda detalhes fantásticos de como eles viviam nesse momento.

Ao redor do século III, começa a decadência do Império Romano quando Constantino se converte ao Cristianismo e decide construir uma nova capital em Constantinopla, em 312. Com a crise econômica e política, os recursos destinados ao exército romano foram reduzidos e as fronteiras ficaram cada vez mais vulneráveis. Foi então que o Imperador Teodósio, em 395, resolveu dividir o território em Império Romano do Ocidente, tendo Roma como capital, e Império Romano do Oriente (Império Bizantino) com capital em Constantinopla. Em 476 se deu o fim do Império Romano do Ocidente após uma série de invasões. Esse fato marca o fim da Antiguidade e o início da Idade Média.
Os principais imperadores romanos foram Augusto (27 a.C. a 14 d.C), Tibério (14 a 37), Calígula (37 a 41), Nero (54 a 68 se suicidou ao ser destituído do trono), Trajano (98 – 117) e Marco Aurelio (161 a 180.).A Itália Medieval viu uma grande luta de poder entre papas e imperadores, aguçada ainda mais por invasões estrangeiras. Veneza se tornou poderosa nessa época travando alianças comerciais com o Oriente.

E, finalmente, a Itália do século 15 foi o palco de um florescimento artístico e cultural imbatível. O Renascimento trouxe à luz poetas como Dante, artistas como Leonardo da Vinci, Michelangelo e Rafael, e a arquitetura ganhou novos contornos inspirados em modelos clássicos em vez de góticos. Florença foi a grande responsável por esse renascer tendo famílias abastadas como patrocinadoras das artes. Foi nessa época que Michelangelo fez o teto da Capela Sistina – em 1512.

Com grandes ameaças ao catolicismo pelo protestantismo, em 1527, é proposta uma Contra-Reforma em Roma. Nessa época o barroco domina o cenário sob influência do espírito missionário que tomava conta. Uma das belas heranças da Roma Barroca é a Piazza Navona.
Em 1748 começa uma Época de Paz. E Roma volta a reinar depois de ter um importante Tratado de Paz assinado. Exemplos da Roma dessa época são a escadaria da Piazza di Spagna e a Fontana di Trevi.
A Itália consegue finalmente se livrar do domínio estrangeiro – com um movimento liderado por Vittorio Emanuele II – e, consegue sua unificação. Roma volta a ser a capital da Itália e o Vaticano retoma sua força, até que chega a vez do fascismo de Mussolini que mais uma vez rendeu grande sofrimento ao povo, apesar de ter levado a economia italiana a ser uma das mais fortes da Europa.
É muita história, não é mesmo? Mas, ainda não acaba aqui – no interior da cidade de Roma há outra cidade: o Vaticano, sede da Igreja Católica Apostólica Romana e residência do Papa. Roma é a única cidade do mundo que hospeda um outro Estado no seu interior. Por isso, muitas vezes é mencionada como a capital de dois estados.

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