O cinema me fascina. Um dos últimos filmes que vi foi o romance “Diário de uma Paixão”, que conta a história de um homem de idade que mora em um asilo. Ele é o contador de histórias do local, mas sua principal paciente é uma senhora que sofre de Alzheimer. Um dia ele pega um diário antigo e inicia uma história romântica entre um casal que foi separado por sete anos. Ele conta a história de Allie Hamilton e Noah Calhoun.
Allie e Noah são pessoas de classes sociais totalmente diferentes – enquanto Allie vem de uma família muito rica, Noah é de uma família simples. Em um dia no parque da pequena cidade onde ele mora e ela passa o verão, eles se conhecem. Após aquele dia, Noah faz de tudo para sair com a pequena Allie que acaba aceitando, e é ali, na pequena cidade do interior, em um verão comum, que um grande amor começa.
Tudo esta maravilhosamente bem, os dois passavam grande parte dos dias juntos, contavam histórias, faziam planos, se divertiam. Mas, a mãe de Allie percebe que eles estão muito envolvidos e diz claramente que não quer mais que se encontrem. Os pais da garota acreditam que ele não é bom o suficiente para sua filha. E voltam para a cidade onde moram, separando-os. Noah escreveu 365 cartas para Allie – uma por dia – mas a mãe da garota não entregou nenhuma.
Passam-se sete anos e a vida dos dois tomaram rumos diferentes. Noah foi para a guerra. Allie cursou sua faculdade e estava noiva.
Em um belo dia, Allie vê uma reportagem no jornal – onde Noah é a notícia – e ela decide voltar para aquela cidadezinha. Quando se reencontram o sentimento que tinham um pelo outro reaparece e eles se entregam totalmente. O noivo de Allie retorna e ela se vê dividida, entre escolher o seu primeiro amor ou o que ela conheceu após anos.
É clichê e é “melado”, eu sei. Mas, é lindo!
Abaixo uma das cartas escritas por Noah para sua Allie:
“A razão pela qual dói tanto nos separarmos é porque as nossas almas estão ligadas. Talvez, sempre tenham sido assim e para sempre serão. Talvez, tenhamos vivido mil vidas antes desta, e em todas elas tenhamos nos encontrado. E, talvez, em cada uma delas tenhamos sido obrigados a nos separar pelos mesmos motivos. Isso significa que esta despedida é, ao mesmo tempo, um adeus pelos últimos dez mil anos e um prelúdio do que virá.
Quando olho para você, vejo a sua beleza e seu encanto e sei que ficaram mais fortes a cada vida que você viveu. E sei que passei todas as vidas, antes desta, procurando você. Não alguém como você, mas você, porque a sua alma e a minha têm de estar sempre juntas. E assim, por alguma razão que nenhum de nós dois entende, fomos forçados a dizer adeus.
Eu adoraria dizer que tudo vai dar certo para nós, e prometo fazer tudo que eu puder para que isso aconteça. Mas se nunca mais voltarmos a nos encontrar, e se isto for verdadeiramente uma despedida, sei que nos veremos em outra vida. Nós nos encontraremos de novo, e talvez até lá as estrelas tenham mudado, e então nós nos amaremos, não só naquele momento, mas por todas as vidas que tivemos antes.”
DIÁRIO DE UMA PAIXÃO.
Nome Original: The Notebook
Duração: 121 minutos
Gênero: Romance
País/Ano: EUA/2004
Direção: Nick Cassavetes
Roteiro: Jeremy Leven, baseado em livro de Nicholas Sparks.
Elenco: James Garner (Noah Calhoun), Gena Rowlands (Allie Hamilton), Rachel McAdams (Allie Hamilton – jovem), Ryan Goislin (Noah Calhoun – jovem), Joan Allen (Mãe de Allie), Heather Wahlquist (Sara Tuffington), Elizabeth Bond (Secretária), Jamie Brown (Martha Shaw), Nancy De Mayo (Mary Allen Calhoun), Jennifer Echols (Enfermeira Irene), Sylvia Jefferies (Rosemary), Eve Kagan (Ellen), Meredith Zealy (Maggie Calhoun), James Marsden (Lon Hammond Jr.)
Realmente esta história é muito boa. No entanto, demorei para assistir o filme porque estava cética quanto a qualidade das histórias de Nicholas. Assisti numa tarde e não me arrependi. De fato, constatei que este escritor tem uma capacidade incrível de externalizar sentimentos utilizando as palavras certas, foi isso que mais me chamou atenção no filme/livro, porque no geral, também achei o filme um pouco “melado”. Por isso, que sou fã incondicional de Jane Austen, na minha opinião, ela consegue equilibrar tudo nos seus livros: romance, crítica social, suspense, comédia. E ainda bem que os livros que foram adaptados na telinhas do cinema não deixaram a desejar. Sugestões: Orgulho e Preconceito (Jane Austen) e Desejo e Reparação (Ian McEwan).
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Comentário por Nínive Costa Melo — outubro 30, 2013 @ 12:52 |
Olá, Nínive. Já vi o Orgulho e Preconceito e gostei muito. Vou assistir ao outro! Agradeço pela visita. Augusto
Em 30 de outubro de 2013 12:52, A Simplicidade das Coisas — Augusto
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Comentário por Augusto Martini — outubro 30, 2013 @ 13:54 |