Como tudo começou
Corria o ano de 1947, época em que o período letivo era muito puxado, com apenas 10 dias de férias. Foi então que Salomão Becker, professor do colégio Caetano de Campos, na rua Augusta, capital paulista, sugeriu que a escola criasse uma data para refletir sobre os caminhos educacionais, reunindo professores, alunos e pais.
Apoiado por outros professores, Becker indicou o dia 15 de outubro para o evento. Isso porque em Piracicaba, sua cidade natal, era tradição os pais e alunos realizarem uma confraternização nessa data, levando doces e bolos para a escola. E assim foi feito.
Durante o evento, o professor Salomão Becker fez um breve discurso, em que disse a frase que ficaria conhecida até hoje:“Professor é profissão. Educador é missão”.
A partir daí, por causa do sucesso do evento, todos os colégios vizinhos passaram a fazer o mesmo. O movimento foi crescendo tanto que outras cidades e estados também adotaram a data, até o Dia dos Professores ser oficializado nacionalmente como feriado escolar pelo Decreto Federal 52.682, de 14 de outubro de 1963.
Sergio Becker, filho do professor Salomão, ressalta que seu pai merece ser lembrado não apenas pela ‘criação’ do Dia do Professor, mas também pela imensa paixão que sentia pela educação.
“Meu pai amava o magistério. Um dia fizemos uma conta por alto de quantos alunos ele teve durante os 49 anos em que se dedicou à profissão, e o número passou de 100 mil”, conta Sérgio, que é consultor de empresas e palestrante.
Salomão Becker era um homem acostumado aos desafios. Desde o nascimento, ele sofria de uma paralisia total do braço direito.
“Durante toda a vida, a deficiência física nunca atrapalhou meu pai. A minha infância inteira o vi sair para dar aulas por volta das cinco horas da manhã, e voltar muito tarde, sempre com a mesma disposição. Ele nunca reclamava”, ressalta Sérgio.
“Minha vocação é o magistério”
Salomão era filho do imigrante David Becker que, em 1913, deixou a Moldávia, no Leste Europeu, rumo ao Brasil, indo parar na cidade de Piracicaba, interior de São Paulo. Foi lá que Salomão nasceu e passou boa parte da juventude, até decidir estudar Filosofia na Universidade de São Paulo (USP).
Seu primeiro emprego veio, em plena Segunda Guerra Mundial. Salomão foi ser repórter do jornal “Folha da Tarde”. Era uma época difícil para se apurar notícias, que fazia que muitos boatos fossem noticiados. Foi o que levou Becker a escrever uma nota sobre submarinos alemães avistados no litoral brasileiro. A repercussão da notícia foi enorme. Tanto que no dia seguinte à publicação, oficiais do Exército foram até a redação para saber como tal informação havia sido obtida. Mesmo verdadeira, ela jamais poderia ter sido veiculada, já que era estratégica. Foi aí que a carreira de jornalista acabou.
Ele não sentiu a perda do emprego, pois Salomão sempre repetia: “Minha vocação é o magistério”.
Salomão Becker começou a dar aulas em vários colégios da Rede Estadual. Passou inclusive pelo então Colégio Caetano de Campos, hoje sede da Secretaria de Educação do estado de São Paulo, e pela Escola Estadual Fernão Dias.
“Não me lembro os nomes de todos os colégios em que meu pai deu aula, mas muitos eram da rede estadual. Até em São Roque, meu pai chegou a lecionar. As aulas eram sempre de História e Geografia. Mesmo trabalhando pesado de segunda à sexta-feira, aos finais de semana era raro ele não estar corrigindo provas e trabalhos. Mas, acredite, ele adorava”, afirma Sérgio.
Nem a aposentadoria o fez parar. Ele poderia ficar em casa e aproveitar o merecido descanso, mas não o fez. Com mais de 60 anos de idade prestou vestibular e cursou Direito na Universidade Presbiteriana Mackenzie.
“Com todos os anos dedicados à licenciatura, meu pai não esmorecia. Mesmo quando sofreu uma queda e fraturou várias costelas, não perdeu uma só aula; ele assistia a todas em pé. A admiração não era só minha. Na cerimônia de sua formatura foi ovacionado por vários minutos”, conta.
Com quatro cursos universitários e aposentado da Rede Estadual, era de se esperar que Becker aproveitasse para descansar, certo? Errado! Logo após a formatura, ele foi convidado pelo Mackenzie para dar aulas de Direito Internacional. Ele aceitou sem pestanejar.
“Essa foi a vida dele. Até hoje encontro com ex-alunos que fazem questão de dizer o quanto meu pai foi importante e o quanto influenciou a vida de todos. Ele foi um ferrenho defensor da educação e sempre dizia: ”Em Educação, não avançar já é retroceder”. Tenho a convicção de que ele deixou, além da data do Dia do Professor, um enorme legado”, finaliza Sérgio Becker.
O professor Salomão Becker morreu aos 84 anos de idade, em 2006.
Fonte: Intranet da Secretaria da Educação de São Paulo
Vc tem receita de fermento natural? Se tiver. Em via para mim por favor
CurtirCurtir
Comentário por Marcelo Lima — outubro 15, 2013 @ 11:20 |
Oi Marcelo. Tenho uma receita que era usada em minha casa, pela minha mãe. É assim:
2 litro(s) de água 6 colher(es) (sopa) de açúcar 2 colher(es) (sopa) de sal 10 colher(es) (sopa) de farinha de trigo
Misture bem metade de todos os ingredientes. Deixe descansar por 4 dias em uma vasilha tampada. Depois, mexa bem e jogue fora metade da mistura (ou dê de presente para alguém que quer também a muda do fermento). Na parte que ficou, acrescente a metade restante dos ingredientes e misture muito bem. Deixe descansar por mais 2 dias e está pronto para uso. Cada receita de cerca de 1 Kg de farinha de trigo, leva aproximadamente 1 copo da mistura. Abraços. Augusto
CurtirCurtir
Comentário por Augusto Martini — outubro 15, 2013 @ 11:24 |
Republicou isso em Música&Poesiae comentado:
Salomão Becker
CurtirCurtir
Comentário por anielejp2012 — agosto 27, 2015 @ 13:06 |
[…] Fonte: O criador do Dia do Professor – Salomão Becker […]
CurtirCurtir
Pingback por O criador do Dia do Professor – Salomão Becker | Música&Poesia — agosto 27, 2015 @ 13:06 |
[…] Fonte […]
CurtirCurtir
Pingback por Dedicado às pessoas que escolheram a transformação: os Professores — outubro 15, 2017 @ 11:14 |