A Simplicidade das Coisas — Augusto Martini

outubro 31, 2013

Falta de inspiração, vontade de praticar a “desconexão”

Entrei no editor de texto do blog para escrever algo. Mas, confesso que hoje estou completamente sem inspiração para escrever seja o que for! Rascunhos e ideias há muitas e todas teimam em não se transformar em posts, ou, caso se transformem, no dia de hoje só sairiam coisas ruins devido ao meu mau humor por acontecimentos no trabalho.

Agora o que eu realmente gostaria era ir para a montanha, e retirar-me do mundo, ficar completamente desconectado da sociedade.
Tudo que eu quero é descansar, ficar sozinho com meus hobbies. Ver um monte de filmes, voltar a leitura que deixei abandonada. Denunciar as injustiças e tudo o que parece condenável…

Quando vivemos longe de casa – e aqui cabe uma informação, pois, casa para mim ainda tem muito a ver com a minha vida no interior – a melhor forma de nos mantermos informados é através dos jornais online, redes sociais e afins, muitos dos quais sabemos como têm tendência para o sensacionalismo, não é mesmo? Quanto pior melhor parece ser o assunto. Se as coisas não estão boas, nós as “desenhamos” pior ainda. Vide os telejornais! (more…)

outubro 30, 2013

Mujer en amor – mulheres argentinas posam nuas para comprar um mamógrafo

O  Outubro Rosa é um movimento realizado em todo o mundo, no qual o intuito é chamar a atenção para a realidade atual do câncer de mama e seu tratamento. Mas, uma iniciativa curiosa aconteceu na Argentina. Leia abaixo.

Todas elas posaram sem roupas por uma causa solidária. São sessenta mulheres com idades entre 25 e 60 anos e que são arquitetas, funcionárias públicas, comerciantes, donas de casa, artesãs e professoras. Posaram nuas para um calendário 2014 denominado “Mujer em amor” (“Mulher em amor”), que será vendido a partir do mês que vem pela internet e com entrega a domicílio. E fizeram isso para financiar a compra de um mamógrafo para um hospital público da cidade de Villa la Angostura, da região da Patagônia. Além da compra do equipamento, o grupo quer enviar a outras mulheres comuns a mensagem de que devem se aceitar como são, sem plásticas ou “marcadas pela vida”.

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Elas esperam arrecadar US$ 70 mil (R$154 mil) com as vendas, que serão destinados à compra do equipamento para o hospital Oscar H. Arraiza. As outras imagens estarão disponíveis na página do projeto no Facebook, por meio da qual a fotógrafa Paola Pierini convocou as modelos.  (more…)

Diário de uma paixão – um belo filme

O cinema me fascina. Um dos últimos filmes que vi foi o romance “Diário de uma Paixão”, que conta a história de um homem de idade que mora em um asilo. Ele é o contador de histórias do local, mas sua principal paciente é uma senhora que sofre de Alzheimer. Um dia ele pega um diário antigo e inicia uma história romântica entre um casal que foi separado por sete anos. Ele conta a história de Allie Hamilton e Noah Calhoun.

Allie e Noah são pessoas de classes sociais totalmente diferentes – enquanto Allie vem de uma família muito rica, Noah é de uma família simples. Em um dia no parque da pequena cidade onde ele mora e ela passa o verão, eles se conhecem. Após aquele dia, Noah faz de tudo para sair com a pequena Allie que acaba aceitando, e é ali, na pequena cidade do interior, em um verão comum, que um grande amor começa.


Tudo esta maravilhosamente bem, os dois passavam grande parte dos dias juntos, contavam histórias, faziam planos, se divertiam. Mas,   a mãe de Allie percebe que eles estão muito envolvidos e diz claramente que não quer mais que se encontrem. Os pais da garota acreditam que ele não é bom o suficiente para sua filha. E voltam para a cidade onde moram, separando-os. Noah escreveu 365 cartas para Allie – uma por dia –  mas a mãe da garota não entregou nenhuma.  (more…)

outubro 29, 2013

A paçoca da Semana Santa no sítio de minha avó

Já falei muito aqui sobre as casas da minha infância. Todas elas tinham o cheiro do pão quentinho saindo do forno e o gosto do queijo feito no sítio de minha avó. Para mim, a cozinha sempre é um lugar marcante para a família. E estávamos sempre em volta do fogão de lenha, feito de cimento queimado em um vermelho bem escuro e polido que refletia as cores do fogo da lenha queimando. Que sabor tinha tudo que era feito ali. Me lembro que ficava ansioso ali do lado esperando terminar o doce de leite, o arroz doce, o doce de abóbora… Em época de milho, a cozinha virava festa com toda a família reunida para preparo do curau, do bolo de milho e à noite, o milho assado na brasa da lenha. Que cheiro delicioso exala o milho assado!

Em casa tudo era um pouco artesanal – a manteiga minha mãe mesmo fazia. Nos fundos da casa haviam árvores frutíferas e uma horta… saudades daqueles tempos!

Nos últimos dias tiveram contato com posts escritos pela Tereza, minha irmã mais velha. Muitos me disseram que deveria criar um blog para ela. Foi o que fiz. Visitem o Memórias de Tereza que ela dará continuidade aos “escritos” por lá. Esse abaixo, é a última produção.

Fui cobrada por minha prima Cida de ter esquecido de narrar algo que aconteceu numa quinta feira da semana santa.

Minha avó era muito religiosa e na sexta feira santa, quem tivesse mais de sete anos não podia comer carne, tomar leite e nada que fosse feito de seus derivados .Então na quinta feira costumava-se fazer paçoca de amendoim. Isso já era tradição na família desde os meus bisavós que,  aprenderam com os pais deles desde a época da Itália, e eu até agora ainda faço.

Na quinta feira santa, logo de manhã, a tia Leonor torrou os amendoins, atarraxou o moinho na mesa da cozinha e lá fomos eu e a Cida moer os amendoins.  Ela colocava no moinho e eu virava a manivela, até que emplastou tudo e não ia mais. Então a Cida disse: – deixa que eu empurro  com a mão e você vira! E eu virei, né! Nossa! Foi uma gritaria! Prendeu o dedo dela no moinho  e ai ela chorava porque doía. E eu, de medo,  já que minha avó veio pelo corredor gritando em italiano :”MARIA VIRGINE! DIO SANTO! COSA ME HAI FATO”? Que quer dizer ”VIRGEM MARIA ! SANTO DEUS! O QUE FOI QUE VOCÊ FEZ?” (more…)

outubro 26, 2013

Museus em São Paulo – dicas para visitação gratuita

Indiscutivelmente São Paulo é a capital cultural do Brasil. Esse título, para muitos, é dividido com o Rio de Janeiro, mas, para mim, São Paulo ganha de goleada.  Por exemplo: o Guia Quatro Rodas aponta que dos melhores Museus do Brasil, oito ficam na cidade. E o melhor – visando levar o público a conhecer seus acervos e mostras e exposições especiais que contam nossa história, alguns museus são grátis, e outros o são pelo menos uma vez por semana.

Anote quando alguns endereços selecionados têm entrada franca e aproveite!

museu do ipiranga

Museu Paulista (conhecido como Museu do Ipiranga) – atualmente fechado para restauro

Terça-feira                            

Museu de Arte de São Paulo, MASP, Avenida Paulista

Museu da Língua Portuguesa, Luz (até 2 de julho, com horário até as 22h)

Quinta-feira

Museu do Futebol, Pacaembu

Sábado

Pinacoteca do Estado, Luz

Museu da Língua Portuguesa, Luz

Museu de Arte Sacra, Luz

Estação Pinacoteca, Luz

Domingo  (more…)

outubro 25, 2013

A deliciosa simplicidade da infância narrada por uma de minhas irmãs – Tereza – Final

COMO DIZIA MINHA AVÓ: PIANO, PIANO, SE VÁ LONTANO… Final

…. continuação

Quando a Antônia terminou a terceira série lá na escolinha do sítio, o tio Marino a matriculou na mesma escola nossa, em Rio Claro, para fazer o quarto ano. Assim, ela veio pra ficar o ano todo na nossa casa. Mas quem diz que ela ficou? De jeito nenhum! Não quis ficar longe da mãe e voltou pra casa. Assim, meu tio a matriculou na escola em Ajapi e tinha que levá-la e buscá-la todos os dias.

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Vó Virgínia, com seus 91 anos, Tereza, que nos proporcionou estas lindas recordações de infância e Ivone. Dez/1983.

Nesse tempo o meu pai e meu avô compraram um terreno, cada um deles, na vila Nova. Os lotes eram juntos. Meu pai fez um empréstimo na Caixa Econômica Federal, arrumou os pedreiros e fez a nossa casa. Então não precisamos mudar mais e nem pagar aluguel. (more…)

outubro 24, 2013

A deliciosa simplicidade da infância narrada por uma de minhas irmãs – Tereza – Parte 9

COMO DIZIA MINHA AVÓ: PIANO, PIANO, SE VÁ LONTANO… Parte 9

…. continuação

Simplicidade (Pato Fu)

Vai diminuindo a cidade
Vai aumentando a simpatia
Quanto menor a casinha
Mais sincero o bom dia
…..

Café tá quente no fogo
Barriga não tá vazia
Quanto mais simplicidade
Melhor o nascer do dia

Em umas dessas férias que passei no sítio chegou por  lá um irmão da minha avó. Ele morava em Jundiaí e trouxe suas duas filhas mais novas. O nome dele era Carlos e as meninas, a mais velha, se chamava Nice e a outra era a Celina. Ficaram uns quinze dias lá e foi uma farra.

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Meus pais, Antonio Martini e Maria Angela Graciolli Martini, durante a lua de mel, em Aparecida/SP.

Atrás do paiol onde eram guardados o milho e aboboras para tratar das galinhas, porcos e dos outros animais e as ferramentas de trabalho, tinha um pé de Chico Magro (também conhecido como uva japonesa) o qual já era bem velho. Inventamos de ir comer o tal do Chico Magro. (more…)

outubro 23, 2013

Minha infância nos anos 60 e 70 – saudades dos amigos…

Nasci em Rio Claro, onde morei até doze anos atrás. A coisa boa de nascer e viver na mesma localidade é o estabelecimento de amizades de grande duração. Atualmente, com as mudanças da sociedade, este tipo de experiência está cada vez mais difícil. As crianças de nossos dias na maioria das vezes estabelecem relacionamentos somente no ambiente escolar e nada mais. As casas estão cada vez mais isoladas, os novos condomínios isolam os moradores, os quais raramente conhecem um ao outro e compartilham muito pouco suas vidas.

Na vizinhança onde fui criado era tudo muito diferente da realidade atual. Os vizinhos eram habitantes antigos do lugar, todos criaram seus filhos naquela comunidade e todos conheciam uns aos outros.

Uma homenagem ao meu primeiro e grande amigo – José Ronaldo Klain (as fotos abaixo foram cedidas por Sandra Terezinha Klain Cristofoletti, irmã do Ronaldo)

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No Rio Claro de minha infância havia uma cumplicidade entre os vizinhos. Uns cuidavam dos filhos dos outros, das casas dos outros, das roupas no varal dos outros, sempre que fosse preciso. Todos se conheciam pelo nome e pela história da família.  O Sr. Antonio não era só o “fulano de tal”. Era o Sr. Antonio Martini, filho da D. Virgínia e do Sr. Primo, casado com a D. Maria Angela Graciolli e amigos dos Pizzirani que eram os proprietários da venda da esquina.  (more…)

A deliciosa simplicidade da infância narrada por uma de minhas irmãs – Tereza – Parte 8

COMO DIZIA MINHA AVÓ: PIANO, PIANO, SE VÁ LONTANO… Parte 8

…. continuação

Lembro também dos aniversários do meu avô: ele nasceu no dia primeiro do ano, por isso o nome “Primo Martini” – meus bisavós eram Italianos e “Primo” na língua da terra deles quer dizer “primeiro”. E por ser o ano novo tinha sempre festa lá no sítio. Festa que já começava uns dois dias antes, para a preparação: matavam leitoas e vários frangos. Deixavam toda a carne temperada e pronta para assar.

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Meu avô, João Graciolli (Graziolli), com a única foto que temos de nossa bisavó por parte de mãe.

A Tia Leonor fazia pães e roscas doces. Meu avô comprava vários garrafões de vinho e refrigerantes para a criançada, que eram muitas. No 01 de janeiro, pela manhã e no primeiro ônibus que vinha da cidade chegavam meus pais, a tia Isa com o tio Zé e as meninas (Maria Bernadete e Maria Inês). A tia Eva e o tio Humberto, que também tinham as crianças pequenas e moravam no sitio do pai do meu tio também chegavam cedo. Da casa da minha avó dava para ver a casa deles, que ficava um pouco longe porque tinha que dar a volta pela estrada. (more…)

outubro 22, 2013

A deliciosa simplicidade da infância narrada por uma de minhas irmãs – Tereza – Parte 7

COMO DIZIA MINHA AVÓ: PIANO, PIANO, SE VÁ LONTANO… Parte 7

…. continuação

Teve uma vez que meu avô e tios estavam trabalhando na plantação de arroz que ficava perto do rio lá no sitio onde o tio Marino morava (sitio do Colégio Koelle). Não me lembro se era hora do café, porque os homens estavam descansando e nós pedimos se podíamos ir ver o rio. Eles deixaram porque estava perto.

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Meu avô por parte de mãe, João Graciolli (Graziolli)

E lá fomos nós descendo, correndo até o rio. Estávamos eu, a Cida, a Antônia, o Geraldo e o Jair. Não me lembro se a Ivone e o Augusto, meus irmãos, também estavam. Sei que chegamos perto da água, colocamos os pés, molhamos as mãos e aí quem resistiu? Queríamos entrar na água, pois estava um calor danado. Mas, se voltássemos molhados iam ficar bravos, porque disseram que poderíamos ver, mas que não era para entrar na água. O que fizemos? Tiramos as roupas, é claro! As meninas ficaram de calcinhas e os meninos de cuecas e fomos todos para dentro da água.  (more…)

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