Você nunca está contente com aquilo que você é, seja o que for? Se sim, isso é ambição. Segundo Osho, então você permanecerá irremediavelmente miserável, porque você não pode ser outra coisa. Você só pode ser você mesmo; nada mais é possível. Tudo o mais é fútil, prejudicial, perigoso. Você pode desperdiçar sua vida inteira, toda a sua existência.
Aquilo que você é, seja o que for, esse é você! Aceite-o! Não deseje ser diferente. A não-ambição significa isso. A ausência de ambição é fundamental a toda transformação espiritual, pois quando você se aceita, muitas coisas começam a acontecer. Mas a primeira coisa… se você se aceitar totalmente, a primeira coisa que lhe acontecerá será uma vida não-tensa. Não haverá tensão. Você não deseja ser algo mais; não há nenhum lugar para ir. Então você pode estar aqui e agora. Não há comparação. Você próprio é único. Não pensa mais em termos de outros.
Quando você não está em luta… É isso o que significa confiar. Quando você não está em luta, a existência acontece a você. Se você está lutando com a existência, está simplesmente se destruindo, destruindo suas possibilidades, sua energia, sua vida, sua existência. Não lute! Entregue-se à existência. Aceite a si mesmo, do modo que o todo quer que você seja; não tente ser outra coisa, e a iluminação pode acontecer a qualquer momento. Pode acontecer neste exato momento; não é preciso esperar.
4 – ENTREGA.
Se você quer obter o beneficio máximo de uma situação, deve se entregar totalmente. Isto lhe dará a chave.
Bodhidharma tornou-se iluminado na Índia, onde procurou um discípulo, mas não pode encontrar nenhum. Assim, precisou ir á China… Ele tinha a chave, mas estava envelhecendo e não conseguia encontrar o sucessor certo…
E durante nove anos esperou em uma caverna, simplesmente esperou… Olhando para a parede. Estava criando uma imensa força magnética, estava tentando atrair aquele que seria capaz de levar adiante essa tradição. E havia dito: “Quando a pessoa certa vier somente então me voltarei para encará-la. Caso contrário continuarei a encarar minha parede”.
E então, num dia, a pessoa certa veio. Ela permaneceu atrás dele… Esse homem que viera não disse uma palavra. Simplesmente esperou, pacientemente esperou… E dois silêncios se encontraram. E no dia seguinte, ao amanhecer, o recém-chegado cortou uma de suas mãos, mostrou-a a Bodhidarma e disse: “Volte-se para mim, senão a próxima coisa que vou cortar será a minha cabeça!”
E Bodhidarma voltou-se imediatamente. Ele tinha que se voltar. Durante nove anos não havia olhado para ninguém. E disse: “Então você veio?”… Porque um discípulo é somente aquele que está pronto a dar sua cabeça.
Essas são histórias simbólicas. Mão significa: “Entreguei minha ação a você. Use-me”. Significa: “Estou pronto para torna-me seu mensageiro. Levarei tudo àquilo que você queira levar; dê tudo que deseja carregar; dê tudo aquilo que veio para dar”. Mão significa simplesmente: “Minha ação, a partir deste momento, pertence a você. Não serei mais um agente de mim mesmo. Agora farei apenas o que você disser. Eis minha mão” – esse é o significado. Não que tenha realmente cortado a mão. Isso teria sido estúpido. E então disse: “Volte-se para mim, senão cortarei minha cabeça!”… Isso é entrega.
Bodhidarma se voltou, olhou nos olhos do homem, e a chave foi transferida. Nem uma única palavra foi dita; não havia necessidade. Ele tornou-se o sucessor, e Zen continuou uma tradição viva.
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