Um ponto de ônibus com rede de internet Wi-Fi disponível. Isso já é realidade em São Paulo– é está logo ali – na Rua da Consolação com a Avenida Paulista. A partir de ontem, dia 03 de novembro um “ponto teste” foi montado por lá e ficará por 30 dias. E as novidades não são só tecnológicas, várias tecnologias ligadas à sustentabilidade se fazem presentes:
Se a umidade do ar ficar baixa, um climatizador buscará aliviar a sensação de desconforto. Se você não souber seu itinerário não precisa mais perguntar na banca de jornal da esquina – use o painel interativo, com tela sensível ao toque, que permite a consulta das linhas de ônibus.
Hoje, durante a fase de testes, a parada eletrônica teve uma vedete: uma lixeira com sinal sonoro que “aplaude” quando alguém joga lixo no lugar correto. Sem falar da iluminação inteligente (que controla a luz conforme a presença de pessoas) e conexão Wi-Fi para celular. O ponto está instalado no sentido bairro-centro. O acesso à internet ainda é restrito às informações do próprio ponto de ônibus, mas a SPTrans pretende abrir a consulta aos outros sites.
A Tetis Engenharia, que presta serviços de tecnologia à SPTrans, sugeriu testar esse modelo experimental de ponto de ônibus sustentável e interativo, sem ônus à prefeitura.
Esse primeiro ponto teste, está na Consolação, mas os equipamentos farão rodízio em outras regiões – São Paulo tem 19 mil pontos! Batizado de e-ponto o local conta com uma TV para mostrar os horários dos próximos ônibus.
Tudo funciona de forma independente da rede de energia da Eletropaulo, utilizando painéis solares e um dispositivo no asfalto que capta a energia do movimento dos veículos – e gera 1.200 watts – a qual é armazenada e utilizada na iluminação noturna do ponto.
O ponto recebe 300 ônibus por hora e informa a previsão exata de cada um deles. Também há informações do jeito mais rápido para se chegar ao destino.
Segundo a SPTrans, se a experiência for bem-sucedida, abrirá caminho para a transformação das paradas de ônibus em terminais de pré-embarque – dessa forma, o passageiro só entrará depois de pagar a passagem. E isso pode diminuir as filas que existem na porta dos ônibus, tornando as viagens mais rápidas e, como conseqüência, ajudarão a diminuir os congestionamentos.
Em Curitiba já existe algo parecido. Mas aqui,em São Pauloexistem mais de mil paradas somente nos corredores de ônibus e as autoridades querem que elas sejam, todas, autossuficientes.
O inventor do ponto de ônibus sustentável já sonha grande: com a possibilidade de instalação de “lombadas elétricas”, com os mesmos dispositivos que captam a energia do movimento dos veículos. Tal sistema poderá fornecer energia, de graça, para cada um dos semáforos de São Paulo.
Eu, como usuária de ônibus, estou aplaudindo essa iniciativa, ainda que em fase de teste.
Inclusive, participo de um fórum de um projeto chamado SP2040, da Prefeitura de São Paulo, e esse tema “ponto de ônibus” é uma das discussões.
Na Paulista x Consolação, é um local melhor frequentado, e se deduz que há um público mais consciente.
Problema é levar isso para ponto de ônibus, como aquele que sou usuária, com ambulantes de toda a espécie, usuáriaos que circulam do Centro à Periferia, enfim, mais complicado, mas não IMPOSSÍVEL.
Costumo dizer que tudo na vida pública depende da VONTADE POLÍTICA.
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Comentário por Silvia — novembro 4, 2011 @ 9:09 |
É exatamente isso! Ainda ontem estava pensando nisso – como implantar tais tecnologias, em lugares públicos, sem que os vândalos de plantão as ataquem. A população precisa ser “educada” para tal? Isso não deveria fazer parte do universo de cada um? Não é algo fácil – fazer com que a população adquira consciência de que aquilo que é patrimônio público é de todos. Abrs. Augusto
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Comentário por Augusto Martini — novembro 4, 2011 @ 9:16 |
Mesmo sendo na região da Paulista desejo que o cidadão saiba valorizar e cuidar deste bem público, pessoas de má educação estão em toda parte, em todas as classes sociais. A cidade de São Paulo precisa de mais ônibus circulando para atender o usuário do dia-a-dia e porque não dizer conquistar os donos dos carros que circulam pela cidade, um transporte coletivo eficiente motivará os donos dos carros a deixar seus carros em casa.
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Comentário por Emília — novembro 4, 2011 @ 11:11 |
Sinta-se aplaudida Emília!!! Outro dia fiz o mesmo tipo de comentário no SP2040. Se houver transporte digno, com frota suficiente, com ponto de ônibus de acordo, claro que conquista-se a classe média alta! Lembrei até de um tempo que tinha uns ônibus executivos, com ar condicionado, e tarifa diferenciada. Esse monte de carro parado nas Marginais, quem sabe, se reduzissem. Só que a conciência do paulistano também tem que mudar né? Que médicos e venddores necessitem do carro para trabalhar, admitimos, mas seria magnífico se outros profissionais fizessem a sua parte, para desafogar o trânsito, com o incentivo das empresas, é lógico. Há algumas experiências tímidas por aí, Banco Itaú, por exemplo. Silvia
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Comentário por Silvia — novembro 4, 2011 @ 11:54 |
Oi Silvia, já andei nos Ônibus Executivos eram da extinta CMTC, eles tinham uma tarifa diferenciada e eram bem confortáveis, o preço da passagem selecionava os usuários e em sua maioria eram pessoas educadas. Mas o que é bom dura pouco. Não devia ser assim, não é?
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Comentário por Emília — novembro 4, 2011 @ 16:35
Emília, se estão testando um ponto de ônibus, e por que já estão pensando na melhora do transporte. Tenho discutido o mesmo tema no SP2040, mas parece que a tendência não está em atrair o público executivo, mas sim, melhorar a frota atual. Não vejo com bons olhos, pq parece-me que a “moda” dos Consórsios é reformar e ampliar ônibus antigos, transformando em bi-articulados, com safonas e rotatórias perfeitas para o cidadão cair, enquanto o motorista dirige correndo! Preocupa-se com o transporte de massas (mais dinheiro em caixa!!!). Abraço. Silvia
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Comentário por Silvia — novembro 7, 2011 @ 9:26
muito bacana, e de primeiro mundo
infelizmente é um só, é em carater experimental, e com certeza, sendo pessimista o que eu não costumo ser, uma hora será depredado.
se falo assim, é pq moro em uma cidade que esta se desintegrando: lixeiras são arrasadas por vandalos, os carros caem em buracos imensos, a cidade eh mal administrada.
olho para este ponto de onibus com um misto de inveja, admiração, esperança.
tomara que ele tenha vida longa e seja bem usado.
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Comentário por coisadelilly — novembro 4, 2011 @ 14:38 |
Oi Lilian.
Aqui em São Paulo também não é diferente. E tudo em proporções astronômicas. Como sabe, venho a pé para o trabalho todos os dias. E vejo que a Prefeitura não vence a demanda na substituição de lixeiras. Faço o seguinte trajeto – atravesso a Praça da República, entro na Barão de Itapetininga, passo pelo Viaduto do Chá, depois a Rua Direita, Praça da Sé, até chegar na Rua do Carmo, onde está a Fazesp. Nesse trajeto, que deve ter uns 3 kms, há, com certeza, mais que 30 lixeiras. E, todos os dias encontro umas 6 destruídas, que com rapidez são substituídas e logo quebradas de novo. Pelo centro, existem muitos moradores de rua, mentalmente perturbados, outros tantos drogados, que chutam, quebram, aparentemente sem motivo… Bjs.
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Comentário por Augusto Martini — novembro 4, 2011 @ 14:52 |