Aqui no Ocidente, a palavra yoga está normalmente associada a posturas de yoga. Mas, na verdade, as posturas de yoga são apenas uma pequena parte – embora muito importante – de um sistema mais abrangente. O termo yoga refere-se a uma completa filosofia de vida.
Em Sânscrito, as posturas do yoga são chamadas de ásanas. Asana refere-se a uma postura que dá conforto físico e equilíbrio mental. As ásanas presseionam as glândulas, alongam os nervos, os músculos e todos os órgãos do corpo. Existem muitos benefícios físicos, mas o efeito mais destacado é o efeito mental. A prática de ásanas pressiona as glândulas endócrinas, regulando assim a segregação de hormônios pelas mesmas. Os hormônios afetam as emoções, e o equilíbrio resultante da prática de asanas facilita a concentração e a meditação e, desta forma, as ásanas ajudam a preparar a mente para a meditação.
Vejam quantos benefícios as ásanas nos traz:
– Equilibram os hormônios segregados pelas glândulas
– Dão flexibilidade ao corpo
– Melhoram a respiração, bem como a circulação de linfa (sistema linfático) e sangue
– Massageiam os órgãos internos
– Desintoxicam as articulações
– Relaxam os nervos e músculos
– Previnem e ajudam a curar doenças
Durante a prática de asanas o corpo deverá estar tranquilo, fresco e calmo. O estômago não deverá estar cheio. O local da prática deverá estar limpo e quente, mas ventilado e não deverá haver cheiro ou fumaça de cigarros no ar. Com exceção das asanas para a meditação, algumas das asanas não deverão ser praticadas por mulheres durante a menstruação ou durante a gravidez.

E um lembrete muito importante: as asanas devem ser aprendidas e praticadas com um professor e nunca através de livros ou websites.
Na linha do yoga que pratico e ensino, que é o de Ananda Marga, ao final das asanas fazemos a auto-massagem. Ela:
– Aumenta o brilho natural e a suavidade da pele
– Relaxa e revitaliza os nervos
– Aumenta a circulação do sangue e da linfa
– Harmoniza a energia vital do corpo
Essa auto-massagem não é uma massagem muscular profunda. É uma massagem suave na qual se dá uma atenção extra às glândulas linfáticas. Primeiro nós fricicionamos as mãos para as aquecer. Começamos na cabeça e na face e continuamos para baixo, massageando toda a superfície da pele.
Esta é uma das razões pela qual não se deverá usar nenhuma roupa durante a prática de asanas, exceto a roupa interior – a auto massagem deverá ser feita em contato com a pele.
Devemos dar uma atenção maior à área da garganta, debaixo do queixo, à área das axilas e por baixo dos joelhos. Nestas regiões existem nódulos linfáticos que irão potencilizar os benefícios da massagem.
Após a prática das asanas e da auto-massagem vem o relaxamento profundo. Tal relaxamento induz uma resposta de relaxamento semelhante à hibernação.
– Alivia o stress
– Reduz a pressão sanguínea
– Fortalece o coração
– Relaxa os nervos e músculos
– Diminui a necessidade de dormir
Deitamos de barriga para cima com os braços repousados ao lado do corpo, assegurando-se que a respiração está calma e relaxada. Em seguida percorremos mentalmente todo o corpo assegurando-se que este se encontra completamente relaxado – sem tensão muscular. Começamos pelos pés, subindo pelas pernas, verificando cada parte do corpo, incluindo o abdomen, o peito e os ombros, das mãos aos braços, pescoço e rosto, relaxando os músculos faciais, incluindo os olhos e finalmente até ao topo da cabeça, sentindo o cérebro completamente relaxado. Verificamos uma vez mais que a respiração se encontra calma e que ela continue assim – completamente relaxado – por mais alguns instantes.
O relaxamento profundo é especialmente benéfico para as pessoas que desemvolvem muito trabalho mental. Devemos fazê-lo tantas vezes quantas quisermos durante o dia. Em qualquer momento que nos sintamos mentalmente fatigados, mesmo uns poucos minutos poderão ser suficientes para que nos reavivamos.
Aguardem o próximo post. Vou falar um pouco sobre as regras para a prática das ásanas.
Como uma de suas alunas quando você deu aula na SEFAZ pude constatar os benefícios do Yoga que trazem de fato um relaxamento sobretudo após a meditação, tornando possível uma postura mais tolerante com as pessoas(conhecidas e desconhecidas) que nos cercam.
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Comentário por Emi — outubro 22, 2011 @ 9:38 |
Oi Emilia.
Aquela foi uma experiência realmente boa. Pena que não pudemos continuar. Já tentei, algumas vezes, voltar a ministrar aulas na Fazesp. Mas dizem que não tem espaço. Uma pena. Bjs. Augusto
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Comentário por Augusto Martini — outubro 22, 2011 @ 19:27 |